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12/12/2009 - 09:28

Cobre em sistema de ar condicionado pode combater a Síndrome do Edifício Doente

Componentes de cobre com propriedades antimicrobianas foram testados em sistemas de ar condicionado para aumentar a eficiência e prevenir contra a proliferação de infecções e mau cheiro provocados por mofo.

São Paulo- Ao ligar o ar condicionado do carro surge um cheiro de mofo, a razão está nos fungos que crescem no interior do aparelho. O mesmo fenômeno ocorre em maior escala no ar condicionado para aquecimento ou refrigeração de edifícios. Estes sistemas favorecem a proliferação de bactérias e fungos por oferecerem um ambiente escuro e úmido, perfeito para seu crescimento, o que provoca mau cheiro e queda na eficiência do equipamento. Para combater este fenômeno, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos está financiando uma pesquisa para descobrir se os componentes de cobre podem minimizar o crescimento e a proliferação de bactérias que aparecem no ar condicionado, graças à propriedade bactericida do metal.

Nos edifícios modernos de hoje, a preocupação da exposição a microorganismos tóxicos criou uma grande necessidade de melhorar as condições higiênicas dos sistemas de ar condicionado, ventilação e aquecimento, os quais se acredita que são causadores de mais de 60% das enfermidades nos edifícios (por exemplo, demonstrou-se que as palhetas de alumínio nos sistemas de ar condicionado, ventilação e calefação são uma fonte importante de populações microbianas).

Nas pessoas imunocomprometidas, a exposição a potentes microorganismos provenientes dos sistemas de ar condicionado, ventilação e calefação pode causar infecções severas, possivelmente causando a morte. O uso do cobre antimicrobiano em vez de materiais biologicamente inertes nos tubos do trocador de calor, nas palhetas, nos filtros e nos ductos, é um meio viável e efetivo quanto a custos para ajudar a controlar o crescimento de bactérias e fungos que se desenvolvem nestes sistemas.

"As melhorias no design e produção de sistemas de ar condicionado levaram ao aumento da eficiência energética mas, ao mesmo tempo, tornaram-se em uma fonte de bactérias. É por isso que os resultados destas pesquisas devem fazer com que os sistemas interfiram na saúde, disse Charles Feigley, professor PhD de Ciências da Saúde Ambiental da Universidade de Carolina do Sul e principal pesquisador do estudo.

A pesquisa compara o desempenho dos componentes do ar condicionado de cobre com os de alumínio, e sua capacidade para inibir o crescimento de bactérias e fungos. Os componentes testados foram aqueles onde micróbios tendem a se proliferar como bobinas de refrigeração, tubos e controladores de calor, filtros de ar e pás do ventilador. O estudo testou a eficácia das superfícies de cobre para inibir o crescimento de micróbios, que além de ser a fonte de mau cheiro, também compromete o rendimento térmico do equipamento quando se acumulam nas superfícies de emissão de calor.

“Os resultados podem contribuir significativamente para a redução da Síndrome do Edifício Doente e a melhoria da qualidade do ar em seu interior, destacou Dr. Harold Michels, chefe do Programa de Saúde Pública da Associação Internacional do Cobre (ICA em inglês).

De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA em inglês), o termo "Síndrome do Edifício Doente” é utilizado para descrever situações em que ocupantes de edifício apresentam problemas de saúde e suas causas parecem estar vinculadas ao tempo em que permanecem em locais fechados e com má ventilação. O problema pode estar localizado em uma sala ou em todo o edifício. Muitas vezes esta condição é temporária mas alguns edifícios tem problemas de longo prazo.

Com frequência, os problemas surgem quando um edifício é operado ou mantido de forma incompatível com seu desenho original ou com os procedimentos operacionais previstos. Às vezes, problemas de ventilação interna são consequência de má construção do prédio ou da atividade praticada no local.

Da mesma forma, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que os elementos de construção podem ser uma fonte de contaminação do ar interno, os quais podem causar impacto na saúde e afetar o rendimento pessoal. A falta de ventilação e higiene, aumentam o risco de doenças, que podem ser reforçadas pelo sistema de aquecimento ou ar condicionado defeituosos.

Os tipos de edifícios que sofrem a Síndrome e normalmente são recomendados a modernizar seus sistemas de ar condicionado com aplicação de cobre são cinemas, teatros, escritórios, hospitais, hotéis, restaurantes, escolas, lojas entre outros.

Desde 2005, o Congresso dos Estados Unidos começou a destinar recursos para programas de pesquisa das propriedades antimicrobianas de algumas ligas de cobre. O primeiro estudo se refere a superfícies de contato de centros de atenção médica considerados foco de contaminação cruzada; o objetivo é contribuir para a redução do número de agentes patógenos e reduzi o índice de infecções hospitalares. O segundo trata sobre a qualidade da ventilação interna e o potencial dos componentes de cobre em sistemas de calefação, ventilação e ar condicionado para eliminação de micróbios prejudiciais, incluindo fungos e bacterias.

O EPA certificou o cobre como o primeiro metal bactericida, em 2007, devido à demonstração de que possui atividade inibidora de microorganismos. Dependendo do tipo de microorganismo, o cobre pode atuar como agente bactericida, inibindo sua multiplicação.

Sobre o Procobre- O Procobre –Instituto Brasileiro do Cobre é uma instituição sem fins de lucro cuja missão é a promoção do uso do cobre, impulsionando a pesquisa e o desenvolvimento de novas aplicações e difundindo sua contribuição ao melhoramento da qualidade de vida e o progresso da sociedade. O Procobre faz parte da ICA - Internacional Copper Association , com sede em Nova Iorque encarregada de liderar a promoção do cobre mundialmente.

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