Light lucra R$ 94,4 milhões no 1º trimestre de 2007

Além de reduzir índice de inadimplência e melhoria na qualidade dos serviços

A Light registrou lucro líquido, no 1º trimestre de 2007, de R$ 94,4 milhões, 6,8% inferior se comparado ao mesmo período do ano passado. Se fosse desconsiderado o impacto do resultado financeiro, incluindo os efeitos fiscais nos dois períodos (2006 e 2007), o lucro deste trimestre seria maior em 29%, informou o Diretor Vice-Presidente da Light, Ronnie Vaz Moreira.

“Houve melhora significativa no desempenho operacional da companhia, que foi 19% maior nos três primeiros meses deste ano do que no 1º trimestre de 2006”, explicou. A Receita Líquida no 1º trimestre de 2007 totalizou R$ 1,3 bilhão, em linha com a realizada no mesmo período de 2006, apesar da migração de alguns clientes do setor industrial para o mercado livre, o que foi praticamente compensado pelo crescimento no consumo das outras classes de clientes.

No 1º trimestre, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia foi de R$ 328,2 milhões em comparação aos R$ 287,8 milhões contabilizados no 1º trimestre de 2006. De acordo com Ronnie Vaz Moreira, o crescimento de 14% foi resultado principalmente da redução das despesas gerenciáveis da empresa e das provisões para devedores duvidosos. A margem EBITDA do trimestre ficou em 24,7%, 3,2 pontos percentuais superior ao 1º trimestre de 2006.

O perfil da dívida líquida da Light melhorou, segundo Ronnie Vaz Moreira, em função do alongamento do prazo de vencimento e menor exposição cambial. A dívida líquida apresentou redução de 22% em relação ao 1º trimestre do ano passado e de 8% se comparado a melhoria dos índices - O diretor vice-presidente Ronnie Vaz Moreira disse que um dos principais destaques do balanço financeiro da Light é em relação à inadimplência. A empresa trabalhou firme e reduziu o índice, que passou de 5,4% do faturamento bruto em 2006 para 3,5% neste trimestre. A empresa, mesmo obtendo esse resultado, continuará trabalhando para reduzir de forma contínua a inadimplência, realizando uma cobrança mais ativa de clientes inadimplentes na baixa tensão.

Em relação aos grandes clientes, Ronnie Vaz Moreira lembrou que em abril foi fechado acordo com a Supervia, que estabeleceu o pagamento parcelado da dívida passada, condicionado à regularização dos pagamentos correntes pela concessionária de transporte ferroviário.

Outro ponto bastante positivo no 1º trimestre de 2007 diz respeito à melhoria na qualidade dos serviços prestados pela companhia. Ao fim dos três primeiros meses de 2007, houve uma boa performance da Light nos indicadores de qualidade DEC (duração) e FEC (freqüência média das interrupções), quando foram registrados índices de 7,21 e 5,73, respectivamente, contra 8,86 e 6,87 referentes ao mesmo período do ano passado. Indicadores que ficaram muito abaixo da média nacional. Esta evolução positiva da qualidade do serviço da Light é reflexo do seu plano de manutenção e de ações preventivas sistemáticas, sempre buscando o aumento da eficiência nos diagnósticos das principais causas de defeitos.

A Light investiu R$ 57 milhões no 1º trimestre de 2007. Os investimentos se destinaram à melhoria e ampliação dos Sistemas de Distribuição e de Transmissão, combate às perdas e ao desperdício de energia e, também, novas ligações de clientes, entre outros pontos, contribuindo para um atendimento mais eficiente e com mais qualidade.

Ronnie Vaz Moreira informou ainda que a empresa também vem executando com sucesso os projetos desenvolvidos no seu Plano de Transformação, principalmente os que tratam do relacionamento com clientes, venda de energia, combate ao furto de energia, planejamento e padronização de compras e desenvolvimento de novos fornecedores de serviços (mesa de compras de materiais e serviços) e redução da inadimplência.

Perfil da A Light é a concessionária de distribuição de energia elétrica para 31 municípios do Estado do Rio de Janeiro, incluindo a capital e a Região Metropolitana, atendendo a cerca de 3,8 milhões de clientes. A concessionária é controlada pela Rio Minas Energia Participações S.A. (RME) desde 10 de agosto de 2006, que detém 79,4% do capital social total e votante da companhia. Os 20,6% restantes pertencem aos acionistas minoritários, sendo cerca de 10% à Electricité de France (EDF), antiga controladora da Light.

A RME é controlada pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Andrade Gutierrez Concessões S.A. (AG Concessões), Pactual Energia Participações S.A. (Pactual Energia) e Luce Brasil Fundo de Investimentos em Participações (Luce), grupos empresariais de notória competência e profundos conhecedores do mercado de energia brasileiro. Cada acionista possui igual participação no capital votante e total da RME e estão representados no Conselho de Administração da Light.