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22/12/2009 - 08:55

Telit planeja expandir e ter 20% do mercado

Empresa, de origem italiana, desembarcou no Brasil em 2007 e já faz planos para virar a segunda do país.

Parece uma das versões mini de um pen drive - aquele aparelhinho onde é possível guardar parte dos arquivos do computador e levá-los para onde quiser - ou apenas um chip de celular. Mas é muito mais do que isso. O quadradinho da foto ao lado, que mede dois centímetros por dois, é capaz, por exemplo, de acompanhar em tempo real o destino de um carro roubado e acionar a seguradora antes que o veículo seja desmanchado em alguma oficina clandestina.

Ele também já vem sendo usado como alternativa de comunicação das seguradoras residenciais para acionar o alarme quando uma casa é assaltada. “Antes, a comunicação era feita pela rede telefônica convencional e bastava e o ladrão cortar os fios para o alarme não funcionar”, explica Marcus Kinzkowski, vice-presidente da Telit Wireless, uma das fabricantes do módulo que usa o componente do celular para oferecer serviços com a tecnologia máquina-a-máquina no Brasil e na Europa.

Aposta no futuro - Há quatro anos, a italiana Telit vendeu sua divisão que fabricava celulares para se dedicar exclusivamente aos módulos de celular que hoje são usados pela indústria e pelo setor de serviços. No Brasil, a empresa desembarcou em 2007. “O mercado brasileiro é um dos que mais pode crescer no mundo e os segmentos de segurança e telemedição são os que têm o maior potencial de expansão”, diz Kinzkowski.

O plano é crescer e, já em 2010, virar a segunda maior forcedora da tecnologia máquina-a-máquina que usa módulos de celular no Brasil. “Já temos 15% do mercado nacional e vamos chegar aos 20% em breve”, diz Kinzkowski, que comanda uma equipe formada por sete pessoas, todas vindas dos principais concorrentes nacionais, como Siemens, empresa onde ele próprio fez carreira. “Até 2007, a Telit não tinha presença no Brasil. O espaço que conquistamos em menos de dois anos é prova de que temos, sim, condições de chegar a esse objetivo.”

Mercados - Hoje, de acordo com a Telit, o rastreamento de veículos é o principal mercado para os módulos máquina-a-máquina. Ele representa, sozinho, cerca de 55% das vendas. Em segundo lugar está o setor financeiro, com cerca de 20% da comercialização. As máquinas sem fio usadas por estabelecimentos comerciais para o recebimento de pagamentos com cartão de crédito, por exemplo, usam a tecnologia

M2M. Nesse caso, a conexão com a central da operadora do cartão de crédito é feita via celular. Ou seja, a maquininha que vem até a mesa quando pagamos a conta do restaurante é ligada a uma central por um chip de celular.

O terceiro mercado mais promissor é o da segurança patrimonial, que representa 15% da demanda. “E esse é um dos segmentos que mais vai crescer nos próximos anos no Brasil”, aposta Kinzkowski. A outra grande oportunidade está no segmento de automação industrial e telemetria. Hoje, ele representa cerca de 10%da demanda e tende a ampliar essa participação para até 30% nos próximos três anos. Entre os clientes desse mercado estão prestadores de serviços públicos, como as empresas de energia, gás e água. “Cada vez mais essas companhias usam a tecnologia para monitorar clientes e combater roubo e desperdício”, explica.

Há ainda a indústria de transformação, que exige módulos mais sofisticados, maiores e mais resistentes. “O ano de 2009, apesar da crise, foi muito bom. Estamos muito otimistas com 2010”, prevê Kinzkowski.

Filões e apostas: 1.Rastreamento de veículos - No mundo todo o rastreamento de veículos é o segmento que mais contrata a tecnologia máquina-a-máquina. No Brasil, esse é o principal mercado para as empresas que atuam nesse segmento — ele é 60% das vendas e tem ajudado empresas como a Porto Seguro a reduzir custos, como o pagamento de sinistros de carros roubados. O mecanismo costuma ser instalado apenas nos modelos mais visados, mas isso pode mudar em breve.

2. Operações do sistema financeiro - O sistema financeiro e as operadoras de cartões de crédito estão em segundo lugar na lista de usuários da tecnologia máquina-a-máquina. Como ele funciona? Quando se paga uma conta no restaurante com cartão, por exemplo. Aquela maquininha que o garçom traz na mesa usa a tecnologia M2M. No Brasil, o setor financeiro é responsável por nada menos do que 20% dos pedidos de equipamentos que são feitos para as fabricantes dos módulos.

3. Segurança residencial e patrimonial - Alarmes residenciais. Esse é o terceiro principal mercado das empresas que vendem a tecnologia máquina-a-máquina no Brasil. Ele é responsável por 15% do faturamento delas. Os equipamentos que adotam a comunicação por GPS e por celular passaram a ser os mais procurados. Antes, os alarmes eram acionados pelo telefone, mas os ladrões, espertos, passaram a cortar a fiação.

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