Caixa Econômica Federal tem lucro de R$ 777,5 milhões no primeiro trimestre

Brasília - A Caixa Econômica Federal (CEF) teve um lucro de R$ 777,574 milhões no primeiro trimestre de 2007. O resultado é 11,15% superior ao do primeiro trimestre de 2006. "Esse resultado reflete o crescimento na carteira de crédito e também na parte de prestação de serviço bancário", disse o vice-presidente de Controladoria, João Dornelles, ao destacar que o lucro foi recorde.

As contratações de crédito no primeiro trimestre atingiram R$ 12,3 bilhões, crescendo 19,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Desse total, R$ 6,2 bilhões foram destinados a pessoas físicas.

As operações que mais cresceram, segundo a Caixa, foram o cheque especial, com aumento de 26,2%, e o crédito consignado, com 34,3%. Dornelles avaliou como positiva também a performance do crédito habitacional, que fechou o primeiro trimestre em R$ 2,8 bilhões, financiando 95,5 mil moradias. No ano passado, os empréstimos habitacionais foram de R$ 2,6 bilhões no primeiro trimestre.

"Temos um orçamento em torno de R$ 17 bilhões. Estamos confiantes de conseguir realizar. As contratações acontecem mais devagar no inicio do ano e depois, a partir do segundo semestre, é que começa a aquecer efetivamente as contratações", comentou.

Além dos R$ 2,8 bilhões destinados à habitação, o orçamento da Caixa prevê R$ 6 bilhões para projetos de saneamento e mais R$ 1,1 bilhão para infra-estrutura urbana, previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Os números do primeiro trimestre nos mostram que temos toda a condição de realizar o orçamento previsto com a entrada do PAC", disse Dornelles.

Sobre as projeções de lucro para o fim do ano, ele comentou que será inferior em 12% à performance do ano passado. Mas, partindo dos dados do primeiro semestre, será superior ao R$ 1,8 bilhão projetado inicialmente, chegando bem próximo dos R$ 2 bilhões. Essa queda no lucro se dará como reflexo da diminuição na taxa básica de juros, a Selic, e da queda na taxa de juros nas operações de crédito.| Por: Edla Lula/ABr