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15/05/2007 - 10:12

Embraer tem lucro líquido de R$ 58,5 milhões no primeiro trismestre

Mas fica abaixo dos R$ 86,8 milhões no mesmo período em 2006.

São José dos Campos– A Embraer (BOVESPA: EMBR3, NYSE: ERJ), empresa líder na fabricação de jatos comerciais com até 120 assentos, apresentou no primeiro trimestre de 2007 (1T07) receita líquida de R$ 1.772,8 milhões e lucro líquido de R$ 58,5 milhões, correspondente a um lucro por ação de R$ 0,07908.

Devido aos problemas enfrentados com a cadeia de fornecimento da família Embraer 170/190, a Embraer entregou 25 aeronaves no 1T07, em comparação às 27 unidades entregues no mesmo período do ano passado.

Adicionalmente, ocorreu um aumento dos custos industriais em função de atrasos no fornecimento de peças, que provocaram o aumento dos ciclos de produção e das horas trabalhadas, incluindo aumento dos custos de mão-deobra relacionados à realização de horas-extras, para cumprir o cronograma de entregas.

Além disso, é importante ressaltar que, de forma a preparar a Empresa para o aumento de produção planejado para os próximos trimestres, foram contratados desde o início do ano cerca de 2.000 novos empregados, que se encontram em fase de treinamento e cujos custos são contabilizados como custos industriais, afetando assim a margem bruta da Empresa. Esses novos funcionários atuarão diretamente na produção, principalmente no 3º turno, cuja implementação será concluída no terceiro trimestre desse ano. O treinamento de um funcionário destinado à produção dura em média 90 dias, sempre sob a supervisão de um profissional qualificado, denominado “coach”.

As ações tomadas em relação à cadeia de suprimentos e aos processos industriais já estão mostrando resultados desde o início do segundo trimestre de 2007, com perspectivas de entregas crescentes nos próximos trimestres, permitindo que encerremos o ano atingindo a nossa meta de 165 a 170 aeronaves entregues. As ações junto à cadeia de suprimentos consistem na expansão da nossa base de empresas sub-contratadas, intensificando o gerenciamento dessas por parte da Embraer. Quanto aos processos industriais, a Embraer continua investindo no aumento da sua capacidade instalada, com o recebimento de ferramental de grande porte para a produção e asas e partes da fuselagem, bem como do aumento do número de docas destinadas à montagem final das aeronaves da família Embraer 170/190.

No 1T07 a Embraer registrou 11 novos pedidos firmes de E-Jets para o segmento de Aviação Comercial, incluindo o exercício de opções. Dois novos clientes europeus, a suíça M1 Travel Ltd. sediada em Genebra, e a italiana Alpi Eagles, sediada em Thiene (esta já incluída no backlog da Empresa como “cliente não divulgado”), passaram a integrar a base de clientes da Empresa, confirmando o crescente interesse pelos nossos produtos na Europa. De igual forma, o exercício de opções de três Embraer 170 e três Embraer 190 por parte da australiana Virgin Blue, confirma a aceitação dos E-jets também na região da Ásia e Pacífico.

As vendas de jatos executivos também mostraram bom desempenho no trimestre para todos os modelos oferecidos pela Empresa, com a família Phenom se aproximando de 400 encomendas firmes. Desta forma, a carteira de pedidos firmes da Embraer atingiu no encerramento do trimestre, o nível recorde de US$ 15,0 bilhões.

A receita líquida do trimestre apresentou pequena oscilação positiva de 0,2%, quando comparadas aos R$ 1.768,9 milhões do primeiro trimestre de 2006 (1T06), tendo sido beneficiada pelo “mix” de produtos, apesar do menor número de aeronaves entregues e da valorização de 4,0% na cotação média do Real frente ao Dólar.

Já a margem bruta de 22,3% registrada no trimestre apresentou queda em relação aos 24,8% apresentados em igual período de 2006, refletindo ajustes pontuais em lançamentos nos nossos estoques, e a contratação de funcionários como parte das ações tomadas pela Empresa para estruturar os processos produtivos.

