Empresariado brasileiro política, economia e sociedade

Sob a batuta de Ney Figueiredo, nomes como Antonio Paim, Rubens Figueiredo, Ana Paula Padrão e outros importantes autores traçam um panorama sobre o papel do empresário na construção da sociedade.

“No Brasil, as associações de industriais começaram a surgir no último quartel do século XIX, coincidindo com o eclipse do escravismo e o aparecimento dos primeiros estabelecimentos manufatureiros de grande porte, acantonados no Rio de Janeiro e no sul de Minas Gerais, que prometiam, juntos, embaralhar as cartas do modelo agroexportador. Foi o que de fato aconteceu. Na medida em que a indústria, graças à sua capacidade de criar empregos e movimentar as diferentes vertentes da atividade econômica, se transformava no novo trunfo desenvolvimentista, as entidades de classe construíram um universo original de aglutinação. Redimensionando as ordens hierárquicas no diálogo das classes produtoras com o Estado e, por extensão, com todo o tecido social, elas fizeram florescer e tornaram visíveis as teses em defesa da industrialização.” (Maria Antonieta Leopoldi, Cap. 5)

É sobre o fio de história que flagra a atuação das lideranças industriais ora na ponta da vanguarda social e tecnológica, como importantes agentes da economia, ora na retaguarda da política e do poder do Estado – como no período militar – que se equilibra este livro. Sem evitar questões delicadas, como a presença atual de industriais “sem indústria” na direção dos órgãos de classe patronais ou a disputa em torno do Sistema S (Sesi, Senai, Sesc, Senac), Empresariado Brasileiro: Política, Economia e Sociedade enfoca o tema com grande angular, incluindo até um estudo sobre pesquisas de opinião que refletem o pensamento do público sobre os industriais e sua atuação no País.

. [ Título: Empresariado Brasileiro | Subtítulo: Política, Economia e Sociedade | Autor: Ney Figueiredo (organizador) | Editora Editora de Cultura | 368 páginas, brochura, 16x23 cm | Por: R$ 48,00].