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16/01/2010 - 09:25

A “Expropriação” dos minoritários


Em meio à euforia das festas de final de ano, foi noticiado para a sociedade brasileira outro acordo envolvendo a empresa AmBev, que mostrou, mais uma vez, que, para ganhar, não interessam os meios, o importante é ganhar.

Quem saiu perdendo com as últimas artimanhas da megalomaníaca empresa foram os pequenos acionistas, vítimas da prática de tunneling efetuada pelos controladores da companhia.

O processo que se desenrolou na Comissão de Valores Mobiliários - CVM foi denominado pela comissão de inquérito como: "Expropriação de Minoritários", devido à operação lesar os direitos dos sócios em benefício dos controladores.

Em outras palavras, a expropriação dos “minoritários” já ocorre desde que a empresa passou a ser conduzida pela equipe que substituiu a administração da antiga Brahma, pois, na sequência, muitas vezes, presenciamos situações de puro trauma. Foi o que aconteceu com vários distribuidores nacionais, espalhados pelo Brasil. Estes, no início da fusão, tinham algum patrimônio que, posteriormente, virou cinza devido à dispensa dos seus serviços. É importante que se destaque que os serviços prestados para a grande companhia, que contribuíram com a construção e consolidação de sua marca, consumiram, em muitos casos, a vida inteira dos proprietários das pequenas empresas.

Porém, a situação mais vexatória é o envolvimento da Comissão de Valores Mobiliários na trama de acordos milionários para arquivamento de investigações. Causa-nos enorme espanto constatar que a CVM, uma respeitada autarquia federal responsável pelo bom andamento do mercado de ações, tenha concordado em fazer acerto para arquivar o processo de investigação de tunneling.

A CVM tem como função ser a guardiã destas relações, seja no controle das companhias, seja no mercado. Também está entre seus objetivos, fornecer proteção aos titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de administradores e acionistas controladores de companhias.

Sendo assim, alertamos que a sociedade brasileira não está mais alheia a esses desmandos, pois a AFREBRAS – Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil, enquanto legítima representante do setor de bebidas nacionais, assumiu a responsabilidade de informar e discutir essas questões e, principalmente, de lutar pelo que é certo e justo!

. Por: Fernando Rodrigues de Bairros, presidente da Afrebras – Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil.

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