No 1T07 as despesas operacionais incluindo a participação dos empregados nos lucros e resultados (PLR) somaram R$ 373,7 milhões, com crescimento de 12,7% em relação aos R$ 331,4 milhões apurados em igual período do ano anterior. Assim, em função da diminuição da margem bruta, conseqüência do menor lucro bruto e do aumento das despesas operacionais, a geração de caixa medida pelo EBITDA atingiu R$ 91,4 milhões no trimestre, inferior aos R$ 179,0 milhões do 1T06. Da mesma forma a margem EBITDA, isto é, a razão entre o EBITDA e a receita líquida, foi de 5,2%, inferior à margem de 10,1% apurada em igual período do ano anterior. O resultado líquido do 1T07 foi R$ 58,5 milhões, com margem líquida de 3,3%, abaixo dos R$ 86,8 milhões apurados no 1T06 e que representaram uma margem líquida de 4,9%.

Destaques do 1º trimestre: • Em fevereiro de 2007 foi concluída uma oferta secundária de ações da Embraer no mercado nacional e internacional pelos acionistas BNDES Participações S.A. - Bndespar, Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil - PREVI, Fundação SISTEL de Securidade Social, European Aeronautic Defence and Space Company EADS France e Dassault Aviation S.A., no total de 83.839.376 milhões de ações ordinárias e, equivalente a R$ 1.789.970.677,60;

• A Embraer e a M1 Travel Ltd assinaram em fevereiro um contrato para aquisição de cinco jatos Embraer 190, com opção para mais cinco aeronaves do mesmo modelo ou do Embraer 195. A M1 arrendará à Flybaboo as três primeiras unidades do Embraer 190, com início das entregas previsto para 2008;

• No início do mês de março, a Embraer anunciou importantes alterações na sua estrutura organizacional para o Mercado de Aviação Comercial com o objetivo de realçar a capacidade da Empresa de atender à crescente demanda global;

• A Embraer iniciou no mês de março as entregas dos primeiros jatos Embraer 175 à operadora norteamericana Republic Airlines, que marcaram a estréia desse modelo no mercado doméstico daquele país. As aeronaves serão operadas pela empresa com a marca US Airways Express;

• Ainda em março, a Embraer anunciou um contrato com a Alpi Eagles para a entrega de cinco jatos Embraer 195, além de opções para mais cinco aeronaves e direitos de compra para outras seis unidades do modelo. Esta encomenda já estava incluída na carteira de pedidos da Embraer, como “Cliente não Divulgado”;

• A australiana Virgin Blue confirmou no final do mês de março a confirmação de três opções de Embraer 170 e outras três de Embraer 190, elevando o seu total de pedidos para 20 E-Jets.

O EBITDA, de acordo com o Ofício Circular CVM No.1/2005, representa o lucro líquido adicionado às receitas (despesas) não operacionais, participações minoritárias e equivalência patrimonial.

Entregas, Receita Líquida e Margem Bruta - No 1T07 foram entregues 25 jatos, 7,4% a menos que as 27 unidades entregues em igual período de 2006. O faturamento líquido registrado no 1T07 foi de R$ 1.772,8 milhões, 0,2% acima dos R$ 1.768,9 milhões apurados no 1T06, favorecido por um “mix” de produtos entregues de valor unitário mais elevado, mesmo levando-se em consideração o menor número de aeronaves entregues e a valorização da cotação média do Real em relação à cotação média do Dólar, que foi de 4,0% no período.

Entregas identificadas em parênteses representam leasing operacional. A receita líquida do segmento de Aviação Comercial representou 65,3% do total das receitas da Embraer no 1T07, enquanto os outros segmentos da Empresa representaram 34,7% da receita total, comparados a uma participação de 37,2% em igual período de 2006.

4º Trimestre 1º Trimestre Revisado - A receita do segmento de Defesa e Governo apresentou redução na sua participação sobre o total das receitas da Embraer no 1T07, totalizando R$ 79,6 milhões, comparado aos R$ 170,5 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. A variação apresentada é conseqüência do andamento dos contratos em carteira, uma vez que o reconhecimento de receita relativa ao mercado de Defesa e Governo se dá, na maioria dos contratos, em função da etapa em que os mesmos se encontram e não no momento da entrega da aeronave, salvo em casos como a entrega de aeronaves para companhias aéreas estatais e de transporte de autoridades.

