BNDES é o novo sócio da Light, com 31,4% do capital total

O BNDES Participações S.A solicitou à Light a conversão em ações ordinárias de 90% das debêntures emitidas pela empresa, como garantia de um aporte financeiro concedido pelo banco em 2005.

Com a decisão, o BNDES passa a ser sócio da Light, detendo 31,4% do capital total da companhia. Na avaliação do presidente da Light, José Luiz Alquéres, a operação é extremamente positiva para a empresa, pois melhora a sua estrutura de capital, com a redução da dívida líquida em R$ 713 milhões e transformação da mesma em capital, com substancial diminuição do custo financeiro.

“Além da redução da dívida, a Light aumenta a sua projeção de lucro e a sua geração de caixa. A companhia fica com um balanço financeiro saudável”, afirmou JL Alquéres, destacando a demonstração de confiança do BNDES no grupo controlador e nos gestores da empresa.

Na carta enviada à Light, o BNDES assegurou que a aquisição de 61,7 bilhões de ações da companhia não objetiva alterar a composição do controle acionário da empresa ou a sua estrutura administrativa.

A entrada no capital da Light reforça a confiança do BNDES no crescimento sustentável da companhia. A visão do banco em relação ao ativo é de longo prazo. Eventual desinvestimento ocorrerá de forma estruturada, respeitando a capacidade de absorção do mercado, no momento julgado adequado e em parceria com a Light, o grupo controlador, em consonância com a missão institucional do BNDES de contribuir para o desenvolvimento do mercado de capitais.

O diretor vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Light, Ronnie Vaz Moreira, explicou que a decisão do BNDES permitirá à empresa atender plenamente o Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que determina que pelo menos 25% das ações da companhia têm que estar em circulação no mercado (free float), fora do grupo de controle.

A composição acionária da Light passa a ser a seguinte: Rio Minas Energia Participações (RME) com 54,2%, BNDES com 31,4%, EDF com 6,8% e minoritários com 7,6%.

A empresa enviou dia 16 de maio (quarta-feira) à CVM e Bovespa, Fato Relevante comunicando a conversão de debêntures requisitada pelo BNDES.