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08/01/2010 - 08:55

Em ano de crise o que as empresas fizeram para atingir objetivos e metas?

Confira dicas sobre as estratégias que algumas organizações adotaram em 2009 para atravessar o momento de turbulência financeira gerado pela crise. Algumas, com a implementação de novas práticas, superaram o volume de negócios dos anos anteriores.

Ao fechar o balanço do ano de 2009, muitos empresários capixabas perceberam que conseguiram driblar os efeitos da tensão econômica vivenciada desde o fim do ano passado até meados de 2009. Mesmo com o momento turbulento na economia mundial, eles encararam a crise como um processo de seleção corporativa, enfrentando o período com otimismo, controle administrativo e ousadia.

Mesmo atuando em uma área em que a crise ameaçava alcançar consideravelmente, a Psicoespaço Gestão de Pessoas, por exemplo, que trabalha com recrutamento e seleção, passou pelo período sem muitos problemas, porque focou nas pequenas e médias empresas, as menos impactadas pela crise. A gerente comercial da consultoria, Carine Cardoso, atribui isso ao fato de as organizações menores estarem investindo na profissionalização dos seus processos seletivos e em treinamentos.

Ela explica que o momento também precisou de muita cautela e análise. “A crise necessitou de relacionamento com o cliente, constante capacitação dos funcionários e criatividade. Aprendemos que uma gestão financeira profissional é sempre bem-vinda, mesmo em uma pequena empresa. No momento de crise, nada melhor do que conhecer verdadeiramente seu fluxo de caixa e trabalhar com ele”, explicou.

Carine destaca que neste fim de ano o mercado está aquecido, com o oferecimento de muitas vagas para quem está à procura de um emprego, especialmente na área industrial. “Reflexo disso é o incremento dos meses de setembro, outubro e novembro, período muito positivo em termos de crescimento financeiro: cerca de 20% em relação aos demais meses deste ano”, acrescentou Carine.

Momento de reflexão e planejamento - Para a sócia do Centro Capixaba de Pilates, Gisely Machado, o momento serviu para reavaliar a organização da empresa e investir na melhor profissionalização. “Aprendemos a ter cautela quanto aos gastos e a manter a tranquilidade. Aproveitamos para repensar as estratégias, melhorando a estrutura física, com remanejamento e capacitação de profissionais”, diz Gisely.

Na Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam), as ações foram simples, porém determinadas e constantes, segundo o vice-diretor da instituição, Mario Broetto. “Visamos a resguardar nossos recursos mais valiosos, honrando junto aos nossos fornecedores externos e internos todos os compromissos pactuados, além realizar investimentos fundamentais para o avanço da instituição. Nessa perspectiva, a estratégia foi renegociar contratos, reduzir o custeio de manutenção e cortar custos que não configuravam em redução da qualidade dos serviços prestados”, explica.

Redução do IPI alavanca recuperação de material de construção - Já no setor de comércio de material de construção, a avaliação da Associação de Comerciantes de Material de Construção do Espírito Santo (Acomac-ES) é que o primeiro semestre de 2009 registrou considerável queda nas vendas, mas houve recuperação neste de fim do ano. “Estamos chegando ao final de 2009 com crescimento em torno de 9,5% em relação a 2008, acima da média nacional, que foi de 4,5%”, afirma o presidente da Acomac-ES, Carlos Elias de Moraes.

Ele atribui esse incremento a diversos fatores, entre eles a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). “Com a crise tivemos uma queda nas exportações e mais oferta de produtos para o mercado interno, com consequente queda de preços. A redução de IPI e a ampliação das linhas de crédito foram também aliadas na recuperação do setor”, ressalta.

Na Revix Importação e Comércio, o crescimento deste ano foi de 25%. O gerente comercial da empresa, Cyro Machado, explica que isso foi possível graças à abertura de mercado para outras localidades e aplicação de políticas de incentivo aos vendedores. “Também fizemos uma adequação da margem de lucro, centralizamos fornecedores, aumentando o volume de compra para reduzir o preço de custo e investimos em infraestrutura própria, qualificação profissional e treinamentos”, salientou.

Aspectos positivos da crise - A diretora da Psicoespaço Gestão de Pessoas, Maria Teresa Cardoso, avalia que a crise teve o seu lado positivo. “As negociações comerciais e o consumo estavam desenfreados. Nesse momento, as famílias, empresas e pessoas em geral refletiram sobre suas compras, contratos e hábitos como um todo. Refletir e agir diferentemente é sempre positivo, mesmo ao enfrentar uma crise tão brusca como foi esta”, finaliza.

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