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09/02/2010 - 08:56

Consumo de alimentos halal cresce 15% em todo o mundo

O especialista em mercados islâmicos Chaiboun Ibrahim Darwiche afirma que este é um nicho de mercado que cresce em quantidade e exigência “Os consumidores de halal já representam mais de 25% da população dos quatro continentes” Um mercado que cresce na velocidade em que aumentam os seguidores da doutrina religiosa, o fenômeno do crescimento do islamismo,visibilidade dos seus costumes, e poder aquisitivo dos seus fiéis, promete revolucionar mais uma vez o mercado de exportação brasileiro. Há décadas o Brasil vem abastecendo de proteína animal, mais especificamente carne frango este mercado que exige produtos halal, lícitos ou permitidos, produzidos de acordo com as leis islâmicas. O salto substancial acontece com a abertura para exportação de alimentos industrializados como café, sucos, mel, água e demais sub produtos cárneos como salsichas, hambúrgueres e empanados.

Os números são animadores, o crescimento previsto é 15% no mercado de produtos halal, só o setor de alimentos movimenta em torno dos US$400 bilhões em todo mundo. E esta é só uma fatia no mercado global de produtos halal que está estimado em mais de US$2 trilhões entre alimentos industrializados, cerais e grãos in natura, cosméticos, produtos de uso pessoal e medicamentos de uso humano. Outro fato que contribui para essa expansão de mercado e de horizontes para os exportadores é que 300 milhões de muçulmanos vivem em países onde o islamismo não é a religião majoritária. O Oriente Médio concentra apenas 20% da população islâmica mundial, a grande maioria de 60% está na Ásia.

O especialista em alimentos halal, Chaiboun Ibrahim Darwiche, do SIIL – Serviço de Inspeção Islâmica, empresa responsável pela habilitação de plantas industriais e empresas com foco no mercado halal chama a atenção para possibilidade de pequenos e médios exportadores entrarem neste mercado até então disputado por grande empresas. “A população islâmica hoje ultrapassa um bilhão e oitocentos milhões de consumidores em todo mundo e a demanda é por alimentos desde biscoitos e massas, passando por balas, chás, castanhas e uma infinidade de produtos. Há mercado para todos os alimentos que tiverem selo de halal”, explica Darwiche.

A demanda crescente nesse mercado é por alimentos certificados halal, onde o processo de industrialização, matéria prima e ingredientes estão de acordo com a Shariá, ou lei islâmica, conforme o Alcorão. Chaiboun complementa que “Hoje temos consumidores exigentes e atentos à qualidade, normas e regras. O produto halal deve atender estes mercados bem informados e com expectativas crescentes e para isso é necessária a garantia de processos e profissionais bem treinados e qualificados para executar todos os procedimentos necessários para a certificação dos produtos, desde a qualidade da matéria prima até a forma de estocagem deste alimento, assegurando sua qualidade e a segurança alimentar de acordo com a Jurisprudência Islâmica”.

Fatia significativa de mercado - Segundo reportagem recente da Agência EFE um estudo realizado em 200 países pela Pew Center, grupo de estudiosos radicados em Washington, quase um quarto da população mundial é muçulmana, e a maior concentração está na Ásia, onde reside mais de 60%. Outros 20% estão no Oriente Médio e o restante distribuídos em todo o globo sendo que 15% deles, ou seja 240 milhões de seguidores do Islã estão na África, país populoso e com demanda crescente por alimentos.

Segundo Chaiboun Darwiche esta é a hora dos exportadores agregarem valor aos produtos exportados, seja para qual mercado for e abocanharem esta fatia de mercado que está ávida por alimentos halal certificados “Alguns dos beneficios da certificação Halal são oferecer diferencial na abertura de novos mercados; processos e resultados garantidos dentro das normas e regras Halal; maior consciência e possibilidade de rastreamento dos produtos e serviços, atendendo às exigências dos consumidores Halal em todo mundo; atrair novo investimentos com melhoria da reputação da marca e remoção de barreiras comerciais e o principal que é a satisfação do cliente ou parceiro importador”, finaliza.

O estudo mostrou ainda curiosidades que podem nortear os exportadores que hoje buscam a habilitação de halal apenas para exportar para países do Oriente Médio. Na China por exemplo há mais muçulmanos que na Síria, na Alemanha há mais seguidores do islamismo, ou consumidores halal que no Líbano, e na Rússia, vivem mais muçulmanos que no Líbano e na Jordânia juntos. | Site www.islamichalal.com.br.

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