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20/01/2010 - 09:15

Pesquisa do World Economic Forum conclui que crise financeira é também crise de valores

Genebra, Suíça – Mais de dois terços dos pesquisados acreditam que a atual crise econômica também é ética e de valores. Porém, apenas 50% acreditam em valores universais. Esses são alguns dos principais resultados do relatório Fé e a Agenda Global: Valores para a Economia Pós-Crise, um estudo anual do World Economic Forum que analisa questões relacionadas ao papel de fé nos assuntos globais.

O relatório inclui pesquisa inédita realizada no Facebook sobre valores. A iniciativa recebeu mais de 130 mil respostas de internautas da França, Alemanha, Índia, Indonésia, Israel, México, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia e dos Estados Unidos.

Os resultados da pesquisa mostram uma falta de confiança em valores no mundo dos negócios. Apenas 25% dos respondentes acreditam que grandes empresas multinacionais adotam uma abordagem baseada em valores, enquanto mais de 40% crêem, que empresas de pequeno e médio porte adotam esse tipo de abordagem.

Quase dois terços dos pesquisados apontam que as pessoas não aplicam os mesmos valores em suas vidas profissionais e particulares. Quando questionados por que grupo as empresas devem ser mais responsáveis- se pelos seus acionistas, colaboradores ou clientes ou os três igualmente - aproximadamente a metade das pessoas responderam “todos os três igualmente”.

Quase 40%dos entrevistados consideram honestidade, integridade e transparência como os valores mais importantes para o sistema político e econômico global, 24% escolheram os direitos dos outros, dignidade e pontos de vista; 20% optou pelo impacto da ações no bem estar dos outros e 17% por preservar o meio ambiente.

Klaus Schwan, fundador e presidente executivo do World Economic Forum, afirma que o relatório mostra a necessidade de um conjunto de valores que sirva como base para a construção das instituições da economia global e os mecanismos de cooperação internacional: “O sistema atual não cumpre com as obrigações que tem com até 3 bilhões de pessoas do mundo. Nossas culturas cívicas, empresariais e políticas devem se transformar se queremos reduzir essa diferença. Por isso, o World Economic Forum lançou a Iniciativa de Reforma Global – um trabalho inédito para reconstruir os sistemas de cooperação mundial. Os resultados do relatório confirmam o apoio da opinião pública para esse tipo de trabalho”.

O relatório também reúne editoriais sobre os valores para a economia pós-crise de 15 líderes religiosos e de organizações espirituais do mundo inteiro, entre os quais Rowan Williams, Arcebispo de Canterbury, Reino Unido; Reinhard Marx, Arcebispo de Munique e Freising, Alemanha; Mohammad Khatami, Presidente da Fundação para Dialogo entre Civilizações e Presidente da República Islã de Irã (1997-2005); Bartholomew I, Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Turquia; Ravi Shankar, Fundador da Fundação Arte de Viver, Índia; David Rosen, Principal rabino e Diretor da American Jewish Committee (AJC), EUA; e Yukei Matsunaga, Presidente da Federação Budista do Japão (JBF), Japão.

“A crise financeira e econômica representa uma oportunidade de articular os valores que devem embasar nossas instituições globais no futuro”, afirma John J. DeGioia, Presidente da Universidade Georgetown, EUA. “As comunidades religiosas do mundo são repositórios importantes desses valores”, conclui. O Relatório é produzido em colaboração com a Universidade Georgetown.

Desde sua fundação, há 40 anos, o World Economic Forum integrou as vozes de líderes religiosos para criar um conjunto de assuntos e atividades. Reconhecendo seu papel inédito e essencial, o Forum renovou seu foco no envolvimento dos líderes religiosos mais influentes de várias religiões para dirigir o debate na questão de valores. [www.weforum.org/faith]

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