Centro de Tratamento do Tabagismo ajuda quem quer começar 2010 sem fumar

Largar o cigarro é uma das resoluções de ano novo mais comuns dos fumantes decididos a levar uma vida mais saudável. E como quando se trata de vício apenas ter vontade de largar não é suficiente, a medicina tem avançado para tentar ajudar, cada vez mais, quem está disposto a deixar o cigarro. Estudos comprovam que 80% dos fumantes querem parar de fumar, mas apenas 3% conseguem largar o vício sem ajuda. Para dar o atendimento clínico e psicológico que o fumante precisa, a COI-Clínicas Oncológicas Integradas, centro de referência no tratamento do câncer e doenças do sangue, criou um Centro de Tratamento do Tabagismo.

"A dependência à nicotina é muito complexa, pois além da dependência física da droga, existe também uma dependência psicológica e comportamental. Além disso, muitos fumantes ao pararem de fumar ganham peso. Por isso, oferecemos um serviço multidisciplinar de tratamento, com médico, psicóloga e nutricionista”, explica o pneumologista Ricardo Meirelles, especialista em tratamento e controle do tabagismo, responsável pela Clínica de Tratamento do Tabagismo da COI.

O processo na clínica começa a partir de uma consulta com o pneumologista, que fará uma avaliação clínica e do grau de dependência física do fumante. Também será feita a medição do monóxido de carbono por um monoxímetro (similar a um bafômetro). Assim, o especialista saberá se há indicação de medicamento para reduzir os sintomas da síndrome de abstinência da nicotina. “A nicotina libera dopamina, serotonina e outras substâncias químicas que têm ação estimulante, levando ao prazer e bem-estar no fumante.”, informa Meirelles. Assim que o fumante deixa o cigarro, a nutricionista entra no processo, orientando para uma alimentação balanceada.

A pessoa disposta a parar de fumar deve entender tudo o que o cigarro causa e aprender a viver sem ele. Há 50 doenças relacionadas ao tabagismo, decorrentes das 4.700 substâncias presentes na fumaça, das quais 60 são cancerígenas. Por isso, a segunda etapa do tratamento é uma consulta com a psicóloga, que vai trabalhar a relação que o tabagista tem com o cigarro e seu comportamento como fumante. A OMS considera o tabagismo uma doença pediátrica – já que 90% das pessoas começam a fumar até os 19 anos de idade – crônica e contagiosa, por prejudicar as pessoas em volta.

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