Barcos movidos a energia solar fazem exibição no ICRJ

Pilotados por Lars Grael, George Szabo e Ross MacDonald, barcos foram atração, onde as grandes estrelas são os veleiros do Mundial de Star.

Rio de Janeiro (RJ) - Três barcos movidos a energia solar foram a atração numa exibição feita na "piscina" (local em que os iates, botes e barcos a motor param para desembarcar tripulantes) do Iate Clube do Rio de Janeiro. Dois - Ipanema e Copacabana - são projetos da Universidade Federal e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e o outro - Peixe Galo - é do Instituto Rumo Náutico - Projeto Grael. A exibição foi uma iniciativa dos alunos da UFRJ e UERJ, que quiseram aproveitar a disputa do Mundial de Star, para divulgar o trabalho de desenvolvimento e pesquisa de fontes alternativas de energia.

Lars Grael, dono de duas medalhas olímpicas, pilotou o barco do projeto mantido e coordenado por sua família, em Niterói, enquanto o norte-americano George Szabo, atual campeão mundial de Star, conduziu o Ipanema, e o canadense Ross MacDonald, campeão mundial de 1994, dirigiu o Copacabana.

A equipe Ipanema prepara-se para disputar o Frisian Solar Challenge, uma competição holandesa que terá a terceira edição em 2010 e que pela segunda vez contará com uma equipe brasileira. No ano passado, o Copacabana conquistou o quarto lugar na Classe A e o sétimo lugar dentre os 49 barcos que participaram da competição. O percurso é de aproximadamente 210 km, dividido em 5 dias de competição.

O evento tem como objetivo divulgar a utilização de fontes renováveis de energia, incentivar a pesquisa visando aumentar a eficiência em cascos e do projeto elétrico, além de compartilhar conhecimentos entre as mais diversas instituições de ensino.

A equipe Ipanema é composta por alunos das Engenharias Elétrica, e Naval & Oceânica e Instituto de Física da UFRJ e Escola Superior de Desenho Industrial da UERJ, além de funcionários, mestrandos e professores doutores.

Busca de patrocínio - A intenção dos alunos da UFRJ e da UERJ é levar três barcos para o rali holandês. Para isso, precisa da construção de mais dois, já que o Copacabana não é mais tão competitivo. Com as despesas de viagem de oito pessoas, importação de todos os materiais necessários, construção e testes, cada barco custará R$ 150 mil.

"As Universidades dão todo o apoio, mas precisamos do patrocínio de algumas empresas para tornar viável todo o projeto, que é 100% incentivado pelo governo e descontado no Imposto de Renda. É a lei de incentivo ao ensino e à pesquisa", disse Luiz Monteso, aluno do sétimo período de Engenharia Elétrica da UFRJ.

"Estamos na corrida contra o tempo porque a competição será em julho e só a importação de material demora um mês", lembrou Thiago Marinho, do sétimo período da Engenharia Naval & Oceânica. "O projeto é muito sério e um exemplo disso é que é acompanhado por seis doutores e dois mestrandos, além dos alunos."

O Campeonato Mundial da Classe Star conta com o patrocínio da Banco do Brasil, Transpetro, Governo Federal, Gol Linhas Aéreas, Santa Constanza, Wollner e Secretaria Estadual de Turismo, Esporte e Lazer do Rio de Janeiro e tem organização do Iate Clube do Rio de Janeiro, da International Star Class Yacht Racing Association (ISCYRA), da Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM) e da Federação de Vela do Estado do Rio de Janeiro (Feverj).