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09/12/2009 - 09:47

Projeto Despertar para a Moda chega ao Cantagalo, ao D. Marta e à Cidade Alta

Iniciativa da FIRJAN visa sensibilizar jovens de comunidades para profissões da cadeia da moda.

O projeto Despertar para a Moda, iniciativa do Sistema FIRJAN, por meio do SENAI Moda e Design, que tem como objetivo sensibilizar jovens para as profissões da cadeia de moda, aportou em novembro em três comunidades da cidade do Rio de Janeiro. Em todas, contou com o envolvimento de agentes locais: no Cantagalo (dia 23), a parceria foi com o Espaço Criança Esperança; na Cidade Alta (dia 26), em Cordovil, recebeu o apoio da ONG Ação Comunitária do Brasil; e no Morro D. Marta (dia 30), foi em conjunto com a organização social Costurando Ideais.

O Despertar para a Moda promove oficinas de moda direcionadas a jovens na faixa dos 13 anos, idade considerada ideal para desenvolver a percepção para profissões. As oficinas, que incluem atividades de costura, corte e risco, moulage e estamparia tie-dye, têm o objetivo de estimular o contato dos participantes – cerca de 25 jovens de cada comunidade – com técnicas utilizadas regularmente na confecção de roupas e acessórios. Participaram das atividades os padrinhos estilistas Beto Neves, Gilson Martins e Jacqueline de Biase, que levaram profissionais de suas equipes para interagir e contar suas experiências nas oficinas.

No Cantagalo, Jacqueline de Biase apresentou a chefe de produção de sua fábrica, Raquel Costa, que, antes de entrar para o mundo da moda, tinha o sonho de ser enfermeira: “Para ajudar minha mãe, comecei a trabalhar numa confecção. Hoje, aos 30 anos, adoro o meu trabalho. Nem penso mais em ser enfermeira, o vírus da moda me pegou”, ressaltou. Estilista e empresária da marca Salinas, Jacqueline enfatizou a importância do trabalho em equipe: “Ninguém faz nada sozinho. Eu dependo dos profissionais dedicados que tenho em minha fábrica. É muito gratificante ir à praia e identificar os modelos que foram criados por nós. A modelista tem um papel fundamental neste sistema porque ela faz a peça que vai servir de base para toda a produção. Muitas vezes, as modelistas e costureiras ganham mais do que os estilistas. Há muito espaço nos bastidores da moda e vocês podem fazer parte deste segmento tão produtivo”, contou.

Já Gilson Martins ressaltou para os jovens do Cantagalo a emoção do processo criativo: “Vocês precisam conhecer a adrenalina de sentar em uma máquina de costura, pisar no acelerador e serem capazes de costurar muitas peças. Se eu não soubesse costurar não saberia dirigir uma fábrica”, afirmou o designer de bolsas, que é filho de um estofador com uma costureira e, aos 8 anos, já fazia suas mochilas com retalhos. Gilson levou amostras de enfeites de bolsas feitos com restos de material e contou que esta foi uma forma encontrada para reciclar material e dar trabalho para as suas ex-costureiras.

Em Cordovil, Beto Neves, da Complexo B, chamou a atenção para a necessidade de ser pró-ativo no trabalho: “Isso faz com que cada pessoa alcance várias possibilidades. São muitas as profissões dentro da moda e, com curiosidade e interesse, todos podem progredir e ter um espaço rendoso no mercado”, destacou.

A falta de renovação da mão de obra na indústria da moda foi apontada como uma preocupação por diversos estilistas em reuniões promovidas pelo Sistema FIRJAN. “Como uma instituição que atua para o desenvolvimento da indústria, partilhamos instantaneamente da preocupação dos estilistas. Este projeto leva aos jovens informação sobre as profissões que estão por trás das passarelas”, contou Cristiane Alves, gerente do SENAI Moda e Design.

O Despertar para a Moda foi lançado há um ano nas escolas SESI e em polos de moda do interior do Estado do Rio de Janeiro. “A primeira fase do projeto foi muito bem recebida e isso nos motivou a levá-lo para as comunidades”, continuou Cristiane. “Nossa meta é captar, paralelamente às oficinas, inscrições de pessoas interessadas em aprender ofícios da cadeia produtiva”, anuncia.

Como porta-vozes do setor, os padrinhos do projeto levaram, principalmente, a mensagem de que a indústria da moda não se faz apenas do glamour das passarelas, com modelos e estilistas. Por trás dela, costureiras, modelistas, pilotistas, artesãos e acabadeiras são igualmente fundamentais para o crescimento da moda brasileira, que representa uma grande oportunidade por demandar uma quantidade expressiva de mão de obra qualificada.

Capacidade de gerar empregos e renda - Segunda maior empregadora da indústria da transformação no Brasil e terceira maior no Estado do Rio de Janeiro, a moda tem extrema importância para o desenvolvimento econômico e social de todo o Estado, absorvendo mais de 90 mil trabalhadores em sua cadeia produtiva. No acumulado de 2009, em pleno período pós-crise, foi uma das principais indústrias de transformação a gerar empregos no Rio de Janeiro. Com 2.114 novos postos formais de trabalho, segundo dados do CAGED/Ministério do Trabalho, ficou atrás apenas das indústrias de alimentos e bebidas e de álcool etílico.

Perfil: O SENAI Moda e Design, centro de inteligência em moda e design do Sistema FIRJAN, oferece às empresas soluções nas áreas de criação, tecnologia de produção e acesso a mercado. Atua em design sensibilizando a indústria para o tema e promovendo a aproximação com criadores.

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