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15/05/2007 - 09:08

Brasil deve exportar conhecimento, diz Lula ao inaugurar indústria farmacêutica

Brasília - O desenvolvimento da indústria farmacêutica é uma das apostas do governo federal, como revelou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dia 14 de maio, em cerimônia de inauguração da nova unidade produtiva de medicamentos sólidos (comprimidos, cápsulas) da empresa EMS, no município paulista de Hortolândia.

"Vamos trabalhar para que a indústria farmacêutica brasileira seja uma indústria de ponta", disse Lula. "Não queremos ser apenas exportadores de commodities, queremos ser exportadores de conhecimento, de inteligência", destacou.

De acordo com o presidente, um dos objetivos da Lei de Inovação Tecnológica é, justamente, impulsionar a indústria de fármacos. "Isso aqui é uma boa cumplicidade entre o governo brasileiro e as empresas brasileiras da indústria farmacêutica para que a gente se transforme numa grande indústria nacional e mundial".

A nova unidade da EMS custou US$ 50 milhões, pouco mais de R$ 100 milhões. Mais da metade - cerca de US$ 32 milhões - foi financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A empresa atua há 43 anos no mercado farmacêutico brasileiro e conta com duas unidades, em Hortolândia e São Bernardo do Campo (SP), que juntas têm mais de 4 mil funcionários.

A EMS possui o maior número de produtos farmacêuticos do País, com destaque para a linha de genéricos, segundo a Presidência da República. Com a ampliação do complexo de Hortolândia, deve aumentar a capacidade produtiva anual de 220 milhões para 360 milhões de unidades, e gerar 500 novos empregos. | Por: Mylena Fiori/ABr

O presidente Lula aproveitou a cerimônia para reiterar as razões que levaram o governo brasileiro a quebrar a patente do medicamento anti-retroviral Efavirenz, utilizado no tratamento de cerca de 75 mil portadores do vírus HIV no Sistema Único de Saúde (SUS).

"Não é porque a gente estava querendo brigar, porque gosta de brigar. É porque a gente não acha justo a Tailândia pagar US$ 0,60 o comprimido e o Brasil pagar US$ 1,60", justificou. "Nós não podemos ser tratados como se fôssemos um país de terceira categoria que não é respeitado por um laboratório. Fizemos apenas o que deveríamos ter feito já há algum tempo, tentamos negociar. Negociamos, não deu certo, [então] tomamos a atitude".

O presidente fez ainda um prognóstico sobre o crescimento do país. "Estou convencido de que o Brasil encontrou o caminho para se transformar definitivamente numa grande economia, de que encontrou seu caminho para crescer, para gerar empregos e distribuir renda - o que, no fundo no fundo, é o que todos nós queremos: melhorar a vida de 190 milhões de brasileiros", afirmou.

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