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05/01/2010 - 08:19

Setor de equipamentos médicos deve superar a marca de 100 mil empregos em 2010

O Brasil sofreu em 2009, mas resistiu à crise que começou nos Estados Unidos e contaminou a economia mundial. O fator mais positivo foi que, apesar do cenário financeiro preocupante, o setor de equipamentos e produtos médicos apresentou uma relevante alta na geração de empregos formais, que provavelmente deve superar a barreira dos 100 mil até 2010.

As estimativas até setembro de 2009 mostram que o setor emprega 99,8 mil pessoas diretamente o que representa um aumento de quase 5% em relação ao número de postos de trabalho em 2008. Esse aumento dos postos de trabalho esta associado ao aumento de vendas no comércio, que nos últimos 12 meses cresceu aproximadamente 13%.

Outro fator que colaborou para o crescimento do setor foi à valorização cambial do real frente às moedas estrangeiras. De Janeiro a Setembro de 2009 houve uma valorização de mais de 20% da nossa moeda em relação à moeda norte-americana. Essa valorização cambial favoreceu a incorporação tecnológica de novos equipamentos e a instalação no país dos mais avançados sistemas de diagnóstico e tratamento de saúde.

Essa incorporação poderia ser ainda maior se as empresas fornecedoras não sofressem com a demora nos processos de registros de novos equipamentos nas diversas áreas como diagnóstico por imagem, audiologia, neurologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, cardiologia, gastrologia, laboratórios, nefrologia, urologia, ortopedia, traumatologia, oncologia e instrumentais cirúrgicos. A demanda é crescente.

O crescimento do consumo de equipamentos médicos também foi muito mais influenciado pela demanda reprimida do que qualquer efeito da crise econômica mundial. Diferentemente de outros setores, onde existe até ociosidade na produção, no setor da saúde o que ainda existe são filas para o atendimento em função da falta de infraestrutura e equipamentos disponíveis para a população.

Outra grande frente que o setor de equipamentos médicos avançou neste ano foi a do combate à pirataria. Associações do setor de saúde firmaram um termo de cooperação técnica de combate à pirataria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O objetivo da parceira é a promoção de ações e atividades voltadas para o combate da falsificação e fraude de produtos de saúde e medicamentos submetidos à vigilância sanitária. O documento foi assinado no último dia 10 de novembro, em Brasília.

O prognóstico para 2010 é bastante promissor, porém também bastante desafiador. Aparentemente o país sai mais rápido e mais fortalecido da crise econômica mundial, o que traz uma perspectiva ainda melhor com relação ao consumo de equipamentos médicos. Porém, novas discussões sobre protecionismos de mercado podem retroceder todos os avanços tecnológicos obtidos até agora.

. Por: Reynaldo Goto, diretor da Associação Brasileira de Importadores de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed)

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