Estudo da GSK sobre terapia alvo combinada aponta aumento de sobrevida de 14 meses em portadoras de câncer de mama avançado

A fase III do estudo investigativo, que combina os medicamentos Tykerb (lapatinibe) e Herceptin (trastuzumabe), realizado pela GlaxoSmithKleine, comprovou, de forma pioneira e estatística, o aumento de sobrevida para um grupo de 296 mulheres portadoras de câncer de mama HER2-positivo avançado — a forma mais agressiva desse tipo de câncer.

Durante a realização do estudo, as pacientes receberam de forma aleatória lapatinibe em dose única diária de 1500mg ou uma combinação de lapatinibe (1000 mg/dia) e trastuzumabe (2 mg/kg). O resultado final mostrou que as mulheres tratadas com lapatinibe em monoterapia apresentaram uma sobrevida média de 9,5 meses. Já as tratadas com a combinação, atingiram os 14 meses. Esses dados foram apresentados recentemente no San Antonio Breast Cancer Symposium, no Texas (EUA).

"O benefício clínico proporcionado pelo lapatinibe combinado ao trastuzumabe é muito convincente e me leva a acreditar que os agentes podem estar atuando em parceria para formar uma espécie de ‘bloqueio duplo’ para impedir o aumento do tumor HER2. É possível que, com o lapatinibe trabalhando no interior da célula e o trastuzumabe por fora da mesma, essa combinação seja capaz de fornecer um contra-ataque mais completo no combate a este tipo de tumor", disse a Dra. Kimberly Blackwell, coordenadora do estudo e pesquisadora da Duke University Medical Center.

Para o vice-presidente da Medicine Development da GSK Oncologia, Dr. Steven Stein, poucos estudos clínicos têm demonstrado um benefício de sobrevida no câncer de mama metastático: "É muito animador observar que há uma perspectiva de vida de mais de um ano para essa forma agressiva de câncer de mama a partir da combinação destes dois agentes.”

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