Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

17/05/2007 - 09:47

Alta de 1,3% no faturamento das MPEs no 1º trimestre do ano sinaliza ânimo dos empresários

Pesquisa do Sebrae-SP mostra ainda que o nível de pessoal ocupado não acompanhou a recuperação e fechou o trimestre em baixa de 1,6% em relação ao mesmo período de 2006

Os primeiros 90 dias de 2007 foram melhor que a encomenda para as micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas. Segundo a pesquisa Indicadores de Conjuntura, do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), realizada mensalmente, o faturamento real dos pequenos negócios no primeiro trimestre de 2007 foi 1,3% maior que o mesmo período do ano passado, representando R$ 58,5 bilhões de receita para o universo das MPEs paulistas no 1o. trimestre de 2007.

Na comparação entre março e fevereiro de 2007, o faturamento real subiu 7,6%, o que representou R$ 1,4 bilhão a mais na receita do universo dos pequenos negócios.

As MPEs da indústria e do comércio foram as principais responsáveis pela expansão, com índices + 2,8% e + 2,6%, respectivamente, sobre o 1o. trimestre de 2006.

Em março/07 o faturamento médio observado nas MPEs foi de R$ 15.311,13 e o nível de pessoal ocupado ficou em 4,31 pessoas, por empresa.

O nível de pessoal ocupado nos pequenos negócios não acompanhou a alta do faturamento e fechou o 1o. trimestre de 2007 em baixa de 1,6% sobre o final do 1o. trimestre de 2006. Mas a comparação entre março e fevereiro deste ano (+0,2%), quando foram criadas 12 mil novas vagas - indica que os empresários estão mais otimistas com relação ao desempenho da economia para os próximos seis meses.

De acordo com o economista do Observatório das MPEs do Sebrae-SP, Pedro João Gonçalves, os índices que mostram a recuperação do faturamento só não foram maiores por conta do fraco desempenho das pequenas empresas do setor de serviços (-2,6% na comparação do 1º trimestre/07 com o 1º trimestre/06), principalmente nas MPEs localizadas na região metropolitana de São Paulo (-2,3%).

Na avaliação do economista, “a inflação sob controle e a conseqüente recuperação da renda do trabalhador, os cortes nos juros básicos (Selic), a maior oferta de crédito e a recuperação do agronegócio propiciaram uma melhora no mercado interno e, conseqüentemente, contribuíram para o aumento da receita das pequenas empresas”.

Segundo Gonçalves, apesar na melhora nos últimos dois meses, o número de pessoas ocupadas nas MPEs ficou abaixo do registrado no final do 1o. trimestre de 2006, devido ao fraco desempenho no 2o. semestre de 2006.

Por regiões - as micro e pequenas empresas do Grande ABC apresentaram o melhor desempenho no primeiro trimestre de 2007 em termos de faturamento (+ 11,9%) e na taxa de pessoal ocupado (13,5%), em comparação com o mesmo período do ano passado. Os pequenos negócios instalados no interior tiveram expansão no faturamento de 5,7% e pequena variação negativa no índice de pessoal ocupado (-1,3%). No município de São Paulo e na região metropolitana, as variações de faturamento foram negativas (-3,4% e -2,3% , respectivamente). No nível de pessoal ocupado também: -5,6% e -2%, respectivamente.

Rendimento Real - No primeiro trimestre de 2007, o rendimento dos empregados nas micro e pequenas empresas paulistas apresentou aumento de 6,6% na comparação do com o primeiro trimestre de 2006.

Segundo o Sebrae-SP, o rendimento dos empregados nas MPEs acompanhou a melhora da renda registrada na economia, com a recuperação dos salários acima da inflação nos dissídios, puxada pelas negociações dos trabalhadores com as grandes empresas.

Folha de Salários - O gasto das MPEs com a folha de salários teve alta de 4,4% no primeiro trimestre de 2007 em comparação com o mesmo período do ano passado, já descontada a inflação do período. Segundo a pesquisa, em média, as MPEs tiveram uma folha de pagamentos de R$ 2.009,00 no primeiro trimestre de 2007. De acordo com o Sebrae-SP, o valor da folha de pagamentos acompanhou a melhora na remuneração dos empregados.

Expectativas - A pesquisa também avalia as expectativas dos proprietários das micro e pequenas empresas paulistas com relação ao desempenho de sua empresa e da economia brasileira nos próximos seis meses.

E pela segunda vez consecutiva, aumentou a proporção dos que acreditam que a receita da empresa irá aumentar: 34% (abril/07), contra 32% em março/07. E mais, 49% acreditam na estabilidade no faturamento para os próximos 180 dias.

Com relação à economia brasileira, 45% esperam a manutenção do nível de atividade, mas a taxa dos que esperam a melhora subiu de 33% (março/07) para 38% (abril/07).

Na avaliação do diretor administrativo-financeiro do Sebrae-SP, Milton Dallari, “a melhora nas expectativas dos empresários é compatível com a melhora do mercado interno”. Segundo Dallari, “a recuperação das MPEs é um reflexo de que quando a economia vai bem, as pequenas empresas respondem à altura”. Mas Dallari alerta: “é preciso minimizar os fatores que limitam o crescimento das pequenas empresas, sinalizando fortemente com redução da taxa de juros, ainda elevada, e valorização do dólar.”

Além da conjuntura econômica, Dallari destaca que “um ambiente favorável à realização de negócios e ao empreendedorismo é vital para a continuidade do crescimento das micro e pequenas empresas”. Nesse sentido, segundo o diretor, “a efetiva implantação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas no âmbito do Estado e dos municípios poderá contribuir para uma melhora da situação dos pequenos negócios”.

A pesquisa Indicadores Sebrae-SP é realizada com a colaboração da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), em 2,7 mil micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo, dos setores de comércio, indústria de transformação e serviços. Mensalmente são avaliados os índices de faturamento, pessoal ocupado, rendimento dos empregados, gastos com salários e expectativas das MPEs para faturamento da empresa e para a economia brasileira.

A amostra é representativa das mais de 1,3 milhão de MPEs da indústria (11%), comércio (57%) e serviços (32%). Elas representam 98% das empresas formais e ocupam cerca de 6 milhões de pessoas em todo o Estado de São Paulo (67%). | www.sebraesp.com.br

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira