Unifesp terá sistema computacional de alto desempenho

Projeto de um Sistema Computacional de Alto Desempenho (SCAD) do campus São José dos Campos impulsionará não apenas o desenvolvimento e a inovação tecnológica da Unifesp como também a pesquisa. O SCAD, que teve financiamento da FINEP, terá caráter multiusuário e atenderá todos os demais campi.

São Paulo, 29 de junho de 2010 – Recém aprovado pela Fundação de Estudos e Projetos (FINEP), o Sistema Computacional de Alto Desempenho (SCAD) do campus São José dos Campos, avaliado em R$ 824 mil, totalizará, aproximadamente, 360 processadores dispostos em 30 nós (ou unidades) de processamento, interligados por rede rápida e trabalhando cooperativamente em paralelo. O sistema também deverá incluir outras funcionalidades como aceleradores de desempenho por hardware e sistema de armazenamento de dados de alta capacidade.

De acordo com Álvaro L. Fazenda, professor da área de Processamento de Alto Desempenho da Unifesp de São José dos Campos e um dos responsáveis pelo projeto, o SCAD ajudará a impulsionar o desenvolvimento tecnológico e as pesquisas da instituição, principalmente nas áreas genômica, proteômica – ciência que estuda o conjunto de proteínas contidas nos genomas das células –, no desenvolvimento de novos fármacos, na dinâmica de fluídos computacional, em Ciências Ambientais e de Materiais e, especialmente, na área de Biomarcadores. “O novo sistema vem suprir todas as áreas de pesquisas que demandam muitos cálculos matemáticos, permitindo simular o comportamento de fenômenos que ocorrem nas mais diversas áreas da ciência”, explica. “Até a chegada deste sistema estas demandas eram supridas, muitas vezes, de maneira restrita, utilizando-se de recursos semelhantes em outras instituições, na forma de parcerias”.

O sistema terá caráter multiusuário e atenderá todos os demais campi da Unifesp, disponibilizando seus recursos de forma organizada e segura como um serviço pela internet.

Além de Álvaro Fazenda, também estão envolvidos no projeto do campus São José dos Campos os professores Manuel Henrique Lente, Cássio Machiaveli Oishi, Luiz Leduíno de Salles Neto, Regina Célia Coelho, Erwin Doescher, Fábio Fagundes Silveira e Arlindo da Conceição.

UNIFESP - Criada em 1933 por um grupo de médicos reunidos em uma sociedade sem fins lucrativos, a Escola Paulista de Medicina (EPM) foi federalizada em 1956 e, em 1994, transformada em Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), primeira universidade especializada em saúde no país, abrigando em seu currículo de graduação os cursos de Medicina, Enfermagem, Fonoaudiologia e Tecnologias Oftálmica e Radiológica.

Em 2005, iniciou-se o projeto de expansão com a criação do campus Baixada Santista. Em 2007, dando seguimento ao processo de ampliação, a Unifesp implantou os campi de Diadema, Guarulhos e São José dos Campos. O ambicioso processo de expansão fez com que a Universidade saltasse de um para cinco campi e de cinco para 26 cursos. Com os novos campi, a Instituição deixou de atuar exclusivamente no campo da Saúde, inaugurando cursos nas áreas de Humanas (Guarulhos), Exatas (São José dos Campos) e Biológicas (Diadema). Atualmente, a Instituição conta com 4.545 alunos matriculados nos cursos de graduação, além de 17.400 nos cursos de pós-graduação e demais programas de especialização, residência, mestrado e doutorado. A Unifesp oferece 883 docentes, sendo que 93% possuem título de doutor, um percentual que marca a qualidade de ensino oferecida pela maior universidade federal do Brasil. Em 1940 a universidade, então Escola Paulista de Medicina, inaugurou o Hospital São Paulo, primeiro hospital-escola do país, hoje localizado dentro campus São Paulo, instalado no bairro Vila Clementino.