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17/12/2009 - 09:42

Inmetro anuncia adesões e aperfeiçoamento no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular

Segunda fase traz duas novas montadoras e 67 modelos inscritos, novo método é mais próximo do consumo real de combustível em ruas e estradas.

Rio de Janeiro - Mais duas montadoras aderiram ao Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, cujo objetivo é permitir que o consumidor compare a eficiência energética de veículos de uma mesma categoria, auxiliando-o a tomar uma decisão de compra consciente. Concluída em dezembro pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) em parceria com o Conpet (Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural), programa vinculado ao Ministério de Minas e Energia e desenvolvido pela Petrobras, a tabela 2010 contempla a participação de seis montadoras – Fiat, Honda, Kia, Volkswagen, Renault e Toyota, as duas últimas recém-inscritas – e 67 modelos, que correspondem a 50% do volume de vendas no mercado nacional. Até 2009, eram 31 modelos. As categorias avaliadas são subcompactos, compactos, médios, grandes, carga derivado, comercial e fora-de-estrada.

A Etiqueta Veicular classifica os veículos de acordo com a eficiência energética por categoria, ou seja, quanto eles despendem de energia para se locomover. A classificação vai de ‘A’ (mais eficiente) até ‘E’ (menos eficiente). São considerados mais eficientes os automóveis que, nas mesmas condições, gastam menos energia em relação a seus pares e, portanto, consomem menos combustível. Para comparar veículos que usam combustíveis diferentes, os valores de consumo verificados em álcool e gasolina são convertidos em joule, unidade que mede a energia.

Outra informação apresentada pela Etiqueta Veicular são os valores de referência da quilometragem por litro, na cidade e na estrada, com diferentes combustíveis. De acordo com a observação impressa nas etiquetas da primeira fase, esses valores são obtidos a partir de medições de consumo efetuadas em laboratório, conforme norma NBR 7024, que determina que os testes sejam feitos com o uso de combustíveis padrão brasileiros e adoção de ciclos de condução pré-estabelecidos. Na prática, os automóveis que obtêm melhor resultado em laboratório, em iguais condições, apresentam melhor desempenho nas ruas e estradas.

Aperfeiçoamento do método - A metodologia adotada no Brasil é a mesma de países que possuem programas similares, pois somente os testes em laboratório permitem que os veículos sejam avaliados de forma padronizada, em condições controladas, garantindo que as medições possam ser repetidas e utilizadas em uma comparação uniforme entre modelos de veículos diferentes, dentro de uma mesma categoria. Contudo, em situações reais de uso do veículo, diversos fatores – qualidade do combustível, estado de conservação e calibragem dos pneus, uso de acessórios como ar condicionado, peso transportado, maneira de dirigir, conservação das ruas e estradas etc. – influenciam o consumo, podendo apresentar consideráveis variações em relação aos resultados obtidos nas medições laboratoriais, em condições padrão. Até mesmo quando diversos motoristas dirigem um mesmo veículo, eles obtêm consumos diferentes.

Para que o consumidor tenha uma informação mais próxima do consumo de combustível em condições reais de uso do automóvel, mantendo a comparação relativa entre os veículos, o Inmetro decidiu adotar um fator de ajuste na tabela de 2010, a exemplo da evolução deste tema nos EUA, por meio da Agência de Proteção Ambiental norte-americana (EPA). O mesmo fator de ajuste também foi aplicado, neste mês, na tabela 2009. Testes indicam que 80% dos motoristas obtêm resultados semelhantes, em condições reais de utilização dos veículos.

Os valores medidos nos ensaios de laboratório em condições padronizadas pela NBR 7024 continuarão a ser utilizados para comparação e classificação da eficiência energética dos veículos em cada categoria, rigorosamente de acordo com os padrões internacionais de condução para medição de consumo. Finalmente, é importante reforçar que a falta de manutenção, pneus descalibrados, direção agressiva com acelerações e frenagens bruscas, trânsito muito congestionado, velocidade elevada, combustível inapropriado, condições climáticas ou condições adversas da via, excesso de peso e outras variáveis podem causar expressivo aumento do consumo de combustível – em torno de 20%.

Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular - O PBE Veicular foi lançado em novembro de 2008, no Salão do Automóvel, em São Paulo, pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Miguel Jorge. O Programa incluiu o Brasil na lista dos países que desenvolvem programas de eficiência energética e de uso racional de combustível em veículos, como EUA, Japão, Austrália, China, Canadá e membros da União Europeia. A adesão dos fabricantes e importadores de automóveis é renovável a cada ano e, para participar, o fornecedor deve informar os valores de consumo energético de, no mínimo, 50% de todos os seus modelos de automóveis zero km previstos para comercialização no período, podendo optar por fixar ou não a etiqueta em um dos vidros do automóvel. As informações referentes a ela, no entanto, devem constar obrigatoriamente do manual do proprietário e nos pontos de venda.

Os dados também ficam disponíveis na tabela publicada nos sites do Inmetro (www.inmetro.gov.br) e do Conpet (www.conpet.gov.br).

O PBE Veicular conta com o apoio do MDIC e tem também a participação do Ministério de Minas e Energia (MME); da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb); do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes); e da indústria automobilística, representada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e da Associação Brasileira de Empresas Importadoras de Veículos Automotivos (Abeiva).

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