Universidades e empresários firmam parcerias com foco no desenvolvimento de novas tecnologias

Assintecal by Brasil e CNPq estimulam pesquisas a serviço da inovação no setor coureiro calçadista

Um ambiente de negócios para aproximar as ofertas dos centros de pesquisa às demandas do meio empresarial na área da inovação. Esse foi o cenário do da Oficina com Universidades, projeto que reuniu vinte empresas de componentes para calçados e oito instituições de ensino do Rio Grande do Sul e de São Paulo na última sexta-feira (11), em Novo Hamburgo, com o propósito de firmar parcerias e promover a inovação no setor coureiro calçadista. A iniciativa é resultado da parceria entre a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal by Brasil) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e contou com a participação das instituições de ensino UFRGS, UNISINOS, FEEVALE, PUCRS, USP, IPT, UFPEL e UFSCAR.

De acordo com a responsável pela área de inovação da Assintecal by Brasil, Linda Pienis, a iniciativa resultou em um positivo intercâmbio de conhecimentos e experiências, entre a academia e as fabricantes, com foco no desenvolvimento de produtos e tecnologias inovadoras para o setor. “A iniciativa buscou aproximar as empresas das universidades, tornando o conhecimento produzido nas instituições de pesquisa aplicável à realidade empresarial”, disse.

Representante do empresariado coureiro calçadista, o gerente de tecnologia do Grupo Artecola de Campo Bom, Marcos Henrique Wendt, destacou a importância da ação para oportunizar acesso às diferentes linhas de pesquisa desenvolvidas nas instituições. “A iniciativa foi um importante canal de comunicação entre os empresários e os departamentos de pesquisa das universidades”, destacou Fabricante de adesivos e laminados, a Artecola tem trabalhado na busca de soluções que contribuam para a redução do impacto ambiental nos processos produtivo. “Durante o diálogo, tive contato com diversas universidades, entre elas, uma instituição de ensino que irá nos auxiliar na busca de alternativas que aprimorem o uso de fibras naturais na área de laminados”, disse.

Na classe acadêmica, a pesquisadora Sirlene Maria da Costa, que representava o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo, enfatizou a importância do diferencial competitivo das empresas. “Investir em inovação é o melhor caminho para os empresários de micro, pequenas, médias e grandes empresas. A oficina foi importante para garantir a aproximação entre o meio universitário e o mundo empresarial e promover o intercâmbio de ideias, conhecimentos e experiências entre os participantes”, frisou.

Inovação – Durante o evento, o diretor técnico da secretaria de ciência e tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul, Júlio Cesar Ferst, apresentou aos participantes as principais especificações e benefícios oferecidos às empresas por meio da Lei da Inovação – assinada neste ano no Rio Grande Sul. A nova legislação estabelece medidas de estímulo à inovação tecnológica em empresas e centros de pesquisa, e fornece mecanismos para autonomia tecnológica, capacitação, competitividade e desenvolvimento social e industrial. “Com isso, mais investimentos serão destinados à pesquisa em todas as áreas e aos processos considerados inovadores.Por meio deste regulamento, as empresas podem ter a redução de até 75% do ICMS sobre o incremento de faturamento decorrente de inovação", destacou Ferst.