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29/01/2010 - 09:33

BNDES encerra 2009 com desembolso recorde de R$ 137,3 bilhões


Luciano Coutinho, presidente do BNDES

O mapeamento feito pelo BNDES indica que o setor de petróleo e gás, puxado pela Petrobras, continuará liderando os investimentos no país, com um total de R$ 307 bilhões até 2013, o mesmo ocorrendo com infraestrutura, que prevê investimentos de R$ 207 bilhões. “Se houver uma reação mais forte do Programa de Aceleração do Crescimento [PAC], que está sendo pensada, pode ser que esses números engordem”, estimou Coutinho, em coletiva.

O processo de retomada dos investimentos está em curso no país e deverá manter-se forte nos próximos anos. É o que indicam os dados consolidados do desempenho do BNDES em 2009, divulgados em coletiva de imprensa com o presidente Luciano Coutinho, no dia 28 de janeiro (quinta-feira). No ano passado, desembolsos, aprovações, enquadramentos e consultas atingiram níveis sem precedentes na história do Banco.

As consultas e os enquadramentos, que sinalizam investimentos a serem realizados no país, atingiram, respectivamente, R$ 223,9 bilhões e R$ 190,1 bilhões. Isto representa crescimento de 27% e 22% em relação aos valores de 2008. O desempenho nos dois indicadores superou a estimativa inicial do BNDES, divulgada no final do ano passado. Já os desembolsos do BNDES encerraram o ano em R$ 137,4 bilhões, alta de 49% em relação ao valor registrado em 2008, e as aprovações, de R$ 170,2 bilhões, aumentaram 40%.

“O desempenho apresentado pelo BNDES mostra o vigor da economia brasileira e reflete o sucesso das medidas adotadas pelo governo para enfrentar a crise financeira internacional”, frisou Luciano Coutinho.

E destaca o Programa de Sustentação do Investimento (BNDES-PSI): “Em apenas seis meses (entre julho e dezembro), a carteira do programa atingiu R$ 37,1 bilhões. O BNDES-PSI foi criado pelo governo federal para garantir a manutenção dos investimentos e mitigar os efeitos da crise financeira internacional sobre a economia brasileira, com foco nos setores de bens de capital, exportação e inovação”.

“Mais de 80% dos investimentos no âmbito do PSI já foram contratados, o que demonstra a demanda firme pelos recursos do programa. As taxas para aquisição de ônibus e caminhões são de 6% ao ano. Para máquinas e equipamentos, os juros são de 4,5%, e os investimentos em inovação são financiados entre 3,5% e 4,5% ao ano. O programa, que foi lançado no final de junho do ano passado e se encerraria no final do ano, teve sua vigência prorrogada até 30 de junho de 2010.

Do total da carteira de 2009 do PSI, R$ 28,1 bilhões correspondem a ônibus e caminhões e demais itens de bens de capital, R$ 8,7 bilhões a financiamento à exportação e R$ 300 milhões a inovação”, continuou.

“Outros destaques da atuação do Banco em 2009 foram o desempenho do Cartão BNDES e o crescimento dos desembolsos para o Norte e Nordeste.

O Cartão BNDES teve desembolsos de R$ 2,47 bilhões, um crescimento de 193% em relação a 2008. O número de operações (174 mil) aumentou 189%, viabilizando investimentos para um número expressivo de micro, pequenas e médias empresas e concretizando o objetivo do Banco de ampliar o acesso aos seus recursos”, destacou o executivo.

“Em termos regionais, o destaque do ano foi a expansão das liberações para projetos de investimento nas regiões Norte e Nordeste, que superaram R$ 33 bilhões. A taxa de crescimento em relação a 2008 foi de 126% para o Norte e de 189% para o Nordeste. As regiões responderam, respectivamente, por 8% e 16% do total dos desembolsos do BNDES, percentual superior à participação delas no PIB nacional. Desta forma, os desembolsos do Banco contribuem para a diminuição das desigualdades regionais”, lembrou o presidente.

Indústria e Infraestrutura - “No ano passado, o setor da indústria respondeu por 46% dos desembolsos totais do BNDES, com R$ 63,5 bilhões e crescimento de 62,8% na comparação com 2008. A infraestrutura, com 36% de participação, teve R$ 48,7 bilhões desembolsados, representando alta de 38,6% sobre 2008. Já ao setor de comércio e serviços foram liberados R$ 17,3 bilhões, com incremento de 55%.

Na infraestrutura, um dos maiores crescimentos foi no segmento de energia elétrica, com liberações de R$ 14,1 bilhões e alta de 64% na comparação com 2008. Os desembolsos no setor de transporte rodoviário atingiram R$ 13,6 bilhões. Já o segmento da construção, com liberações de R$ 2 bilhões, teve expansão de 444% no ano.

Na indústria, a liderança coube ao segmento de química e petroquímica (incluindo o empréstimo à Petrobras), com desembolsos de R$ 25,6 bilhões, seguido por material de transporte (R$ 8,8 bilhões), alimentos e bebidas (R$ 8,8 bilhões) e metalurgia (R$ 5,3 bilhões).

Os financiamentos do BNDES às exportações brasileiras também foram recorde no ano passado. As liberações somaram o equivalente a US$ 8,3 bilhões, com incremento de 26% em relação a 200”, concluiu Luciano Coutinho.

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