Parceria Brasil-Estados Unidos em Biocombustíveis

O Comitê Gestor do Memorando Brasil-Estados Unidos para Avançar a Cooperação em Biocombustíveis reuniu-se em 15 de dezembro (quarta-feira), em Washington, D.C., a fim de avaliar o progresso de suas atividades até o presente momento, bem como discutir o futuro da parceria. Os Governos discutiram, na oportunidade, os projetos conjuntos em benefício de terceiros países, avaliaram a cooperação bilateral em pesquisa e desenvolvimento, e intercambiaram informações sobre as políticas públicas em vigor nos dois países.

Chefiou a delegação brasileira o embaixador André Amado, subsecretário-Geral de Energia e Alta Tecnologia do Ministério de Relações Exteriores. O Coordenador Internacional para Assuntos de Energia da secretária de Estado, David Goldwyn, esteve à frente do lado norte-americano. Além das delegações oficiais, participaram do encontro instituições parceiras - a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Fundação das Nações Unidas -, assim como consultores técnicos que vêm trabalhando para o desenvolvimento do potencial da indústria de biocombustíveis em terceiros países, a exemplo da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Internacionalmente, Brasil e Estados Unidos estão engajados na "Global Bioenergy Partnership" (GBEP) - iniciativa que tem o Brasil como co-presidente -, e foro em que colaboram em áreas como a contabilização de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs) e sustentabilidade da bioenergia. Entre outras conquistas, os membros da GBEP viabilizaram a criação de arcabouço metodológico que facilita a comparação transparente de distintas análises de ciclo de vida de biocombustíveis. Brasil e Estados Unidos também avaliaram, em retrospecto, os trabalhos realizados pelo Fórum Internacional de Biocombustíveis (FIB) no sentido de harmonizar normas técnicas e padrões dos biocombustíveis em nível internacional, etapa fundamental para a sua transformação em "commodities".

Finalmente, Brasil e Estados Unidos acordaram dar continuidade às pesquisas científicas conjuntas na área de biocombustíveis "celulósicos", e decidiram trabalhar em apoio a iniciativas e eventos que sejam instrumentais ao incremento da participação do setor privado dos dois países.