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19/01/2010 - 11:32

Cresce número de endividados, veja como sair dessa situação

Dados sobre o endividamento da população brasileira são fáceis de serem obtidos. Para ficarmos apenas nos mais atuais, a taxa de inadimplência dos brasileiros registrou aumento de 5,9% no ano passado, frente a 2008, revela o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, divulgado nesta terça-feira (12). Segundo os dados, mesmo com a crise econômica mundial apresentando fortes impactos no primeiro semestre de 2009, a inadimplência registrou um crescimento menor que o apresentado em 2008, quando cresceu 8% frente a 2007.

Entretanto, todos apontam esse problema, mas, em contrapartida, soluções para isso são muito difíceis de serem apontadas. No decorrer de meu trajeto de aprendizagem pelo mundo das finanças pessoais, observei que o problema vai muito além do consumismo exacerbado ao qual a população está exposta, com os meios de comunicações com muita publicidade, criando no imaginário a idéia de necessidade dos novos produtos que o mercado oferece.

O real problema está na falta de educação financeira, que não ocorre em praticamente todo processo educacional. Como matemática, português, história, entre outras, as finanças também são fundamentais para o nosso desenvolvimento educacional e intelectual, entretanto, diferente das citadas, essa matéria não consta em nosso currículo escolar, nem mesmo no ensino superior.

Se a população não tem ensinamentos básicos de como devem tratar seus salários ou outras fontes de rendas, como podemos esperar que ela, de uma hora para outra, saiba as formas de lidar com dificuldades financeiras e com endividamento, que pode ser causado por imprevistos? É fundamental, para o desenvolvimento de nossa população, a inclusão da educação financeira na proposta educacional das escolas.

Entretanto, isso é um processo moroso, não solucionando o problema de imediato. Para a situação atual das pessoas endividadas, a dica que dou é uma mudança radical em relação à forma que trata o dinheiro. O primeiro passo é fazer um diagnóstico da situação que se encontra, isto é, um detalhamento minucioso onde estão todos os gatos, ganhos e dívidas.

A partir disto, é fundamental fazer uma análise criteriosa vendo onde os gastos podem ser cortados. A maioria das pessoas diz que já vive no limite, e que não tem como reduzir as despesas, mas, sempre existe algo que pode ser reduzido. Sempre reforço que o desequilíbrio financeiro não está necessariamente nos grandes gastos, mas também nos pequenos, isto é, aqueles ‘trocadinhos’ que somados, no fim do mês representam uma parcela considerável dos ganhos.

Outro problema, é que existem muitas pessoas que vivem um estilo de vida que não condiz com a sua realidade financeira, gastando demais para manter um falso status. Essas pessoas não percebem que nessa ilusão elas são as únicas prejudicadas. Se quiserem sair das dívidas vão ser obrigadas a concessões drásticas.

Depois de saber quanto pode economizar, o devedor deve procurar os credores e negociar, pode ser com o gerente da loja, com a financeira, o gerente do banco ou com a gerenciadora de seu cartão de crédito. É importante tentar um alongamento dessa dívida, com taxas mais baixas, pode ter certeza, da mesma forma que você quer pagar, ele quer receber.

Depois de negociar, é fundamental colocar o valor dessas parcelas dentro do orçamento mensal, e sempre que receber já deixar reservado a parte para pagar essas dívidas. Para quem possui dívidas com várias instituições o interessante é eliminar primeiro as que possuem juros e valores mais altos.

Caso seja possível, a pessoa deve também reservar parte do que reserva para poupar, pois, não se sabe o que pode ocorrer no futuro. Depois que acabarem a dívidas, as pessoas devem manter o mesmo ritmo, entretanto, o dinheiro que sobrar deverá ir para investimento para realização de sonhos de curto, médio ou longo prazo

Mas isso é só o começo, para que a realidade de endividamento que muitos se encontram termine, é fundamental que a educação financeira seja tomada como fundamental para o crescimento das pessoas. Também é importante alertar nossas lideranças políticas que se atente não só com a macro economia, pois, tão importante quanto ela é a micro economia que cuida do dinheiro que circula todos os dias nas mãos de nossa população.

. Por: Reinaldo Domingos - Educador e Terapeuta financeiro. Também é autor do livro “Terapia Financeira” - (Editora Gente), e criador da Metodologia DiSOP – Educação Financeira - Presidente do DiSOP Instituto de Educação Financeira – (www.disop.com.br).

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