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11/12/2009 - 11:17

No Brasil, o setor público gera riquezas


O Brasil vive um momento de indiscutível progresso. Atravessou o período mais agudo da crise econômica mundial com relativa tranquilidade e foi reconhecido como país confiável para investimentos pelas maiores agências de classificação de riscos que operam no mundo: Moody's, Standards & Poors, Fitch Rating e DBRS.

Além do bom desempenho macroeconômico, o País tem mantido um ritmo crescente de melhoria do padrão de vida das classes menos favorecidas, graças à junção de programas sociais bem sucedidos, investimentos públicos e privados e estímulo à produção.

O setor público brasileiro vem trabalhando intensamente para dar conta do crescimento econômico e das novas demandas da sociedade. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê a realização, até 2010, de 11.990 empreendimentos em três eixos prioritários: logística, energia e infraestrutura social-urbana. As obras consumirão R$ 503,9 bilhões, provenientes da União, de empresas estatais e da iniciativa privada.

Hoje, há 3.442 obras (29% do total) em andamento. Entre estas, incluem-se a recuperação e revitalização da infraestrutura de estradas, portos e aquedutos, novas linhas de metrô, construção e ampliação de aeroportos, usinas hidrelétricas e uma grande quantidade de obras de saneamento.

Além de movimentar a economia, o PAC tem papel fundamental na difusão do desenvolvimento econômico e social para o Brasil profundo, que historicamente não compartilha do bem-estar desfrutado pelos estados mais ricos.

Também têm sido importantes os projetos desenvolvidos com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Atualmente, há 84 operações em curso, num montante total de US$ 6,3 bilhões.

Uma dessas ações é o Programa de Saneamento Ambiental dos Igarapés de Manaus (PROSAMIM), iniciado em 2006. Sua finalidade é melhorar as condições de vida da população amazonense, por meio de ações de reordenamento urbano e da recuperação ambiental das áreas de igarapés.

O Banco Mundial é outro parceiro importante. Em março de 2009, havia 62 projetos em andamento no país com a parceria do Banco Mundial (por meio de um de seus braços, o Banco Internacional para a Reconstrução e o desenvolvimento – BIRD). Essas ações totalizavam US$ 8,1 bilhões em investimentos. Além destes, também estavam em execução 17 projetos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), do Fundo para as Florestas Tropicais, de financiamento de carbono e de garantias, somando US$ 271 milhões em doações e garantias.

Os investimentos previstos pela Petrobras para a exploração do petróleo na camada pré-sal também oferecem perspectivas animadoras no que tange à criação e disseminação de riquezas: serão US$ 28,9 bilhões no período 2009-2013. A estatal trabalha com a hipótese de, nos próximos cinco anos, adicionar US$ 10 bilhões a esse montante.

Entre os impactos positivos do pré-sal sobre a economia brasileira, destaca-se o estímulo à criação de novas tecnologias na indústria nacional, que precisará se empenhar para aproveitar e suprir as demandas inerentes a um grande pólo exportador de óleo e derivados. Um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estima que, só em construção de plataformas, serão necessárias duas novas, por ano, no período 2014-2015; seis novas em 2020; e, até meados da década de 2040, o país precisará de mais 138 plataformas petrolíferas.

O mesmo estudo do BNDES aponta que as exportações brasileiras podem chegar a 400 mil barris/dia em 2015, e a 3,5 milhões de barris/dia em 2030. Com o barril a US$ 72 em 2015, e a US$ 85 em 2030, o petróleo responderia por US$ 16 bilhões, ou 4,9% das exportações totais do país (na casa dos US$ 214 bilhões). Com este cenário, em 2030 as exportações renderiam US$ 108 bilhões, ou 28,4% do total nacional, de US$ 382 bilhões. O PIB brasileiro seria de US$ 3,237 bilhões.

O Brasil parece ter ingressado efetivamente na estrada do desenvolvimento, e isso é muito bom para a população brasileira, para os investidores internacionais que têm negócios no país e para as outras nações da América Latina, que pode contar com um vizinho financeiramente poderoso e politicamente estável.

. Por: Mateus de Lima Soares, sócio-diretor da BDO.

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