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15/01/2010 - 07:16

Relatório de Riscos Globais do World Economic Forum mostra o Efeito Abrangente da Crise Financeira

O World Economic Forum divulgou os Riscos Globais 2010, destacando vários riscos subjacentes que contribuíram para agravar a crise financeira e a desaceleração econômica global. Crises fiscais e desemprego; falta de investimento em infraestrutura – especialmente em energia e agricultura – e, doenças crônicas foram identificadas como as principais áreas de risco nos próximos anos. Outros riscos foram identificados como sistêmicos, e precisam de melhores governanças globais como o crime transnacional, a corrupção, a falta de biodiversidade e vulnerabilidade eletrônica.

Londres, Reino Unido – No dia 14 de janeiro (quinta-feira), o World Economic Forum divulga Riscos Globais 2010, seu relatório anual nos principais riscos globais subjacentes na economia para esse ano e futuro. O relatório defende que os eventos do ano passado revelaram uma necessidade fundamental de mudar as atitudes diante dos riscos globais e sua gestão. Com níveis inéditos de conectividade entre todas as áreas de risco, o relatório destaca que a necessidade de combater as falhas globais de governança é maior do que nunca. O relatório informa que isso só pode ser resolvido com uma readequação dos valores e comportamentos de tomadores de decisões para melhorar a coordenação e supervisão.

Robert Greenhill, Diretor Geral e Principal Executivo de Negócios do World Economic Forum, disse que Riscos Globais 2010, descreve os desafios que estão por vir: “Os resultados do relatório confirma que devemos enfrentar os desafios criados pelos níveis inéditos de conexão entre esses riscos. A crise financeira e a recessão que desencadeou, criaram um ambiente de maior vulnerabilidade onde os riscos que não são resolvidos podem se tornar crises futuras.”

O relatório Riscos Globais é publicado todos os anos antes da Reunião Anual do World Economic Forum em Davos-Klosters, Suíça, e produzido em parceria com Citigroup, Marsh & McLennan Companies (MMC), Swiss Re, the Wharton School Risk Center e Zurich Financial Services. O resultado de consultas realizadas durante o ano com profissionais das áreas de negócios, acadêmicos e políticos. Riscos Globais 2010 é a quinta edição do relatório que coincide com o 40º aniversário do Forum.

Riscos Globais 2010 mostra que o impacto da crise fiscal e as implicações sociais e políticas do alto nível de desemprego em várias economias de grande porte é uma preocupação. Os atuais modelos de saúde, educação e proteção para desemprego sofreram grandes pressões com a crise fiscal, além das implicações de longo prazo de maior expectativa de vida.

Daniel M Hofmann, economista chefe da Zurich Financial Services, disse “Os eventos do ano passado mostram que existem riscos subjacentes dentro da economia global que precisam ser enfrentados. Na sua reação à crise financeira, muitos países enfrentam o risco de enfraquecer suas posições fiscais e criar níveis muito altos de endividamento. Isso pode pressionar as taxas de juros reais para cima, reduzir o crescimento e gerar altos níveis de desemprego ao longo prazo.”

{0>More widely, the report points to the impact of the global recession on longstanding under-investment in infrastructure, especially in energy and agriculture, and the rising costs of treating chronic disease.<}0{>Em termos gerais, o relatório mostra o impacto da recessão global na falta histórica de investimento em infraestrutura, especialmente em energia e agricultura e, o custo maior de tratar doenças crônicas. <0} {0>These “creeping” risks have not appeared overnight, but the recession has limited the ability of decision-makers to combat them effectively.<}0{>Esses riscos “progressivos” não apareceram de repente, mas a recessão reduziu a capacidade dos tomadores de decisões de enfrentá-los de maneira efetiva. <0}

Isso se aplica muito a área de energia, em termos da grande necessidade global de investimentos em infraestrutura. John Drzik, CEO da Oliver Wyman, empresa operacional da MMC, disse “A queda recente do preço de petróleo foi bom para o consumidor, mas também contribuiu para uma redução sensível nos investimentos necessários em infraestrutura de energia e projetos de energia renovável. Isso está acontecendo numa época em que os governos – além de empresas e consumidores – estão buscando segurança energética de longo prazo de fontes sustentáveis a preços acessíveis. A fragilidade da economia global abre uma margem para choques baseadas no preço do petróleo se a falta de investimento continua.”

Um valor imenso de US$ 35 trilhões será necessário para investimentos em infraestrutura nos próximos 20 anos, de acordo com o Banco Mundial. “Isso é muito relevante para as áreas de agricultura e segurança alimentar,” disse o Principal Executivo de Risco da Swiss Re, Raj Singh. “Precisamos de um aumento muito grande na produção de alimentos para servir a crescente população global e um bilhão de pessoas já sofrem de subnutrição. Precisamos gastar bilhões de dólares para adaptar o fornecimento de água, energia, transporte e em mudanças climáticas. Os governos devem trabalhar em conjunto com o setor privado para fazer isso acontecer. As seguradoras podem oferecer ferramentas de gestão de risco que criam maior estabilidade financeira para produtores e para indústria de agricultura.”

O relatório também descreve os riscos em áreas onde o nível de atenção e preparo é baixo; essas áreas incluem crimes transnacionais e corrupção, a vulnerabilidade das redes e a perda de biodiversidade.

Riscos Globais 2010 mostra que a resposta ao impacto da crise financeira e a subsequente retração mostra uma disposição maior de cooperar em estratégias comuns e desenvolver um sistema de governança global mais efetivo para fazer frente aos riscos globais. Mas Sheana Tambourgi, editora do Relatório e diretora chefe da Rede de Risco Global do World Economic Forum, adverte que “Nos próximos meses, a vontade de tomadores de decisões globais de enfrentar riscos globais será testada. Uma atitude de que tudo deve voltar como era antes e pode criar grandes problemas ao longo prazo em várias áreas de risco.” | [ http://www.weforum.org/pdf/globalrisk/globalrisks2010.pdf].

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