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18/05/2007 - 09:18

Por que não acho o 39?

Não é raro chegar a uma loja de calçados, gostar de um modelo, solicitá-lo ao vendedor, e logo em seguida ele aparecer com algumas caixas na mão, sendo que nenhuma delas com o que lhe foi pedido. No caso de falta de numeração, o problema é, quase sempre, freqüente. Quem nunca pediu um nº 39 e ouviu a frase “leva o 38 que depois laceia”?

Isso ocorre porque hoje o ciclo de vida dos produtos está cada vez mais curto, devido ao plano de desenvolvimento contínuo e a novos lançamentos. A quantidade de volumes comercializados e os prazos de entrega estão diminuindo a cada transação, e as freqüências de entrega estão aumentando gradativamente. O lojista trabalha com os estoques cada vez mais reduzidos, pois o mercado imprime esse ritmo e a indústria repassa essa necessidade aos seus fornecedores

A nova realidade não comporta mais a velha compra por grade: “1-2-2-3-2-2-1”. Por que não é possível comprar uma caixa somente com o número 39? A velha máxima “Compro grade porque sempre foi assim”, infelizmente não funciona mais, Outras que também estão ultrapassadas são “Eu vendo grade porque o lojista somente compra assim”, ou “Eu compro grade porque a indústria somente vende em grade. Todos esses pensamentos convergem para que se venda menos.

Em virtude da falta de aderência entre os modelos de pedido e de uma demanda diferenciada, nasceu o projeto GOL (Grupo de Otimização Logística). O objetivo desse grupo, composto por algumas das maiores empresas do setor, e coordenado pela GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação – é promover junto ao mercado a utilização de padrões internacionais para a utilização da automação e de ferramentas de gerenciamento da cadeia de suprimentos. Envolve, ainda, tecnologias de captura automática de dados e de comércio eletrônico, permitindo uma eficiente integração entre os participantes da cadeia de suprimentos da indústria calçadista.

O fato de aplicar-se o padrão GS1 confere ainda maior eficiência aos negócios internacionais, uma vez que este é um sistema multissetorial e aberto.

Os benefícios da automação para o setor calçadista são muitos, dentre eles, destacam-se: maior eficiência na gestão de estoques, agilização no recebimento e expedição de mercadorias, melhoria na eficiência do fluxo de produtos e informações, melhor gerenciamento do negócio, ampliação dos serviços aos clientes, intensificação do relacionamento entre clientes e fornecedores, redução dos custos de administração dos processos logísticos, segurança e agilidade na devolução e troca de produtos, redução de volume de papéis, facilidade de apuração de margens, giro de estoque, descontos, segurança e rapidez no inventário e no controle físico e financeiro dos estoques.

Essas vantagens resultam em mais vendas, redução total de custos, diminuição da margem de erros, aumento de eficiência no ponto-de-venda, promovendo crescimento e vantagens para toda a cadeia.

Hoje, a informação é o "bem" mais precioso do empresário, além de representar a base de um gerenciamento eficiente e eficaz para manter o negócio e trazer condições de crescimento sustentável, fazendo frente à concorrência de grandes empresas nacionais e internacionais.

A automação deve ser considerada como um importante investimento pelas empresas que pretendem, por meio de um controle efetivo das operações, aperfeiçoarem sua gestão buscando eficiência e produtividade. As indústrias e os varejos que desejam manter-se competitivos, devem investir em novos modelos e ferramentas de gestão logística, tais como código de barras e comércio eletrônico, para atender seus clientes e tornarem-se mais ágeis e prontas para as mudanças de comportamento do mercado.

.Por: Ana Paula Maniero é assessora de Soluções de Negócios da GS1 Brasil

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