Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

16/05/2007 - 08:42

Dólar a R$2

São Paulo - O Banco Central tirou o pé do acelerador das atuações no câmbio nas últimas sessões e deu o espaço que o mercado precisava para romper a barreira de 2 reais. Nesta terça-feira, o dólar encerrou abaixo dessa marca pela primeira vez desde fevereiro de 2001.

A divisa norte-americana registrou queda de 1,34 por cento no dia, fechando a 1,982 real. Na mínima, o dólar chegou a 1,979 real.

Em abril, quando o dólar já beirava os 2,03 reais por conta dos fortes ingressos de recursos, a autoridade monetária reforçou sua presença no câmbio e passou a realizar mais leilões de swap cambial reverso --que tem efeito de uma compra futura de dólar--, além dos leilões diários de compra de moeda no mercado à vista.

Nas últimas cinco sessões, porém, não houve operação de swap e os leilões de compra tiveram menos propostas aceitas.

"O BC não veio mais no swap, só está vindo no (mercado) à vista e o fluxo continua muito grande, não só de balança, mas fluxo de investimentos", comentou Flávio Ogoshi, operador de derivativos do Rabobank.

"Na verdade, o mercado está indo buscar o preço que já era para ter atingido antes, se o BC não tivesse atuado."

No leilão de compra desta sessão, realizado a poucos minutos do fechamento, a autoridade monetária aceitou 10 propostas. Na véspera, foram apenas duas.

Para Carlos Alberto Postigo, o dólar só rompeu a barreira dos 2 reais porque o Banco Central permitiu.

"Ele teria que ter entrado logo cedo com algum leilão e isso acabou não acontecendo, acho que ele está aceitando a idéia do rompimento, uma vez que o BC está rumando há um bom tempo contra a maré e estava sendo bastante onerosa a manutenção do dólar a 2 reais", disse o operador.

O fator que desencadeou o otimismo necessário para o mercado romper a barreira dos 2 reais já na primeira hora de negociação veio do relatório de preços ao consumidor dos Estados Unidos em linha com o esperado.

O dado amenizou as preocupações com inflação e juro nos EUA e levou a uma melhora dos mercados em geral.

"Os últimos indicadores de inflação nos EUA vêm ficando abaixo da expectativa, portanto a tendência dos juros nos EUA é de queda, o que aumenta ainda mais o diferencial de juros com países emergentes", explicou Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating. | Por Nathália Ferreira/Reuters

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira