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17/05/2007 - 09:54

Micro e pequenas empresas do Rio de Janeiro estão confiantes

As micro e pequenas empresas (MPEs) fluminenses registraram bom desempenho em março de 2007. Pesquisa do Sebrae/RJ, coordenada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), indica que essas empresas tiveram uma aumento de 5,6% de faturamento, que chegou a R$ 3,93 bilhões, e um crescimento de 1,5% na massa salarial - uma injeção de R$ 889 milhões na economia em remuneração para seus funcionários. O segmento ocupou 1,9 milhão de pessoas (aumento de 1%), entre sócios e empregados e gerou 18,9 mil novos empregos (crescimento de 1,3%). informação dada pelo gerente da Área de Estratégias e Diretrizes do Sebrae/RJ, Cezar Kirszenblatt, e um representante da FGV em entrevista coletiva dia 16 de maio.

Performance das empresas - No critério faturamento, as indústrias ficaram na liderança, com 7,6% de aumento; o segundo lugar ficou com o comércio, com 6,1% de crescimento; já as empresas de serviços obtiveram 4,2%. O interior mostrou sua força: faturou 8,9% a mais, enquanto as empresas da capital ficaram com 4,4%.

O setor de comércio liderou o crescimento do pessoal ocupado, com 1%, seguido de perto pelo de serviços, com 0,9%, e pela indústria, com 0,3%. As empresas da região metropolitana empataram com as do interior: 0,9% de variação positiva. No critério massa salarial, o comércio assumiu a primeira posição, com crescimento de 1,6%. O segmento de serviços manteve-se novamente em segundo lugar, com 1,4% e a indústria com 0,3%. As empresas do interior registraram uma ligeira vantagem em relação às da capital - 1,5% contra 1,3%.

No quesito salário médio, comércio e serviços empataram: 0,2% de crescimento. A indústria não registrou alteração. Empresas do interior e da capital ficaram muito próximas: 0,3% contra 0,1%.

Estes são os principais resultados apontados pelo Índice de Desempenho (IDES), que mede mensalmente faturamento, pessoal ocupado e massa salarial. Os números baseiam-se em estimativas da existência de micro e pequenas empresas empregadoras, já considerando a entrada em operação de novos estabelecimentos no período. Juntamente com o IDES de março de 2007, o Sebrae/RJ apresenta os Índices de Confiança nos Negócios (ICON) e de Dinamismo (IDIN), relativos ao primeiro trimestre de 2007.

Dinamismo - O Índice de Dinamismo (IDIN), mensurado trimestralmente, registrou uma ligeira redução, 16,8 pontos em relação ao último trimestre de 2006, quando ficou com 19,2 pontos. Esse índice é resultado de uma metodologia desenvolvida pela FGV e SEBRAE/RJ para avaliar a evolução de medidas associadas ao aumento da competitividade dessas empresas.

De acordo com o IDIN, 27,8% realizaram ações de apoio social ou de prevenção ambiental das empresas; 20,5% fizeram inovações em produtos ou processos; 18,8% realizaram investimentos em máquinas e equipamentos; 14,9% capacitaram sócios ou empregados; 14,4% participaram de ações de associativismo e 8,5% introduziram aplicativos de tecnologia da informação (TI).

“Este índice de dinamismo revela a constante preocupação dos empresários em apostar nas ações que aumentem sua competitividade. Empresas socialmente responsáveis, que investem na capacitação de funcionários e gestores e que buscam a inovação em produtos e processos, estão mais preparadas para enfrentar os desafios do mercado globalizado”, analisa Sergio Malta, superintendente do Sebrae/RJ.

Confiança nos negócios - O Índice de Confiança nos Negócios (ICON), que visa captar a expectativa futura das empresas em relação aos resultados dos seus negócios em um horizonte de seis meses, atingiu 69,5%, revelando que o otimismo dos proprietários de micro e pequenas empresas do estado continua. A maioria (69%) considera as perspectivas muito boas ou boas; 25,4% têm perspectivas razoáveis e apenas 5,6% fracas ou muito fracas.

Os indicadores: O IDES, o ICON e o IDIN integram os Indicadores das Micro e Pequenas Empresas (IMPEs), que passaram a ser divulgados em novembro de 2006 pelo Sebrae/RJ, com objetivo de acompanhar, sob a ótica conjuntural, estrutural e prospectiva, o desenvolvimento das empresas empregadoras deste segmento. A partir dos resultados, a entidade orientará suas ações voltadas para fomentar a competitividade desses empreendimentos.

Os IMPEs englobam empresas formais empregadoras na indústria, comércio e serviços, excluindo empreendimentos informais e aqueles com zero empregado (empresários que trabalham individualmente).

São entrevistados representantes legais (empresários ou contadores) em 178 atividades dos setores da indústria, comércio e serviços, em 73 municípios fluminenses. A amostra para o IDES é de 833 estabelecimentos. Para o ICON e o IDIN, são 410 estabelecimentos.

A amostragem é calculada com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS 2004), do Ministério do Trabalho e Emprego. Tem como base de expansão 136.697 estabelecimentos (julho 2006).

Para calcular os impactos do IDES na economia, são considerados valores referenciais fundamentados pelas médias amostrais (resultados da pesquisa) e no número de estabelecimentos (RAIS 2005), bem como a estimativa do número de estabelecimentos registrados entre dezembro de 2005 e o mês de referência do índice (Jucerja 2006). Considera-se ainda a estimativa de empregos sem carteira assinada pelos dados da Pesquisa Mensal do Emprego do IBGE.

Pela classificação, por faixa de faturamento, as microempresas são aquelas que empregam até nove pessoas (comércio, serviço e agropecuária) ou até 19 pessoas (indústria) e faturam até R$ 240 mil ao ano. Já as pequenas empresas são as que empregam de 10 a 49 pessoas (comércio, serviço e agropecuária) e de 20 a 99 pessoas (indústria), com faturamento entre R$ 240 mil e R$ 2,4 milhões.

Cezar Kirszenblatt revelou à Fator Brasil que há uma preocupação por parte do Sebrae em ajudar resolver a demanda de softwares para as micro e pequenas empresas, já que estes têm custos mais altos e por serem sofisticados estas empresas necessitariam de consultoria para atender os padrões adequado de mercado.

Mas ele considera que no geral as micro e pequenas empresas fluminenses estão no caminho certo e que hoje através principalmente do pólos conseguem fazer marketing, realizar compras tanto quanto as grandes empresas.

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