Após crescer 35% em 2006, Elgin explora novos mercados

Empresa que tem tradição em diversificar seus negócios acaba de entrar no ramo de navegadores GPS. Sua intenção é controlar até 15% do promissor mercado brasileiro.

Crescer 35% no mesmo período que o PIB brasileiro aumentou apenas 2,9% é um feito para se comemorar. A evolução da Elgin nos últimos anos pode se explicar pela diversidade de negócios com o qual a empresa 100% brasileira está relacionada. A marca que começou a ganhar força há meio século com a produção de máquinas de custura, hoje, é responsável por quase 2.000 produtos divididos em Refrigeração, Info Products (Impressoras), Cuisine (Móveis), Automação Comercial, Fundição e Home & Office (Condicionadores de Ar, Máquinas de Costura, Webcam, Fragmentadores de papel, MP3 Player' s, cartuchos e mídias), referências em inovação e tecnologia.

Para ampliar ainda mais seu portifólio a empresa escolheu o início de 2007 para entrar em um segmento promisor: os navegadores pessoais GPS (Global Positioning System), com o lançamento do T-LEVO - O T-LEVO é uma ferramenta capaz de guiar com um nítido sistema de voz, motoristas e pedestres com comodidade a endereços em até 70 cidades de todo Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis), incluindo estradas e rodovias, além de disponibilizar mais de 400 mapas de outras localidades como referência, identifica 9 mil pontos de interesse como: bares, cinemas, postos de gasolina, restaurantes e shoppings. Tem entrada USB para conexão com qualquer computador, cartão de memória de 512 MB e roda filmes, fotos e músicas em formato MP3.

“Como estamos sempre viajando ao exterior, nos tornamos dependentes dos navegadores GPS nessas viagens. No primeiro semestre de 2006, o Contran publicou a resolução no190 que oficializou o seu uso no Brasil e ficaram disponíveis os primeiros mapas eletrônicos rentáveis, o que tornou possível fazermos planos para entrar nesse novo mercado”, explica Renato Brant, responsável pela área de Navegação e GPS da Elgin.

Segundo Brant, o desenvolvimento do T-LEVO consumiu US$ 3 milhões. Já no primeiro ano, a empresa pretende abocanhar uma fatia entre 10% e 15% de um mercado que os fabricantes acreditam que pode chegar a vender até a 200 mil unidades por ano.

O preço do T-LEVO é de R$ 1.899,00 e está na média dos similares de outras marcas, mas suas configurações - como número de cidades mapeadas e recursos multimídia - fazem dele o melhor custo benefício. Calcula-se que em todo mundo existam cerca de 12 milhões de aparelhos sendo utilizados por motoristas, serviços de resgate, taxistas, entregadores, ambulâncias, locadoras de veículos, donas de casa e turistas.

Brant acredita também que a expansão da tecnologia terá um ritmo acelerado na medida que transportadoras e profissionais dos transportes começarem a ter ganhos reais com a sua utilização. “Além de guiar o motorista até o seu destino, ele pode otimizar os trajetos, reduzindo o tempo e o custo da entrega. Ainda não existem estudos sobre essa redução, mas estimativas dizem que pode chegar a até 35% e isso é muito tempo, principalmente dentro dos grandes centros urbanos”, avalia Brant.

A Elgin conta com o sucesso do T-LEVO para bater sua meta de faturamento para 2007, que ultrapassa os R$ 500 milhões. Para atingir esses números, a Elgin pretende investir outros R$ 1,5 milhões só com marketing do T-LEVO.