Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

17/05/2007 - 10:14

O reflexo da queda do dólar na economia brasileira


Quem diria que viajar ao exterior passaria a ser possível para muitos brasileiros que antes não tinham condições? Comprar um computador para muitos também passou a ser realidade no Brasil. Esses são apenas alguns reflexos da queda da moeda americana, o dólar.

Nessa terça-feira, 15 de maio, o dólar atingiu sua marca abaixo dos R$2, menor cotação dos últimos seis anos. Com queda de 1,34%, negociada a R$1,982, chegou a ser cotada a R$1,979. Uma marca histórica!

Além da atual queda da moeda americana em relação a outras moedas, a valorização do real também está relacionada ao aumento da confiança externa no Brasil e a taxa de juro aplicada no momento. Os investidores internacionais aplicam no País devido ao fato da economia ser mais segura. O Brasil hoje, representa um risco muito menor na economia mundial e com isso a tendência é atrair cada vez mais os investidores.

Se não fossem as compras desenfreadas de dólares pelo Banco Central, que são uma armadilha para reduzir a quantidade de moeda americana em circulação no Brasil, a cotação do dólar poderia estar ainda mais baixa. Por esse motivo, o Governo atingiu recordes históricos de reservas acima de US$122 bilhões.

Embora, a queda do dólar tem refletido positivamente em alguns seguimentos, em outros, a situação se complica. Esse processo trouxe o aumento das reservas externas do País, a redução de produtos importados no mercado interno e uma drástica crise em seguimentos que dependem das exportações. Setores como a industria de calçados e vestuários sofrem com as variações, devido à concorrência das importações mais baratas. O dólar baixo melhora a competitividade da indústria brasileira, aumenta os investimentos em máquinas e equipamentos. Em contra partida, isso pode ocasionar a desindustrialização e conseqüentemente o desemprego. Por outro lado, com a alta tecnologia importada, melhora-se a produtividade e quem ganha com isso é o consumidor na hora das compras, uma vez que toda essa revolução causa impacto imediato nos preços.

Com o objetivo de controlar o efeito negativo da queda do dólar em alguns setores e evitar demissões, o Governo Federal aumentou o imposto de importação de caçados e produtos têxteis. Sendo assim, alguns produtos estrangeiros como roupas e sapatos terão que desembolsar 35% de imposto, e não mais 20% como aplicado anteriormente.

Portanto, para um bom entendimento de todos, a queda do dólar não é tão benéfica quanto parece, uma vez que, é positiva para o consumidor, que paga menos pelos produtos importados, mas prejudica setores produtivos que sofrem a concorrência direta dos produtos vindos de fora. E, são justamente os segmentos que mais empregam: calçados, vestuário e eletroeletrônicos, os mais afetados pelos produtos importados.

. Por: Cláudio Boriola Consultor Financeiro, Conferencista, Especialista em Economia Doméstica e Direitos do Consumidor. Fundador e Presidente da Boriola Consultoria empresa criada há mais de treze anos. Autor dos livros Paz, Saúde e Crédito - Práticas de Negociação - De Um tostão a Um Milhão e do Projeto para inclusão da disciplina "Educação Financeira nas Escolas".

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira