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16/12/2009 - 10:20

Indústria abre 3,5 mil vagas em São Paulo e tem o melhor novembro em cinco anos

Índice deverá fechar 2009 com queda de 5,7%. Recuperação do nível pré-crise só virá em 2011, diz Fiesp/Ciesp.

O emprego na indústria paulista atingiu o melhor nível para o mês de novembro nos últimos cinco anos. Segundo dados divulgados no dia 15 de dezembro (terça-feira), pela Fiesp e o Ciesp, o índice subiu 0,15% sem ajuste sazonal, pelo quarto mês seguido, e respondeu pela abertura de 3.500 vagas.

A variação dessazonalizada (0,94%) é a melhor desde dezembro de 2006, quando houve alta de 1,51%, e também a maior da série de novembro desde 2005 – mês que costuma apresentar comportamento negativo.

“É o maior acréscimo de emprego dos últimos anos nesta época. A indústria passa por um forte crescimento, a uma ótima taxa de recuperação”, avaliou Paulo Francini, diretor-titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp/Ciesp.

O setor produtivo paulista vem descontando as perdas sofridas com a crise financeira desde abril, e atingiu novamente o nível zero em agosto. Apesar da forte recuperação, o saldo em doze meses ainda é negativo (-6,29%), o que equivale a 150 mil vagas a menos em relação a novembro de 2008.

Segundo a Fiesp/Ciesp, o índice deverá fechar o ano em -5,7%, mas há uma clara tendência de reversão da curva negativa. Para Paulo Francini, com a recuperação que se iniciou, a indústria voltará ao nível de produção pré-crise em março de 2010. Já o emprego, no Brasil, deverá retomar o patamar somente em dezembro do próximo ano.

“No caso de São Paulo, por uma diferença de produtividade, é mais certo que a recuperação total só aconteça no primeiro trimestre de 2011”, projetou o diretor.

Indicadores setoriais - Em novembro, 13 atividades industriais tiveram bom desempenho nas contratações, seis registraram saldo negativo e três ficaram estáveis.

Veículos automotores, reboques e carrocerias aparecem no topo do ranking, com alta de 1,4%. O setor moveleiro vem na sequência, com elevação de 1%, e máquinas, aparelhos e materiais elétricos ocupam o terceiro lugar (0,8%).

O segmento de máquinas e equipamentos voltou a apresentar variação positiva em novembro (0,3%), bom indício da retomada de investimentos.

A variação negativa veio de Couro, Artigos de Viagem e Calçados (-2,4%), com queda de 2,4%; Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Óticos (-2,3%) e Produtos Diversos (-1,2%).

Regiões - Das 36 Diretorias Regionais do Ciesp pesquisadas, 22 apresentaram bom desempenho no mês, 12 tiveram comportamento negativo e duas ficaram estáveis. A Grande São Paulo foi responsável pelo saldo positivo de vagas no mês (0,37%), e continua acima do desempenho do interior paulista, que ficou estável em -0,03%.

-Bauru liderou as contratações, com crescimento de 1,89%, influenciado por Máquinas e Equipamentos (3,16%) e Vestuário (1,55%);

Matão aparece na sequência, com alta de 1,76% no mês, puxada por Produtos Alimentícios (2,39%) e Máquinas e Equipamentos (1,18%);

- Em terceiro lugar, Presidente Prudente, com expansão de 1,39%, devido à geração de empregos nos setores de Minerais não-Metálicos (8,7%) e Produtos Alimentícios (0,78%).

O nível de emprego industrial teve queda mais expressiva nas regiões de:

- Franca (-1,90%), devido ao recuo nos setores de Couro, Calçados e Artigos de Viagem (-4,15%) e Produtos de Borracha e Plástico (2,19%);

- São José do Rio Preto (-1,44%), sentida nos segmentos de Produtos Alimentícios (-6,62%) e Vestuário (-0,19%);

- Araçatuba (-1,33%), influenciada por Vestuário (-5,67%) e Produtos Alimentícios (-2,77%).

Sensor - O indicador antecedente da Fiesp, que mede a sensação do empresário quanto ao ambiente de negócios, indicou perda nos itens vendas e emprego, na apuração da primeira quinzena de dezembro. O índice geral ficou em 50,5 pontos, uma queda de 4,4 pontos em relação à apuração da quinzena anterior.

A percepção para vendas caiu de 56,3 para 44,7 pontos, e o emprego saiu de 56,7 para 50,5 pontos. Mercado (52,2), estoque (52,1) e investimento (54,2) seguem estáveis.

“Há duas interpretações para a queda do Sensor. Uma hipótese é a desaceleração da velocidade de recuperação, mas acreditamos que haja um peso maior da sazonalidade, só um ajuste de final de ano”, apostou Francini.

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