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10/02/2010 - 08:48

Chaveiro adere ao Empreendedor Individual em Tocantins

Após 22 anos de trabalho na informalidade, José Rodrigues, conhecido como Zé Chaveiro, volta a sonhar com o seu negócio.

Dia 08 de fevereiro foi uma data marcante para o empresário José Rodrigues, residente na cidade de Paraíso do Tocantins. Feliz da vida, ele disse que não poderia ter melhor presente no dia do seu aniversário “agora sou empresário”. Esta foi a sua declaração após aderir ao Empreendedor Individual na Unidade Operacional do Sebrae em Paraíso.

O empresário conta que desde quando foi aprovada a Lei do Empreendedor Individual, em 1 de julho de 2009, mais de uma vez por semana sempre passava no Sebrae para saber se poderia formalizar.

Com 22 anos de profissão, trabalhando apenas com um alvará de licença e CPF, o empresário explica que sempre ficou limitado para expandir o seu negócio. “Não compensava me formalizar, o imposto era muito alto. Imagine só: Como vou dar uma nota fiscal de um serviço que custa R$ 3,50 ou R$ 7,00? Na prefeitura, só para tirar a nota avulsa paga-se R$ 11,50, mais 3% de ISSQN e 11% do INPS. Neste ramo de chaves, para dar nota fiscal, só se eu for pagar para trabalhar”, enfatiza.

José Rodrigues acrescenta que já perdeu muito serviço para grandes empresas, pois estas sempre exigem nota fiscal. Sem contar que nunca teve condições de pegar um empréstimo para investir nos negócios, já que não possuía CNJP.

Mas agora esta é uma realidade do passado. Pioneiro neste ramo, o empresário explica que agora poderá dar visibilidade a sua empresa. Ele explica que como a empresa é em casa, no fundo da garagem, sua primeira meta será melhorar o ponto, trazendo para frente. “Como minha casa é na esquina de uma rua movimentada e no centro da cidade, acredito que irá melhorar bastante. Quero investir também no estoque da empresa e em novos maquinários, que hoje é limitado, vou me atualizar com as tendências do mercado voltadas para o meu ramo e com isto espero aumentar minha carteira de clientes e, claro, minha renda”, conta entusiasmado com seus novos projetos.

O empresário relata ainda que foi através do Sebrae que ficou sabendo sobre a Lei. Aos 53 anos, ele conta que vai precisar muito da instituição para desenvolver o seu negócio. “Tenho conhecimento técnico, mas acredito que o Sebrae tem muito a me ensinar sobre gestão e capacitação”, comenta.

Como tudo começou - Depois de um acidente de carro em 1984, ficou por 6 meses sem poder andar. Depois começou a andar de muleta, caiu novamente, e ficou mais 6 meses com o corpo todo engessado. Diante destas dificuldades, precisou aprender uma nova profissão, foi quando um cunhado ensinou a profissão de chaveiro, já que precisava sustentar sua família. Por 4 meses, fez chaves em cima de uma cama e atendia os fregueses pela janela do quarto. E assim, entrou no ramo. Por ter habilidade com o negócio, quando voltou a andar fez vários cursos e treinamentos e logo sua esposa também aprendeu o ofício.

Empreendedor Individual - O informal que atua na indústria e no comércio se formaliza pagando todo mês o equivalente a 11% do salário mínimo – hoje R$ 56,10 – para INSS mais R$ 1 de ICMS (estado). Já os negociantes da área de serviço devem desembolsar o mesmo valor de INSS (R$ 56,10) mais R$ 5 de ISS (município). Para atividades mistas o cálculo é R$ 56,10 para INSS, R$ 1 de ICMS e R$ de ISS. Em contrapartida, o empreendedor tem uma série de benefícios. O carro-chefe é o previdenciário, com seis tipos de cobertura. Para todos eles, o valor do benefício é de um salário mínimo. | Sebrae/TO

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