Prysmian fecha contrato de € 300 milhões para desenvolver transmissão de energia entre a Sicília e a Itália Continental

A nova ligação submarina é importante para toda a rede elétrica italiana e envolve 260 km de cabeamento, atravessando o Estreito de Messina, gerando energia total de 2.000 MW.

A Prysmian Cables & Systems, líder mundial na indústria de cabos de energia e de telecomunicações, festejou acordo, fechado em dezembro de 2009, com a Terna Spa Rete Elettrica Nazionale, para desenvolver a ligação submarina de extra-alta tensão entre a Sicília e a Itália continental, uma interconexão de suma importância para o desenvolvimento da rede elétrica italiana como um todo. O contrato da Prysmian, no valor de 300 milhões de euros, refere-se ao fornecimento do no sistema turn-key de cabos, incluindo engenharia, produção, instalação e comissionamento de dois circuitos de correntes alternadas de 380 kV entre as usinas de Villafranca Tirrena (região da Sicília) e Scilla (região da Calábria).

A capacidade total de transmissão de energia da nova ligação será de 2.000 MW e complementará a atual conexão em corrente alternada, de 380 kV e 1.000 MW, que já une as redes elétricas da Sicília e da Calábria, atravessando o Estreito de Messina, e que foi instalada em 1984 pela própria Prysmian, na época Pirelli Cabos.

A nova conexão e os serviços relacionados pretendem garantir a segurança da ligação entre a Sicília e o continente, facilitando a transmissão de energia e a atuação das operadoras da rede elétrica, estimulando assim a competição. Além disso, a nova ligação privilegiará a geração de energia a partir de fontes locais renováveis. Estima-se que o projeto esteja concluído até o final de 2013. “Temos orgulho em oferecer a experiência e o know-how do Grupo, líder mundial no setor, a um empreendimento de tamanha importância para a Itália”, afirmou Valerio Battista, CEO da Prysmian.

Os cabos percorrerão 38 km submarinos e 5,4 km em terra, dos quais 2 km estarão na Sicília e 3,4 km na Calábria. O sistema, totalizando mais de 260 km de cabos, terá circuitos compostos por cabos multipolares e por cabos unipolares, dependendo das condições encontradas ao longo do percurso submarino e terrestre da rede elétrica. A Prysmian fará a instalação utilizando seu próprio navio, o Giulio Verne. Devido ao grande volume de material e à sua extensão, a instalação será dividida em estágios.

Subaquáticos no Brasil -A empresa também está envolvida em projetos de instalação de cabos subaquáticos de transmissão elétrica no Brasil, tais como a ligação do Lago Paranoá à cidade de Brasília, Distrito Federal. Para tal projeto, a Prysmian forneceu para a CEB (Companhia Energética de Brasília) os cabos EPR, que possuem 400mm² de seção, classe de tensão 145 kV e percorrem 4.5 km sublacustres.

Atualmente, a companhia está trabalhando em um recente acordo de interligação do Porto de Rio Grande à cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. O projeto, fornecido para a CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), utilizará os cabos XLPE, que têm 400mm² de seção, classe de tensão 73,5 kV e percurso total de 6 km. “Este recente fornecimento de cabos de alta tensão comprova que a Prysmian é líder de mercado e está presente em praticamente 100% dos sistemas implantados no Brasil”, afirma Armando Comparato Jr, presidente da Prysmian na América do Sul.

Além disso, a empresa tem diversos projetos de ligação elétrica submarina em áreas internacionais, tais como COMETA (Espanha), Baía de Doha (Qatar), GCCIA (Bahrain) e TransBay (Estados Unidos), além de inúmeras conexões a usinas de energia eólica em alto-mar no norte da Europa, incluindo as de Greater Gabbard e Thanet, dois dos maiores complexos em todo o mundo, ambos atualmente em construção.