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05/12/2009 - 10:54

Carmen Miranda no Casarão Brasil


Lançamento Oficial do Selo do Centenário de Carmen MirandA 09/02/1909 05/08/1955.

No dia 8 de dezembro de 2009, às 19 horas, o Correio fará o lançamento oficial do Selo do Centenário de Carmen Miranda, a convite da ABAPC - Associação Brasileira dos Artistas Plásticos de Colagem e do Casarão Brasil, e contará com a presença de autoridades.

Artistas plásticos participaram deste importante evento comemorativo com uma exposição, “No Chica Chica Boom de Carmen Miranda”, sobre os sapatos plataformas,invenção de Carmen.

A idéia é criar ou recriar a partir de sapatos plataformas uma concepção nos mais diferentes materiais, traduzindo assim a riqueza da indumentária de Carmen entre os artistas plásticos convidados estão: Ivan Porterro, Adriana Rizkallah, Del Santo, Miguel de Frias, Vera Ferro, Ligia de Sá, Sheila Oliveira, Adina Worcman, Elza Carvalho, Rosangela Ap, Nino Millán, Carlos Dercoles, Rosina D’Angina, Clarissa Von Uhlendorff e Del Santo.

Perfil do Selo - O selo apresenta a imagem de Carmen Miranda, com indumentária estilizada e multicolorida e adereços que expressam a tropicalidade brasileira e que a fizeram mundialmente conhecida. Foi utilizada a técnica de pintura a guache.

O selo foi lançado em Portugal no dia 6/10, data dedicada ao Brasil na 20ª Exposição Filatélica Luso-brasileira – Lubrapex, que aconteceu no período de 2 a 11 de outubro, em Évora.

Os sapatos plataformas de Carmen - Carmem era baixinha, media pouco mais de 1m50cm, e dispunha de poucas opções que a deixassem mais alta. Procurou um especialista em calçados ortopédicos e acompanhava cuidadosamente os modelos desenvolvidos para ela. Nos palcos, crescia em todos os sentidos. Pelo talento, que encantava as platéias, e altura, graças às plataformas. Na era dos musicais hollywoodianos, dos brilhos e exageros, em que ela se tornou um mito, Pode-se atribuir a ela grande parte do fascínio que os sapatos exercem sobre as mulheres. Os modelos que ela usava tornaram-se referência na época e até hoje servem como fonte de inspiração.

Enquanto as plataformas reinavam nos pés de Carmem Miranda, a maioria das mulheres tradicionais queria mesmo scarpins com formas arredondadas, de bico redondo e curto, e sandálias de saltos grossos, acompanhadas por pulseirinhas no tornozelo e laços. Contra tudo e contra todos, ela impôs seu estilo e nunca mais saiu de cena. Alguma semelhança com o presente? Boa prova disso são os bicos arredondados da Bottega Veneta e as versões contemporâneas das plataformas de bico fino de Stella McCartney e da Louis Vuitton.

Carmen Miranda é até hoje a cantora brasileira que mais fez sucesso no exterior. Dona de um estilo absolutamente único e particular, tanto na maneira de cantar como na performance de palco, teve uma vida de mito, cheia de glórias e dramas. Nascida em Portugal, veio para o Brasil ainda bebê, fixando-se com a família no Rio de Janeiro. Aos 15 anos começou a trabalhar numa loja de chapéus.

Em 1928 conheceu o compositor e violonista Josué de Barros, que a convidou para participar de um festival beneficente e mais tarde a levou para o rádio. A primeira gravação veio em 1929, pela Brunswick, tendo de um lado o samba "Não Vá Simbora" e o choro "Se o Samba É Moda", ambas de Josué. Carmen gravou alguns outros discos antes de estourar com seu primeiro grande sucesso, a marchinha "Pra Você Gostar de Mim (Taí)" (Joubert de Carvalho), que bateu recordes de venda, com 36.000 cópias.

A partir daí, gravou diversos discos, fez cinema, trabalhou em dupla com sua irmã Aurora, fez parte da história do lendário Cassino da Urca, onde, em 1938 usou pela primeira vez o traje de baiana que a celebrizaria mundo afora. No Cassino conheceu um empresário norte-americano que a convenceu a ir para os Estados Unidos. Acompanhada pelo Bando da Lua, a maior estrela do Brasil deixou uma legião de fãs chorando na sua despedida e chegou à América em 1939 totalmente desconhecida e sem falar inglês. Em pouco tempo fez participações em programas de grande audiência, cantando músicas como "Mamãe Eu Quero", "Tico-tico no Fubá", "O Que É Que a Baiana Tem?" e "South American Way" e se tornou um fenômeno também nos EUA, onde chegou a ser a segunda estrela mais bem paga de Hollywood. No total, participou de dez filmes em Hollywood e ficou conhecida como a Brazilian Bombshell.

Em 1940 voltou rapidamente ao Brasil, onde a população a recebeu com euforia, à exceção do público do Cassino da Urca, que a tratou com indiferença e frieza. Arrasada, Carmen encomendou uma música sobre a situação, e gravou "Disseram que Voltei Americanizada" (V. Paiva/ L. Peixoto). Depois disso voltou para os EUA e se radicou em Beverly Hills, onde continuou sua carreira de cantora e atriz de cinema e televisão.

Em 1954 as pressões da indústria do entretenimento causaram uma crise de nervos, e a Pequena Notável veio ao Brasil para se tratar e descansar. Voltou para Beverly Hills em 55, e em agosto teve um colapso cardíaco e morreu, depois de passar mal em um programa de televisão. Seu corpo foi embalsamado e veio de avião para o Brasil, onde uma multidão de um milhão de pessoas seguiu o cortejo de seu enterro. Carmen continuou sendo sempre lembrada por meio de shows e discos de homenagens, filmes, documentários sobre sua vida (como o premiado "Banana Is My Business", de Helena Solberg).

O Museu Carmem Miranda, no Rio de Janeiro, cidade onde ela viveu, luta para preservar a memória da estrela.

Lançamento oficial do Selo do Centenário de Carmen Miranda: “No Chica Chica Boom de Carmen Miranda”, e exposição de 9 a 14 dezembro de 2009 e de 10 a 30 janeiro 2010 das 10 as 18 horas, no Casarão Brasil, Rua Frei Caneca, 1057. Tel:(11)3171-3739 | [email protected] | Curador: Robert Richard.

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