Com a entrega de cinco jatos Legacy 600 no 1T07, um a mais que no mesmo período de 2006, a receita do segmento de Aviação Executiva atingiu R$ 251,9 milhões, representando crescimento de 34,6% em relação a receita R$ 187,0 milhões apurados no 1T06. Adicionalmente, o segmento apresentou um aumento na participação da receita total da Empresa de 10,6% no 1T06 para 14,2% no 1T07.

O segmento de Serviços aos Clientes e Outros registrou faturamento de R$ 283,7 milhões no 1T07, menor que a receita registrada no mesmo período de 2006, de R$ 301,3 milhões, tendo reduzido sua participação no total da receita da Empresa de 17,0% no 1T06 para 16,0% no 1T07.

A margem bruta de vendas no trimestre atingiu 22,3%, menor que os 24,8% obtidos em igual período do ano anterior, devido em parte, a um ajuste pontual de R$ 26,4 milhões no estoque de produtos em processamento, dentro da conta do Custo dos Produtos Vendidos (CPV), representando um impacto negativo de 1,5% na margem bruta. O atraso no fornecimento de peças para a produção das aeronaves da família Embraer 170/190 e a estruturação do processo de produção das asas, provocaram o aumento dos ciclos de produção e das horas de produção utilizadas, incluindo aumento dos custos de mão-de-obra relacionados à realização de horas-extras, visando cumprir o cronograma de entregas, conseqüentemente afetando os custos industrias da Empresa.

Vale ainda ressaltar que, de forma a preparar a Empresa para o aumento planejado da cadência de produção para os próximos trimestres, foram contratados desde o início do ano, cerca de 2.000 novos empregados destinados à linha de produção, e que se encontram em fase de treinamento e cujos custos são contabilizados como custos industriais, afetando assim a margem bruta da Empresa. Esses novos funcionários atuarão diretamente na produção, principalmente no 3º turno que terá a conclusão da sua implementação no terceiro trimestre desse ano.

Desta forma, os custos relacionados à mão de obra de produção da Empresa representaram 15,9% do total do CPV no 1T07, enquanto que no primeiro trimestre do ano anterior os mesmos totalizavam 13,5%. Sendo assim, este aumento representou uma diminuição na margem bruta da Empresa de 1,9% no trimestre.

Adicionalmente, a margem bruta foi negativamente afetada pela diferença entre o Dólar médio utilizado na composição dos estoques, em sua maioria produtos importados, e a taxa média da moeda registrada no faturamento dos produtos acabados.

Despesas Operacionais, Lucro Operacional e EBITDA - No 1T07 as despesas operacionais incluindo a participação dos empregados nos lucros e resultados (PLR) somaram R$ 373,7 milhões, crescimento de 12,7% em relação aos R$331,4 milhões do 1T06. O aumento das despesas operacionais deve-se principalmente ao aumento das despesas comerciais verificadas no trimestre, que atingiram R$ 241,3 milhões, em comparação aos R$ 169,5 milhões registrados em igual período de 2006. Esse aumento reflete os esforços direcionados à introdução do EMBRAER 190 em serviço, bem como a expansão da equipe de vendas, concentrada nos novos produtos da área de Aviação Executiva. Ainda, no 1T06 foi realizada uma reversão de provisões no valor total de R$ 26,3 milhões.

O aumento das despesas operacionais foi parcialmente compensado pela diminuição das despesas administrativas que no 1T07 totalizaram R$ 95,0 milhões, representando uma diminuição de 14,9% em relação ao mesmo período de 2006.

Essa diminuição deve-se a menores despesas relacionadas à implantação do sistema SAP versão 4.7, que permitiu à Empresa obter a certificação seção #404 da lei Sarbanes Oxley em abril de 2007. A conta “Outras (despesas) receitas operacionais líquidas” apresentou no 1T07 despesa de R$ 26,6 milhões, comparada a uma despesa de R$ 51,0 milhões no 1T06, em função de R$ 25,0 milhões em provisões constituídas pela OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal naquele período.

