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26/01/2010 - 09:03

A melhor década da nossa engenharia

Durante os anos de 2006 e 2007, devido a melhoria no mercado das commodities do setor minero-metalúrgico, a engenharia mundial e por decorrência, a brasileira, sofreu um impacto positivo, com a grande procura de equipamentos, materiais e mão de obra qualificada, nunca visto nos últimos 40 anos. Com isto, os custos começaram a crescer e os insumos começaram a desaparecer.

O processo de recrudescimento não durou mais que dois anos. O mundo, afetando as pessoas, foi acometido por  uma pneumonia econômico-financeira grave, advinda da crise mundial do subprime do ano de 2008. Os remédios aplicados pelos Estados Unidos para curar a epidemia  e, concomitantemente, pelos países do G7,  G8 e até pelos países do G20,    minimizaram os efeitos devastadores que afetaram a economia nestes anos. Ainda não sabemos se outra bolha virá ou se realmente a sopa de letrinhas desenhara com novo espasmo econômico como um V, W ou outra letra similar.

No Brasil, como estávamos preparados desde 1994 pelas medidas macroeconômicas que os governos aplicaram, as nossas reservas começaram a  crescer a níveis históricos a partir de 2000, as exportações vinham batendo recordes e mais recordes. Isto nos beneficiou sobremaneira, trazendo-nos a um patamar inédito de 231,5 bilhões de dólares em reservas cambiais. O  impacto no Brasil foi menor, devido às vacinas macroeconômicas aplicadas pelos governos anteriores.

Os reflexos em função destas medidas acima geraram durante o último  trimestre de 2009 um novo crescimento econômico em setores importantes dando sinais de bastante melhora.

Aqui se inicia a década de 2010.

Os poucos investimentos em infraestrutura e a parada técnica que demos na mineração e na siderurgia, com reflexos principalmente da China, voltaram a exigir da engenharia outra fase bastante promissora.

Esta área   requer, cada vez mais, substancial incremento tecnológico com medidas saneadoras e cautelares,  exigindo-nos investimentos em patrimônio humano em qualidade e quantidade, apesar do curto espaço de tempo. Com a copa do mundo em 2014 e as Olimpíadas no Rio em 2016, mais ainda.

Setores como mineração, siderurgia, fertilizantes, bens de consumo, veículos, máquinas, infraestrutura, exigirão demanda de mão de obra qualificada de engenheiros das mais diversas especializações e de mão de obra direta de carpinteiros, pedreiros, soldadores, montadores, etc., onde as empresas construtoras precisariam investir fortemente para atender  a estes objetivos.

Paralelamente, ainda temos na pauta do governo o plano de investimento residencial, com o projeto Minha Casa, Minha Vida, que absorve enormemente materiais de construção e implementos afins. Devemos priorizar ainda os estágios dos estudantes que serão absorvidos no mercado de trabalho nos próximos anos, proporcionando a eles treinamento de qualidade, sem prejuízo  dos ensinamentos teóricos pertinentes as escolas a que frequentam.

A década que está chegando deverá ser muito promissora para a engenharia e se descortina, a meu ver, como uma das melhores fases da nossa profissão e mais, com o desenvolvimento vertiginoso da tecnologia da informação, cria-se um facilitador para todos os setores da vida humana. 

Cabe a nós, com mais experiência, procurar divulgar  e potencializar as ações para obtermos um produto de qualidade na construção, com prazos bem definidos, custos conscientes e remuneração digna e condizente, sem afetar  o desenvolvimento dos empreendimentos que estão por vir.

. Por: Antonio de Assis Pimenta, engenheiro civil, trabalhou na CVRD-em Itabira na gestão das obras civis da Vale quando passou de 15 MTPA para 35 MTPA. Foi gerente de implantaçao da Cenibra na decada de 1970, gerente de contratos das obras do projeto Carajas-Mina Ferrovia , Porto, na década de 80, com produção de 35 MTPA. Atuou como diretor de várias empresas de construção pesada, na década de 90/2000. E de 2000 até agora, trabalha em ações comerciais para empresas de porte. | [email protected]

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