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22/12/2009 - 10:39

A força que vem dos bastidores

A profissão de auditor delineou-se a partir do começo do século passado, quando as grandes organizações mundiais começaram a recorrer a auditorias independentes para assegurar aos acionistas e investidores que seus balanços eram, de fato, a reprodução fiel da escrituração contábil.

Com o passar do tempo, as organizações e o próprio sistema econômico mundial tornaram-se mais complexos, o que reforçou a importância da auditoria externa para assegurar a confiabilidade dos dados divulgados pelas empresas.

Hoje, a auditoria desempenha papel relevante como apoiadora da alta administração. O auditor é uma espécie de analista/estrategista, que revisa e avalia uma ampla gama de itens fundamentais: demonstrações contábeis, políticas, planos, procedimentos, normas, operações, registros... Ele também identifica gargalos e oportunidades e sugere soluções para tornar os processos mais ágeis, melhorar a qualidade dos serviços prestados e aumentar as margens de lucro. É nos bastidores das empresas que ele atua, e é dali que indica o ‘caminho das pedras’, pelo qual se atravessa a parte mais difícil do rio e se chega mais facilmente ao destino almejado.

As qualidades indispensáveis ao auditor são, portanto, a imparcialidade, a atenção aos detalhes (tanto na realização dos trabalhos quanto na apresentação das conclusões), a capacidade dedutiva e a criatividade. Sua autoconfiança deve ser plena, mas não pode haver espaço para egocentrismo e vaidade. Ele também deve ter postura e ética impecáveis: afinal, se o auditor não transmitir ao mercado uma imagem confiável, de isenção e credibilidade, suas conclusões não serão efetivamente aceitas e levadas a sério. É essencial que sua independência e lisura sejam inquestionáveis.

Obviamente, são enormes as responsabilidades que pesam sobre os ombros dos auditores. A eles, cabem os desafios de orientar as empresas para que se protejam de perdas, de determinar o grau de confiabilidade dos dados contábeis e de outras informações elaboradas e fornecidas pelas organizações, de avaliar riscos e de mensurar a qualidade alcançada na execução de tarefas determinadas. Por isso, devem dispor de total liberdade e isenção.

A crescente especialização do mercado vem ocasionando uma espécie de segmentação entre os auditores, com profissionais que optam por focalizar mais a área de tributos, ou a tecnologia de informação, ou, ainda, as tiragens de publicações, a governança corporativa etc. Para atender às necessidades específicas das empresas, a terceirização do trabalho de auditor tem se mostrado uma opção bem interessante.

Ao contratarem firmas de auditoria com boa reputação no mercado, as companhias agregam duas vantagens. Uma delas é a expertise dos especialistas, que conhecem as técnicas para desenvolver um trabalho eficaz e não se assustam com prazos ou pressões. O outro diferencial importante é a própria ‘grife’ da auditoria. Uma firma bem conceituada possui valor intrínseco e seu nome empresta credibilidade aos dados auditados.

Mais do que nunca, empresas de todos os portes e segmentos devem dar especial atenção a esse tema. Não haverá espaço para amadorismo no Brasil que, se as coisas continuarem a fluir no ritmo atual, deverá se tornar a quinta economia do mundo em menos de uma década. Neste cenário, a auditoria e seu realizador – ou seja, o auditor – desempenharão papel de fundamental importância, sobretudo como pontos de apoio daqueles que empreendem e se empenham em transformar este país em uma grande potência.

. Por: Marcelo Gonçalves , sócio-diretor da BDO, quinta maior empresa do mundo nos segmentos de auditoria, tax e advisory. É responsável pelo escritório de São José dos Campos.

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