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05/01/2010 - 08:20

Bovespa: o que nos espera em 2010?

Há cerca de 10.000 anos A.C, o mundo foi atingido por uma grave crise econômica devido à caça indiscriminada, o que levou à escassez de bisões e mamutes. Além disso, um levíssimo aquecimento global à época também contribuiu para a diminuição do número desses animais, obrigando nossos antepassados a imprimir na economia uma nova alternativa de sobrevivência e produção: a agricultura.

Já no século XXI testemunhamos uma crise econômica e financeira sem precedentes em decorrência da farra do crédito imobiliário nos Estados Unidos que, se não fosse pela ação global dos principais governos, teria levado o sistema financeiro mundial à falência. A solução encontrada nos dias de hoje foi a injeção de bilhões nas companhias consideradas essenciais para a engrenagem econômica, além de pacotes de estímulos econômicos para reaquecer as economias.

O mercado financeiro global se movimenta, quase sempre, ao sabor dos indicadores econômicos, especialmente das principais economias. Sob essa ótica, a perspectiva para 2010 se torna extremamente positiva, já que é ponto de convergência entre analistas que os Estados Unidos, a China e a Zona do Euro irão exibir dados relevantes de recuperação econômica ao longo do corrente ano – algo inclusive que vem ganhando robustez desde o ano passado.

Importante salientar, entretanto, que o humor dos investidores nem sempre segue uma linha lógica e, dessa forma, pode ocorrer movimentos inesperados mesmo em um contexto de notícias positivas. Isso porque os mercados precificam o futuro – mesmo sem ter certeza do que acontecerá nele. A última sessão da Dow Jones Industrial Average em 2009 deixa bem clara essa tendência: mesmo com dados positivos relativos ao número de auxílios desempregos, os investidores realizaram substancialmente com o temor que a melhora da economia americana antecipe a retirada dos estímulos econômicos governamentais.

No âmbito da bolsa paulista, não tardará para que o mercado brasileiro comece a precificar as eleições desse ano, de acordo com as alianças e os resultados de intenções de voto que serão divulgados. O possível ‘dano eleitoral’ em decorrência da elevação da taxa básica de juros oferece boas chances de manutenção da SELIC ao menos até o fim de 2010. Ano eleitoral é período de fortes injeções de dinheiro para realização de obras e também momento de alardear lucros estratosféricos de estatais.

Importante destacar a fragilidade dos papéis do setor financeiro brasileiro em dezembro em decorrência do mau humor do mercado americano quanto à devolução pelo Citi Bank da ajuda bilionária cedida pelo governo americano e à mudança do CEO do Bank of America. Os papéis preferenciais da Petrobrás bem distantes do topo formado em 40 reais surgem como boa oportunidade em um ano eleitoral, mas ao mesmo tempo exigindo cuidados devido à possibilidade de nova emissão acionária ainda no primeiro semestre de 2010.

Por fim, destaco as oportunidades existentes em algumas small caps – a exemplo das ações dos Hotéis Othon – que em um contexto extremamente positivo de Copa do Mundo e Olimpíadas pode proporcionar no longo prazo lucros exorbitantes, além de prever, avaliando os eventos que ocorrerão em 2010 e os movimentos inerentes aos mercados, o Ibovespa em 87 mil pontos ao final do ano, movido especialmente pelos papéis de bancos, Petrobras, Vale do Rio Doce e Gerdau.

. Por: Artur Salles Lisboa de Oliveira, investidor autônomo.

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