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16/12/2009 - 10:13

Brasil melhora posição no cenário mundial de energia eólica

Com o resultado do primeiro leilão específico do setor, serão instalados 3,2 mil MW em parques eólicos até 2012. Projetos leiloados estão distribuídos no Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Sergipe e Rio Grande do Sul

A contratação de 1.805 MW (ou 753 MW médios), no primeiro leilão de venda de energia eólica realizado ontem (14/12), coloca o Brasil definitivamente no mapa mundial de geração de energia elétrica a partir da força dos ventos, de acordo com a ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica).

A estimativa da ABEEólica é de que a partir de julho de 2012, prazo inicial dos contratos de fornecimento por 20 anos comercializados no leilão, estejam instalados em território nacional 3,2 mil MW em parques eólicos - considerando os 1.805 MW contratados no certame de ontem somados aos 1.423 MW de empreendimentos do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas). Isso elevará a participação da energia eólica na matriz elétrica brasileira dos atuais 0,6% para cerca de 3% em 2012, com resultado de investimentos estimados em pelo menos R$ 8 bilhões nesse período.

“Sem dúvida a sensação deixada pelo leilão foi a de muito otimismo em relação à definitiva inserção da energia eólica na matriz brasileira em diferentes estados, o que também é muito salutar para o País”, comenta o presidente da ABEEólica, Lauro Fiuza Jr.

Durante todo o processo, houve muito interesse dos investidores do setor. Dos cerca de 13 mil MW cadastrados, mais de 10 mil MW foram habilitados e, desse total, mais de 5,5 mil MW foram colocados à venda no leilão, ou seja, projetos que depositaram garantias físicas e realmente participaram do certame. Destaca-se ainda a participação expressiva dos empreendedores privados, que representam mais de 60% do total comercializado.

O preço médio de venda de R$ 148,39 o MWh, cerca de 21,5% menor do que o preço-teto de R$ 189,00/MWh, surpreendeu a entidade, mas evidenciou que há empreendimentos bem localizados e próximos da rede de distribuição de energia. Além disso, a presença no mercado nacional de oito fabricantes de aerogeradores também contribuiu para ampliar a competitividade do leilão. “O resultado do leilão dá condições para fomentar a parceria entre fabricantes e desenvolvedores”, acrescenta o diretor executivo da ABEEólica, Pedro Perrelli.

O Rio Grande do Norte foi o Estado com maior número de parques e volume contratado: um total de 23 projetos com geração de 657 MW. Em seguida, veio o Ceará, com 21 projetos e 542 MW; a Bahia, com 18 projetos e 390 MW; o Rio Grande do Sul, com 8 projetos e 186 MW, e Sergipe, com um projeto de 30 MW.

Segundo os executivos, o leilão foi o primeiro passo importante após o Proinfa, mas o setor ainda carece de uma sinalização clara de longo prazo aliada a um movimento governamental tributário coerente, para que cada vez mais a energia eólica amplie sua participação na matriz elétrica brasileira como complementar à hidrelétrica. “Para manter os preços negociados no leilão, é preciso um programa de longo prazo, que dê uma sinalização para o mercado internacional e assegure uma coerência tributária”, observa o diretor executivo da ABEEólica.

O diretor-executivo ainda destacou o momento oportuno de realização do leilão de eólicas - uma energia limpa e renovável -, em função de ter ocorrido simultaneamente à conferência mundial do clima, a COP-15, o evento que vem debatendo as reduções imissões de gases do efeito estufa.

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