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09/12/2009 - 11:02

Crise trouxe mudanças benéficas a investidores, dizem gestores de fundos hedge

Já incremento na regulação é percebido como mal conduzido e caro demai.s

A desaceleração econômica global forçou gestores dos fundos hedge a responder rápida e radicalmente à demanda dos investidores. Essa é a principal conclusão da pesquisa global Weathering the storm, realizada a pedido da Ernst & Young pela consultoria internacional Greenwich Associates com 100 dos maiores fundos hedge do planeta. O estudo destaca as mudanças significativas em governança, administração de fundos e relatórios aos investidores no último ano – transformações que contribuem para o aumento dos índices de confiança sem acarretar em custos adicionais significativos.

Os respondentes acreditam que o aumento da transparência e níveis de governança corporativa propiciados pela crise representam avanços significativos para os investidores. Eles vêem essa rápida transformação como prova de que a indústria pode, efetivamente, atender às necessidades dos investidores.

Isso contrasta com a opinião dos gestores sobre o aumento descuidado da regulação, que eles consideram imprecisa, de menor utilidade para os investidores e excessivamente custosa. “Ninguém se opõe à regulação. Ao contrário: o entendimento é de que haverá supervisão mais rigorosa da regulação e estão se preparando para isso. A preocupação é quanto ao alinhamento da regulação nos EUA, Europa e demais mercados”, explica Grégory Gobetti, sócio da área de Serviços Financeiros da Ernst & Young.

A crise financeira trouxe mudanças estruturais profundas para os fundos hedge. Segundo os entrevistados, desde o início do ano houve mudanças nos termos de liquidez (40%), relatórios aos investidores (38%), administração ou custódia de fundos (32%), estruturas de custos (27%) e gestão de riscos (27%).

Mais de metade dos fundos pesquisados (56%) havia feito ou planejava fazer mudanças nos prazos de resgate ou custos. Um em cada quatro cortou custos por conta de pressão dos investidores, com cerca de metade tendo feito isso para atrair novos recursos. De forma mais controversa, quase um terço dos gestores optou por impor barreiras ou suspensões a resgates durante a crise, mas eles acreditam que essas ações não terão impacto negativo para manter ou obter capital.

Aproximadamente 80% dos gestores responderam que a área primordial na qual está se focando para maior abertura é o melhor entendimento do risco e performance. Chama a atenção de que os investidores estão mais focados no melhor entendimento dos riscos do que da performance, na proporção de três para um. O aumento mais significativo no compartilhamento de informações sobre gestão de risco diz respeito à concentração de riscos (95%) e alavancagem (71%). Quase todos os respondentes dizem compartilhar essas informações mensalmente.

“Toda essa abertura é percebida pela indústria como válida, na qual os benefícios superam em muito os custos. Entretanto, quase metade dos respondentes disse que algumas informações são compartilhadas somente com quem solicita”, conta Grégory.

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