Setor gráfico chinês crece 10 vezes mais que o brasileiro

Cada gráfica chinesa emprega, em média, 140 funcionários, enquanto no Brasil a média é de 10 trabalhadores por estabelecimento.

A indústria gráfica chinesa gerou, em 2003, uma receita total de aproximadamente US$ 21 bilhões. Num comparativo, o setor gráfico brasileiro registrou US$ 6,5 bilhões de receita em 2005 e US$ 7,4 bilhões em 2006. Na China, a indústria gráfica vem crescendo, em média, cerca de 20% ao ano, enquanto o setor brasileiro, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), tem crescido na casa dos 2% ao ano, nos últimos exercícios. Ou seja, um desempenho 10 vezes menor.

Entre os segmentos da indústria gráfica chinesa, o de embalagem (embalagem de papel e impressão de sacolas, pacotes e outros) representa mais de 60% do total da receita gerada pelo setor. O segmento editorial ocupa o terceiro lugar e representa 13% da receita total.

Em 2003, havia na China 7.007 indústrias gráficas, que empregavam 985.657 funcionários. No Brasil, o setor emprega 183.276 pessoas, distribuídas em 17.364 estabelecimentos. Cada empresa chinesa emprega, em média, 140 funcionários, enquanto no Brasil a média é de 10 trabalhadores por gráfica.

Balança comercial chinesa de produtos gráficos - Em 2006, a balança comercial chinesa de produtos gráficos apresentou saldo de US$ 2,23 bilhões, resultante de exportações de US$ 3,16 bilhões e importações de US$ 926,9 milhões. Nos últimos quatro anos, o País ampliou de forma expressiva seu fluxo de comércio de produtos gráficos. Ao ano, as exportações cresceram, em média, 25% e as importações 13%. Dos US$ 3,16 bilhões exportados para diversos países, 28% foram produtos editoriais, 25% embalagens e 20% corresponderam a cadernos.

O Brasil não é o alvo preferido da indústria gráfica chinesa. O País compra apenas 0,27% do total de produtos gráficos exportados pela China. Desta forma, a concorrência chinesa em relação aos produtos gráficos brasileiros age essencialmente sobre nossos mercados de exportação, e não no mercado interno brasileiro. | www.abigraf.org.br