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13/07/2010 - 10:39

SENAR Rondon leva universitários para ver de perto a realidade das cidades pobres do Brasil

Brasília – O Sistema CNA vai levar a cidade para conhecer a realidade do campo. No sábado (17/07, estudantes universitários de grandes instituições de ensino do país iniciam os trabalhos do Projeto SENAR/Rondon, uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), do Serviço de Aprendizagem Rural (SENAR) e do Instituto CNA. Entre os dias 17 e 31 de julho, 217 universitários das áreas de saúde, humanas, ciências agrárias e urbanismo vão visitar dez cidades pobres do Tocantins, Bahia e Minas Gerais.

A meta é revelar a universitários urbanos a realidade de municípios pobres do interior do país. A partir dessa inserção, a CNA quer melhorar a vida das pessoas que vivem em situação de reduzida proteção social. Essas são as propostas do projeto SENAR/Rondon, que vai reunir alunos de duas universidades do Rio de Janeiro, uma de Minas Gerais e estudantes de outras faculdades do País com o objetivo de oferecer a eles oportunidades de realização de ações de intercâmbio técnico e cultural como atividade extracurricular durante as férias de julho.

O SENAR é responsável pelos cursos de formação profissional oferecidos pela CNA. O objetivo de propor a primeira incursão do Projeto SENAR/Rondon é melhorar as condições das pessoas que vivem em municípios pobres de Minas Gerais, Bahia e Tocantins. Os estudantes, por sua vez, serão apresentados a uma realidade muito diferente da que eles estão acostumados. “As pessoas precisam entender que o Brasil não é só Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. O estudante urbano precisa ser apresentado ao Brasil rural”, explicou a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu.

Para selecionar os municípios que serão visitados por estudantes, professores e representantes da CNA a partir do dia 19 de julho, foi considerada a pesquisa do Instituto Paulo Montenegro (IPM)/Ibope Inteligência, encomendada pela CNA, sobre a situação das escolas rurais. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que considera riqueza, educação e expectativa de vida ao nascer, também foi considerado para a seleção, bem como a adesão dos prefeitos ao projeto. Caberá às prefeituras oferecer alojamento aos alunos participantes.

Reunidos, esses indicadores mostram uma realidade única: assentamentos sem nenhuma estrutura, escolas com deficiências, falta de assistência médica, deficiências urbanísticas, enfim, o quadro é de abandono. “Longe das capitais, as pessoas estão desprotegidas de tudo: ativos sociais, culturais e humanos”, lamentou a senadora. É essa realidade que a CNA quer ajudar a mudar. “A CNA não se preocupa apenas com o Brasil produtor de alimentos. Nós estamos preocupados também com a responsabilidade social”, enfatizou Kátia Abreu.

O projeto começa no dia 17 de julho, quando os alunos estarão em Brasília, na sede da CNA, para palestras iniciais. Os professores que vão acompanhar os grupos chegam um dia antes, no dia 16, para uma reunião de coordenação. No domingo à tarde, cinco grupos formados por 40 estudantes seguem para os municípios. Cada grupo ficará no município por uma semana, período em que os estudantes vão “sacudir” as cidades. “Os estudantes não vão fazer turismo social. Eles vão atuar em quatro áreas cruciais para colocar em prática o que aprenderam nas universidades”, explicou a senadora.

As ações estarão focadas em quadro grandes áreas: agrária (veterinária, zootecnia, agronomia), humanas (serviço social, letras e pedagogia), saúde (enfermagem e nutrição) e urbanismo e obras (engenharia, arquitetura e patrimônio cultural). Em parceria com os municípios, os grupos avaliaram a situação das escolas e analisaram as características nutricionais das refeições oferecidas aos alunos. As crianças serão pesadas e os alunos vão conferir se as carteirinhas de vacinação estão atualizadas. As falhas diagnosticadas pelos alunos serão levadas aos coordenadores dos grupos e às autoridades locais. Resolver problemas do dia-a-dia e garantir que eles deixarão de ser uma realidade para as pessoas está na lista de prioridades.

Nas propriedades rurais, serão avaliadas as condições de produção e a saúde dos animais. Se for preciso consertar uma cerca, os alunos farão o conserto. Outra preocupação é apresentar técnicas que tornem a atividade agrícola rentável, garantindo ao agricultor que sua renda seja suficiente para a sobrevivência de sua família. Praças serão limpas e centro urbanos revitalizados. A CNA estima gastar R$ 400 mil com o projeto SENAR/Rondon. Desse total, R$ 100 mil serão gastos com transporte dos alunos.[www.canaldoprodutor.com.br].

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