Angra 3 vai gerar demanda de R$ 5 bilhões em equipamentos

Seminário discute oportunidades e obrigações para fornecedores, oportunidades de criação de receitas e emprego e as especializações demandadas pelo Programa Nuclear.

Um total de R$ 5,0 bilhões, equivalentes a cerca de 70% do total de R$ 7,3 bilhões (base de dez/2007) orçados para a conclusão das obras de Angra 3, serão gastos em moeda nacional, segundo o cronograma de investimento, através da contratação de empresas de engenharia, fabricação e montagem brasileiras, até a entrada em operação da usina, em 2015. Desde que foi paralisada em 1986, Angra 3 já recebeu investimentos em torno de R$ 1,5 bilhão.

A estimativa é da própria Eletronuclear, sem citar os valores previstos para investimento nas outras duas usinas do sudeste (calculados em torno de R$ 30 bilhões), que terão seu local definido ainda este ano, o que poderá proporcionar demandas à indústria brasileira de mais R$ 21 bilhões, considerando o índice de nacionalização em torno de 70%. O Programa Nuclear Brasileiro prevê a construção de mais duas usinas no Nordeste, cuja localização também já está em estudo desde 2009.

O assunto será tema da palestra do supervisor da presidência da Eletronuclear, Dráusio Lima Atalla, no próximo dia 19, às 9hs, durante o Seminário Nacional de Energia Nuclear, que começa na próxima segunda-feira, dia 18 de janeiro, no Clube de Engenharia (RJ). O evento vai reunir empresários, executivos do governo, técnicos e dirigentes do setor nuclear, governo e profissionais de engenharia terão oportunidade de analisar e avaliar o impacto da retomada do programa nuclear brasileiro na economia brasileira.