Desta forma, o lucro operacional da Embraer antes das receitas e despesas financeiras foi de R$ 21,5 milhões no 1T07, ante R$ 107,9 milhões apurados no 1T06. A margem operacional atingiu 1,2% no 1T07, abaixo dos 6,1% apurados no 1T06, principalmente devido ao menor número de aeronaves entregues, juntamente com o crescimento das despesas por conta de produtos cuja receita ainda não é contabilizada. Assim, em função da diminuição da margem bruta, conseqüentemente gerando um menor lucro bruto, e do aumento das despesas operacionais, a geração de caixa medida pelo EBITDA atingiu R$ 91,4 milhões no trimestre, inferior aos R$ 179,0 milhões do 1T06. Da mesma forma, a margem EBITDA, isto é, a razão entre o EBITDA e a receita líquida, foi de 5,2%, inferior à margem de 10,1% apurada em igual período do ano anterior.

A variação do Lucro Líquido - No trimestre, as despesas financeiras totalizaram R$ 84,7 milhões, enquanto as receitas atingiram R$ 134,4 milhões, totalizando no período, uma receita financeira líquida de R$ 49,6 milhões, menor que os R$ 73,7 milhões apurados no 1T06. A menor receita financeira liquida apurada no período, reflete principalmente a diminuição do saldo de caixa líquido.

A Embraer registrou no 1T07 uma receita com variações monetárias e cambiais de R$ 28,5 milhões, ante uma despesa de R$ 17,1 milhões apresentada em igual período do ano passado. Tal oscilação é explicada pelo impacto de variações cambiais sobre ativos e passivos denominados em outras moedas.

A despesa de imposto de renda e contribuição social foi de R$ 41,3 milhões no 1T07, comparada com uma despesa de R$ 83,2 milhões no 1T06. A taxa efetiva de imposto apurada no 1T07 foi de 41,3% comparada à taxa de 48,4% no 1T06. A diferença entre taxa efetiva de imposto de renda apresentada e a alíquota oficial de 34,0%, resulta da adição da despesa de variação cambial sobre investimentos no exterior.

Assim, o lucro líquido apresentado pela Embraer no 1T07 foi de R$ 58,5 milhões, com margem líquida de 3,3%, menor que o resultado do mesmo trimestre do ano anterior quando o lucro líquido atingiu R$ 86,8 milhões e a margem líquida 4,9%.

Gestão Financeira - Em 31 de março de 2007 a posição de caixa da Embraer, incluindo aplicações financeiras e títulos e valores mobiliários, totalizava R$ 2.954,5 milhões. Na mesma data, o endividamento total era de R$ 2.522,2 milhões. Assim, no final do 1T07, a Empresa apresentava uma posição de caixa líquido de R$ 432,3 milhões.

Contas a Receber e Estoques - A combinação de contas a receber e financiamento a clientes apresentou redução de R$ 68,9 milhões, ou 6,3% em relação ao trimestre anterior, passando de R$ 1.093,2 milhões no 4T06, para R$ 1.024,3 milhões no 1T07, dada a recuperação do mercado de financiamento de aeronaves civis reduzindo a necessidade da participação da Empresa em estruturas temporárias de financiamento de vendas. Os estoques apresentaram crescimento de R$ 467,2 milhões na comparação entre o 1T07 e o 4T06, totalizando R$ 5.150,2 milhões em 31 de março de 2007. Esse crescimento decorre do representativo número de aeronaves em fase final de produção, bem como dos estoques necessários para se fazer frente ao aumento da cadência de produção.

Endividamento - No 1T07, o endividamento da Embraer diminuiu R$ 374,5 milhões, encerrando o período em R$ 2.522,2 milhões. O endividamento de curto prazo representou 36,3% do total das linhas de crédito da Empresa no 1T07 enquanto no 4T06 correspondia a 37,2%. No 1T07, 20,8% do endividamento total estava denominado em reais, a um custo médio ponderado de 7,07% ao ano, enquanto os restantes 79,2% estavam denominados em moedas estrangeiras, basicamente em dólares, estando sujeitos a juros médios ponderados de Libor + 1,69% ao ano, acrescidos da variação cambial. O prazo médio do endividamento da Embraer é de 4,9 anos.

Caixa - Do total do caixa no 1T07, que inclui aplicações financeiras de curto prazo e títulos e valores mobiliários, totalizando R$ 2.954,5 milhões, 51,8% são aplicações denominadas em Reais e os restantes 48,2% em moeda estrangeira, principalmente em Dólar. A estratégia de investimento do caixa da Embraer está baseada no equilíbrio entre ativos e passivos quanto à exposição cambial e na perspectiva dos investimentos futuros que são em sua maioria realizados em Reais.

A posição total de caixa da Embraer, que inclui aplicações financeiras de curto prazo e títulos e valores mobiliários, caiu R$ 819,5 milhões no 1T07 em função da liquidação de certas linhas de crédito e da maior demanda de capital de giro, principalmente por conta do crescimento dos estoques.

Investimentos em P&D e produtividade - Pesquisa e Desenvolvimento (P&D): No 1T07 foram investidos R$ 117,0 milhões no desenvolvimento de novos projetos e acompanhamento de programas. A Embraer busca constantemente o aperfeiçoamento de seus produtos para a geração de valor aos operadores e usuários das suas aeronaves, fonte de geração dos seus resultados e criação de valor aos seus acionistas.

Produtividade e Capacitação Industrial - Os investimentos realizados em capacitação industrial da Empresa, incluindo melhorias e modernização dos processos industriais e de engenharia, máquinas e equipamentos totalizaram R$ 52,3 milhões no 1T07, com investimentos direcionados ao aumento da cadência de produção das aeronaves da família Embraer 170/190, bem como os investimentos na produção dos jatos executivos Phenom.

Informações complementares em US GAAP - A Embraer, nessa mesma data, também divulgou os resultados do 1T07 de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos. O lucro operacional no 1T07 foi de US$ 4,6 milhões, com uma margem operacional de 0,5%. No 1T07, o lucro antes dos impostos totalizou US$ 19,8 milhões, representando 2,3% da receita líquida. O imposto de renda e a contribuição social totalizaram receita de US$ 5,2 milhões no 1T07, representando uma taxa efetiva de imposto de 26,3% nesse período. O lucro líquido no 1T07 foi US$ 26,2 milhões, com uma margem líquida de 3,1%.

Mercados de Aviação Comercial, Executiva, e de Defesa e Governo:Mercado de Aviação Comercial - Nos primeiros três meses de 2007 a Embraer registrou 11 novos pedidos firmes de E-Jets para o segmento de Aviação Comercial, incluindo o exercício de opções. Dois novos clientes europeus, passaram a integrar a base de clientes da empresa, confirmando o crescente interesse pelos nossos produtos naquela região.

Em fevereiro a Embraer e a M1 assinaram contrato para aquisição de cinco E-Jets do modelo Embraer 190, com opção de mais cinco aeronaves do mesmo modelo ou do Embraer 195, com maior capacidade, dependendo das necessidades de mercado. A M1 Travel Ltd. é subsidiária do M1,Group, um dos maiores acionistas da Flybaboo SA, sediada em Genebra, Suíça. A M1 arrendará à Flybaboo as três primeiras unidades do Embraer 190, com início das entregas previsto para 2008. O valor total da compra, caso todas as opções sejam exercidas, poderá atingir US$ 335 milhões, referenciados a preço de tabela. Já em março, a Embraer fechou contrato com a Alpi Eagles para a entrega de cinco jatos Embraer 195, como parte do plano de expansão da empresa aérea italiana na Europa, que também possui opções para mais cinco aeronaves e direitos de compra para outras seis unidades do modelo.

O valor do contrato, caso todas as opções e direitos de compra sejam exercidos, totalizará US$ 584 milhões, a preço de tabela. Esta encomenda já estava incluída na carteira de pedidos da Embraer, como “cliente não divulgado”. O Embraer 195 servirá novas rotas da malha intra-européia da empresa, configurado em classe única com 122 assentos. A companhia é a lançadora mundial da versão de alta densidade do Embraer 195.

Ainda em Março, a Embraer entregou os primeiros jatos Embraer 175 à operadora norte-americana Republic Airlines. Os E-Jets marcam a estréia desse modelo no mercado doméstico daquele país. A Republic Airlines possui 30 pedidos firmes para o Embraer 175 e as aeronaves serão operadas pela empresa com a marca US Airways Express. O novo Embraer 175, configurado com 86 assentos em classe única, é o segundo modelo dos E-Jets a voar nas cores da US Airways Express. Em 2004, A US Airways Express foi o cliente-lançador, nos Estados Unidos, do Embraer 170.

Mercado de Aviação Executiva - As vendas de jatos executivos mostraram bom desempenho no trimestre para todos os modelos oferecidos pela Empresa. Em 31 de março de 2007, as ordens firmes dos jatos Phenom 100 e Phenom 300 se aproximavam das 400 unidades vendidas. A cadência de produção dos jatos Phenom deverá atingir entre 120 e 150 unidades ao ano a partir de 2009, segundo ano após entrada em produção. Os programas Phenom 100 e Phenom 300 progridem conforme previsto. O protótipo do jato executivo Phenom 100 está sendo montado na Unidade Botucatu, onde a montagem das principais secções da fuselagem e estruturas já foi completada com sucesso. Os resultados demonstram a plena conformidade dos componentes manufaturados com os desenhos virtuais do produto gerados pelo sistema CATIA V5. Em março iniciou-se a montagem final do protótipo do Phenom 100, na principal unidade produtiva da Empresa, em São José dos Campos. O primeiro vôo do Phenom 100 está programado para meados de 2007, enquanto que sua certificação e entrada em operação deverão ocorrer em meados de 2008.

Outros avanços no programa do Phenom 100 incluem testes na bancada de integração dos sistemas aviônicos da cabine de comando Prodigy®, que já está em funcionamento. O gabinete com instrumentação de ensaio em vôo foi montado e os testes de integração estão em andamento. O gabinete será instalado no protótipo do Phenom 100 para a primeira campanha de testes. A Embraer investiu em novas tecnologias de apoio à produção, incluindo máquinas de rebitagem automática; produção de compostos, como no caso da caverna de pressão dos jatos Phenom; e construção de novas instalações para a produção, montagem final, pintura e acabamento interior de ambas as aeronaves.

Os primeiros dois motores qualificados para vôo chegaram na Embraer em março, para instalação no protótipo do Phenom 100. A homologação do PW617F está prevista para o quarto trimestre de 2007. O programa do Phenom 300 também avança firmemente e já completou seu programa de ensaios em túnel aerodinâmico, utilizando modelo em escala real, no Central Aerohydrodynamic Institute (TsAGI), na Rússia. Os resultados dos ensaios fazem com que a Embraer tenha plena confiança de que as estimativas de alcance, velocidade máxima e desempenho de pista do Phenom 300 serão plenamente alcançadas. Outros ensaios em túnel serão realizados com um modelo parcial da asa, visando melhor detalhamento do controle do aileron. Esses ensaios serão realizados nas instalações do Comando Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), no Brasil.

Mercado de Defesa e Governo -= Em fevereiro a Embraer participou da IDEX 2007, 8ª Exposição e Conferência Internacional de Defesa, que aconteceu no International Exhibition Centre, em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos. Como nenhuma outra região do mundo, o Oriente Médio exibe elevada concentração de recursos naturais estratégicos, bem como extensas fronteiras marítimas e territoriais,o que torna a preocupação com a auto-defesa uma das principais prioridades entre os países da região.

Assim, a Embraer desenvolveu uma gama de produtos de defesa que tem demonstrado performance operacional, confiabilidade e prontidão para diferentes missões.

A Embraer confirmou que vem realizando estudos para o possível desenvolvimento de uma aeronave de transporte militar. Caso seja efetivamente lançado, o Embraer C-390, como tem sido chamado, será o avião mais pesado já produzido pela Empresa e terá capacidade para transportar até 19 toneladas (41.888 libras) de carga. O novo projeto incorporará várias soluções tecnológicas desenvolvidas para o jato comercial Embraer 190.

Apresentado como jato de transporte militar de médio porte, o Embraer C-390 possuirá ampla cabine, equipada com rampa traseira para transportar os mais variados tipos de carga, incluindo veículos blindados sobre rodas, e dotada dos mais modernos sistemas de embarque e desembarque.

Pedidos em carteira e previsão de entregas - A Embraer entregou 25 aeronaves no primeiro trimestre de 2007, duas a menos que o primeiro trimestre de 2006. Confiante nos resultados que serão obtidos com as ações tomadas em relação à cadeia de suprimentos e aos processos industriais adotados para a fabricação das asas, a Embraer mantém a projeção de entregar em 2007 de 165 a 170 aeronaves, sendo 40% desse total na primeira metade do ano.

A carteira total de pedidos firmes da Embraer encerrou o primeiro trimestre de 2007 totalizando o valor recorde de US$ 15,0 bilhões.

