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31/12/2009 - 06:50

Drogas: uma prova viva de libertação

Estive no último domingo (27/12), juntamente com uma equipe de agentes da secretaria de justiça - SEJUS, ministrando uma palestra acerca das drogas e suas conseqüências, para jovens que se encontram internados em um sítio, no município de Cariacica/ES, para reabilitação em dependência química.

Sabe-se que para ingressar neste mundo nefasto e cruel é muito fácil, mas quando se quer sair, a coisa toma uma proporção de maior gravidade. Mesmo porque, os traficantes, que sustentam seu status e lucratividade desta ação criminosa, não querem perder sua maior clientela – os jovens. Por isso, as estatísticas registram mortes de adolescentes na faixa etária entre 14 e 24 anos, estando diretamente ligadas ao uso ou ao trafico de entorpecentes.

Nesse sentido, passa-se a relatar de forma resumida, experiência vivida por um jovem que ingressou ainda criança nas drogas e, pela misericórdia do Senhor, hoje aos 45 anos, encontra-se liberto e testemunhando sobre sua libertação. Por questão ética e de privacidade, omiti-se o seu nome, substituindo-o por outro codinome.

“Naldo começou a usar drogas aos 11 anos de idade, consumindo primeiramente o fristo, uma mistura de cigarro ou maconha com a pedra de crack. Dos 12 aos 17 anos, passou a fumar crack na latinha de alumínio. Entrou no universo da criminalidade, começando com pequenos roubos, traficar e praticar outros delitos para sustentar o vício. Passou a sair de casa tarde da noite e fumar a maldita droga até o dia amanhecer. Logo pela manhã, voltava a cometer delitos para comprar a “danadinha”. Sua mãe ficou louca, tendo que mudar seis vezes de bairro para não ser morto. Morou em Vitória, Viana, Colatina, Piúma, Rio de Janeiro, depois retornou a Vitória. Ficou internado em clinica de recuperação, mas quando saia, começava o tormento novamente.

Muitas pessoas queriam ajudá-lo a sair do vício, tentaram de todas as formas tirá-lo desta situação constrangedora, mas todas as tentativas foram inúteis, pois ele não queria mudar de vida. Mudou de residência para lugares diferentes em um curto período de tempo, mas as suas atitudes eram sempre as mesmas, ou seja, acabava de se instalar no local, e ia atrás das bocas para comprar droga. Não adiantava mudar de lugar, acorrentar ou prendê-lo dentro de casa, se não houvesse uma mudança de atitude.

Infelizmente, muitas pessoas despertam para o problema causado pelas drogas, quando já estão no fundo do poço. E com Naldo não foi diferente. Um dia parou e pensou: para mim não tem mais jeito, chegou o meu fim, vou morrer e ir direto para o inferno. Nesse instante, agiu igualmente a muitas pessoas que se dizem ateu, mas quando a coisa fica estreita, clamam para Jesus socorrê-los.

Assim aconteceu com ele, clamou para Jesus salvá-lo e viu uma luz no fim do túnel, e as mãos de Deus tirando-o do charco de lodo em que vivia. Desde então, resolveu afastar de sua vida, a maconha, a cocaína, o crack, os “amigos”, a arma de fogo etc. Fez um pacto da seguinte forma: vou experimentar esse Jesus Cristo, pois o disseram que Ele recebe a pessoa do jeito que está. E se esse tal de Jesus não for bom, eu meto o pé nele e volto às drogas.

Segundo Naldo, ele teve um encontro com Deus e hoje é totalmente viciado em Jesus Cristo. Após passar por situações terríveis e quase levar sua vida ao abismo profundo, conseguiu vencer o mal, e prossegue dando testemunho para encorajar as pessoas que passam pela mesma amargura que viveu.

Em um depoimento do ator Felipe Camargo, acerca da dependência às drogas, disse: “Eu posso, mas não posso sozinho”. Vê-se, com este e vários outros depoimentos, ser possível sair do mundo das drogas, mas que sozinho se torna muito complicado, necessitando de toda ajuda da família, dos amigos, do poder público e, em especial, do apego verdadeiro a Fé e no Poder invisível e sobrenatural, escudado na pessoa de Jesus Cristo.

. Por: Eduardo Veronese da Silva, Licenciatura em Educação Física – UFES, Bacharel em Direito – FABAVI/ES.Instrutor do Programa Educacional de Resistência às Drogas – PROERD. Subtenente da PMES.Contato: (27) 9863-9443 | Email: [email protected]

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