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12/05/2007 - 09:43

Diversificação é o caminho para crescimento do setor de biscoitos no Brasil

A diversificação dos produtos, de embalagens e nichos de mercados, aliada à criatividade dos fabricantes é o caminho para que o mercado de biscoitos no Brasil possa crescer em termos de consumo e justificar plenamente sua posição como o segundo maior produtor mundial, com 1.112 mil toneladas fabricadas em 2006, que representam um faturamento em torno de R$ 6,88 bilhões.

Presente na APAS 2007 com uma ilha onde cerca de seis fabricantes de pequeno porte apresentam seus lançamentos, o Sindicato da Indústria de Massas e Biscoitos do Estado de São Paulo – Simabesp/Anib – quer dar a estes produtores um impulso inicial de participação em feiras do setor, pois os grandes fabricantes têm seus próprios estandes. “Esta é a feira mais importante do ano para o setor de biscoitos”, afirma o presidente da entidade, José dos Santos dos Reis.

O mercado é amplo: as indústrias de biscoitos são cerca de 400, sendo que as 20 maiores representam 75% do mercado. Os canais de venda também são diversos: cerca de 45% das vendas dos fabricantes são feitas via supermercados; 35% para os atacadistas; 20% para os distribuidores; e 5% direto ao varejo.

O biscoito hoje se enquadra na categoria de refeição intermediária e, ao mesmo tempo, marca presença forte no café da manhã e como snack, principalmente à noite. “Outras categorias de produtos estão entrando na mira do desejo do consumidor”, reconhece Reis. “Por isso cabe aos fabricantes usarem toda a criatividade para diversificar produtos, linhas e canais de distribuição”.

Ele acredita que os produtos do setor podem tornar-se mais competitivos na disputa pelo consumidor, inclusive na questão de preços para atingir as classes econômicas menos favorecidas. “Novos produtos, novos preços e novas embalagens podem contribuir muito para ampliarmos nossos patamares de consumo. Temos que ajustar nossos produtos a uma tendência muito forte atualmente, que é a de produtos para consumo individual”.

As condições são favoráveis para todos os tipos de fabricantes e consumidores: além das linhas tradicionais há uma demanda forte para produtos de baixo teor de gorduras, com fibras, com cálcio, funcionais, orgânicos, non fat, sem gordura trans, diet, entre outros. “Aí vai da estratégia de cada empresa desenvolver novas linhas com estas características”, diz o presidente do Simabesp.

Com isso as exportações, que hoje representam cerca de 5% da produção, também crescerão. O setor já se prepara para isso e com o apoio do Simabesp/Anib vários fabricantes já participam das maiores feiras internacionais de alimentação, como a ISM e a Anuga, na Alemanha, a Barcelona Tecnoalimentaria, na Espanha e Sial, na França.

Potencial de crescimento per capita é de dois quilos em dez anos - O consumo anual per capita do consumidor brasileiro tem se situado em torno dos 6 quilos nos últimos cinco anos. A expectativa é de que, com condições econômicas condizentes, novos lançamentos e adequação dos produtos ao mercado, esta marca chegue a 8 quilos nos próximos 10 anos e a produção total seja de 1,6 mil toneladas. Hoje os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar do ranking de países produtores de biscoitos, com 1,5 mil toneladas. Os países que seguem o Brasil neste ranking são: Inglaterra, com 0,67 mil toneladas, Alemanha, com 0,59 mil toneladas e França, com 0, 54 mil toneladas.

No quesito consumo per capita/ano, a Holanda é campeã, com 13,9 quilos, seguida da Irlanda (12,1), Bélgica (11,9), Inglaterra (11,2) e França (9). No 14º lugar, com 5,9 quilos per capita, o Brasil tem seu consumo aos níveis de países como Áustria (6,2 quilos) e Grécia (4,9 quilos).

A segmentação do mercado nacional de biscoitos é a seguinte: Água sal / Cream Craker – 22,0%; Wafer – 7,6%; Recheado – 28,7%; Secos – Doces especiais – 16,5%; Salgados – 8,4%; Maria – Maisena – 11,4%; Importados – 0,1%; Outros – 5,3%.

As regiões Norte e Nordeste são as que mais consomem biscoito no País, com 26,7% do total. Em seguida vem o estado de São Paulo (Grande São Paulo com 9% e Interior com 17%), com 26%. Depois: Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, 17,1%; Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, 16%; Grande Rio, 8,4% e Centro Oeste, 5,8%.

Empresas participantes da APAS - Estande coletivo Simabesp/Anib – Pavilhão Azul: estande coletivo Bela Vista, Cassini, Faville, Laura, Naga, Vita A | Estandes individuais: Pavilhão Azul – Bauducco, Dunga, Marilan e J. Macedo | Pavilhão Verde – Adria, Itamaraty, Mabel, Nestlé e Parati | Pavilhão Vermelho – Arcor e Selmi.

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