Em fevereiro de 2007 foi concluída uma oferta secundária de ações da Embraer no mercado nacional e internacional pelos acionistas BNDES Participações S.A. - BNDESPAR, Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – PREVI, Fundação SISTEL de Securidade Social, European Aeronautic Defence and Space Company EADS France e Dassault Aviation S.A., no total de 83.839.376 ações ordinárias e, equivalente a R$ 1.789.970.677,60.

Desse total, 12.575.904 ações foram vendidas no mercado brasileiro ao preço unitário de R$ 21,35 e no mercado internacional foram lançadas 71.263.472 milhões de ações, representadas por 17.815.868 ADS (American Depositary Shares), cada ADS representa 4 ações ordinárias, ao preço unitário de US$ 41,00 por ADS. Após a Oferta Secundária de ações, o capital social da Embraer passou a ser negociado na proporção de 45,8% das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo e 54,2% negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

No mercado doméstico as ações ordinárias da Embraer negociadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) encerraram o primeiro trimestre de 2007 cotadas a R$ 23,49, com valorização de 6,5% em relação ao fechamento de R$ 22,05 no dia 28 de dezembro de 2006. Por sua vez o índice Bovespa valorizou-se 3,0% no mesmo período de apuração.

Já as ADS (American Depositary Shares) da Empresa, representadas por quatro ações ordinárias e negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), atingiram a cotação de US$ 45,86 no dia 30 de março de 2007, apresentando valorização de 10,7% em relação ao fechamento de US$ 41,43 de 29 de dezembro de 2006.

Embraer inicia negociações com a Lufthansa - A Embraer anunciou em 17 de abril que estabeleceu um acordo preliminar com a Deutsche Lufthansa AG para fornecimento de 30 jatos Embraer 190, com entregas a começar em 2009. Uma vez confirmado, o contrato entre as empresas substituirá o acordo atual entre a Embraer e a Swiss International Air Lines para 15 jatos Embraer170 e 15 do Embraer 195, e, isso não altera de forma substancial a atual carteira de pedidos firmes da Embraer.

Embraer elege novo diretor-presidente encerrando processo de sucessão conduzido de forma harmônica e planejada, o Conselho de Administração da Embraer, reunido no dia 23 de abril, elegeu Frederico Fleury Curado como seu novo diretor-presidente. Maurício Botelho permanecerá como presidente do Conselho de Administração da Embraer. A reunião do Conselho de Administração foi precedida pela Assembléia Geral Ordinária (AGO) de 2007 e por uma Assembléia Geral Extraordinária (AGE), que contaram com quorum representativo de mais de 75% do capital social da Empresa.

Jato embraer 190 obtém Certificação ETOPS 75 minutos - A Embraer anunciou no dia 3 de maio que o Embraer 190 recebeu sua primeira certificação ETOPS (Extended-range Twin-engine Operations, ou “alcance estendido para operações bimotor”) da Federal Aviation Administration (FAA), dos Estados Unidos. A aeronave obteve o mesmo certificado da Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC), autoridade aeronáutica do Brasil, duas semanas antes. Com isso, o Embraer190 está autorizado a voar em rotas distantes até 75 minutos do aeroporto mais próximo. A certificação ETOPS 75 minutos permite ao Embraer 90 voar rotas de longa distância sobre mares e desertos e aumenta a capacidade de operação da aeronave, especialmente em regiões como o sudeste asiático e a Austrália.

A Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. - NYSE: ERJ; Bovespa: EMBR3) é uma Empresa líder na fabricação de jatos comerciais de até 120 assentos e uma das maiores exportadoras brasileiras. Com sede em São José dos Campos, no Estado de São Paulo, a Empresa mantém escritórios, instalações industriais oficinas de serviços ao cliente no Brasil, Estados Unidos, França, Portugal, China e Cingapura. Fundada em 1969, a Embraer projeta, desenvolve, fabrica e vende aeronaves para os segmentos de Aviação Comercial, Aviação Executiva, e Defesa e Governo. A Empresa também fornece suporte e serviços de pós-vendas a clientes em todo o mundo. Em 31 de março de 2007, contava com 21.005 empregados e sua carteira de pedidos firmes totalizava US$ 15,0 bilhões.

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