Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

15/12/2009 - 09:58

Taxa de investimentos no Brasil precisa atingir 24% do PIB

São Paulo - A taxa agregada de investimento e poupança no Brasil precisa alcançar 24% do Produto Interno Bruto (PIB) em três anos. Para o país atingir essa meta, o Conselho Monetário Nacional (CMN) deverá regular logo as Letras Financeiras do Tesouro a serem emitidas pelos bancos privados. Além disso, o governo está negociando mudanças no mercado de debêntures com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

O anúncio foi feito pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que abriu nesta segunda-feira, 14 de dezembro, o seminário Perspectivas de Investimento no Brasil, no escritório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo. A taxa agregada de investimento estava perto de 20% antes da crise mundial e caiu para 17,5%, informou Coutinho. “Precisamos recuperar o fôlego e subir consistentemente, pois essas são boas maneiras de conciliar crescimento econômico com sustentabilidade”.

A regulamentação das letras financeiras abrirá uma janela de captação com prazos mais longos por parte de bancos privados, explicou Coutinho. Segundo ele, serão incluídos nos financiamentos de média maturidade em projetos de financiamento. O presidente do BNDES lembrou que a ampliação do investimento multiplicaria a capacidade de ofertar bens e serviços, prevenindo gargalos e ameaças que produzem pressão inflacionária

O seminário em São Paulo, promovido pela CNI e o jornal Valor Econômico, apresentou dados preliminares de estudo sobre as perspectivas do investimento no Brasil em 12 sistemas produtivos. O trabalho é coordenado pelos institutos de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e conta com o apoio financeiro do BNDES. “O que distingue a pesquisa é o assunto: investimento é um tema com pouca tradição de estudo no Brasil”, explica David Kupfer, coordenador do projeto que também recebe a sigla PIB.

As conclusões serão publicadas em março de 2010, com a realização de novos seminários. No item infraestrutura, por exemplo, a orientação é pela “retomada do planejamento para combater déficits expressivos e concentrados parcialmente”, diz o estudo. A estratégica indicada é aperfeiçoar não só a regulação, mas mecanismos de coordenação, elaboração e execução de planos que ganham cada vez mais complexidade.

O presidente emérito da CNI, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, que presidiu a mesa de abertura, disse que “2010 não pode se constituir em um ano de espera de um novo governo”. Segundo ele há urgências cruciais para a sustentação do Brasil no pós-crise. “Essa agenda inclui prioritariamente a desoneração do investimento em capital fixo, a recuperação de créditos tributários nas exportações, a redução do custo de capital para as empresas e aperfeiçoamentos na política cambial ativa”, alertou.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira