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11/02/2010 - 09:01

Resultados financeiros de 2009: fluxo de caixa livre positivo e redução da dívida

Fluxo de caixa livre (free cash flow) positivo de 809 milhões de euros no exercício, redução de 913 milhões de euros da dívida líquida, para 1,993 bilhão de euros, resultado operacional corrente de - 689 milhões de euros no exercício , resultado operacional corrente positivo de 137 milhões de euros no segundo semestre de 2009 e resultado líquido, parte do Grupo, com prejuízo de 1,161 bilhão de euros em 2009.

Os resultados financeiros da PSA Peugeot Citroën no exercício 2009 refletem o impacto da crise econômica: redução de 2,2% das vendas mundiais, para 3.188.000 unidades, em um mercado em baixa de 3,1%, faturamento em queda de 10,9 % para 48,417 bilhões de euros e um resultado operacional corrente negativo de 689 milhões de euros.

O ano de 2009 se caracterizou, no entanto, por uma evolução muito contrastada. No segundo semestre, a recuperação do mercado, amparada por medidas de incentivo para a troca de carros usados por novos em vários países e também por nossa dinâmica de produtos, permitiu um aumento da participação no mercado da PSA Peugeot Citroën e o restabelecimento de um resultado operacional corrente positivo de 137 milhões de euros após o prejuízo registrado no primeiro semestre. A Divisão Automobilística reduziu sensivelmente suas perdas operacionais na segunda metade do ano. Durante esse mesmo período, a Faurecia, que começa a sentir os efeitos benéficos de seu plano de recuperação, registrou um resultado operacional corrente positivo. A Gefco obteve um crescimento importante de sua margem operacional e o Banco PSA Finance confirmou seus bons desempenhos.

Consequentemente, o Grupo gerou um fluxo de caixa livre positivo de 809 milhões de euros durante o exercício e reduziu sensivelmente sua dívida líquida, que fechou em 1,993 bilhão de euros em 31 de dezembro de 2009. O resultado líquido, parte do Grupo, registrou um prejuízo de 1,161 bilhão de euros, devido ao efeito conjugado de 727 milhões de euros de encargos operacionais não correntes e do aumento das despesas financeiras.

Dados simplificados de resultados:

Philippe Varin, Presidente Mundial de PSA Peugeot Citroën, declarou: “ Nossos resultados financeiros de 2009 mostram uma nítida melhoria de nosso desempenho no segundo semestre, mas também refletem a gravidade da crise que atinge a indústria automobilística. Graças à rigorosa gestão de nossa tesouraria e às efetivas reduções de estoque, obtivemos uma importante diminuição de nossa dívida, reforçamos nossa situação financeira e conseguimos nos dotar de uma liquidez importante.

Em 2010, as condições de mercado ainda serão difíceis, com um mercado europeu em queda de 9%. Poderemos, no entanto, contar com nosso Plano de Desempenho automobilístico para apoiar nossas vendas, reduzir os custos e utilizar melhor nossas capacidades de produção. Manteremos nossa dinâmica de lançamento de novos modelos e deveremos continuar aumentando nossa partic, declarou Philippe Varin, presidente Mundial de PSA Peugeot Citroën.

Resultados consolidados - O faturamento do exercício foi de 48,417 milhões de euros, registrando uma queda de 10,9% em comparação com os 54,356 milhões de euros de 2008. Após um declínio de 21,8% no primeiro semestre, o faturamento do segundo semestre registrou uma progressão constante (+2,6%) devido a condições de mercado mais favoráveis.

O resultado operacional corrente foi de ? 689 milhões de euros em 2009, contra +550 milhões de euros em 2008. A margem operacional corrente foi negativa, com ?1,4% do faturamento ante +1 % em 2008. Todas as atividades contribuíram para a melhoria constatada no segundo semestre, a qual levou o Grupo a registrar um resultado operacional corrente positivo de 137 milhões de euros, ou seja, uma margem operacional de 0,5%, após uma perda de 826 milhões de euros no primeiro semestre.

Os encargos operacionais não correntes totalizaram 727 milhões de euros, ante 944 milhões de euros em 2008. Destes, 354 milhões de euros correspondem a encargos de reestruturação, dos quais 206 milhões de euros decorrem da prolongação, até março de 2010, do plano de demissões voluntárias e 129 milhões de euros de encargos de reestruturação da Faurecia. As depreciações de ativos da Divisão Automobilística elevaram-se a 217 milhões de euros, integralmente contabilizados no primeiro semestre.

Os encargos financeiros totalizaram 520 milhões de euros, ante 286 milhões de euros em 2008. Esse aumento decorre da queda do rendimento das aplicações de tesouraria, do ônus dos juros sobre o empréstimo do Estado e do aumento dos custos de financiamento da Faurecia.

O imposto sobre os resultados representa um crédito de 589 milhões de euros, ante 103 milhões de euros em 2008. Esse crédito de impostos se deve à contabilização de ativos de impostos diferidos decorrentes de resultados operacionais negativos registrados anteriormente pelo Grupo.

O resultado líquido, parte do Grupo, revela perdas de 1,161 milhões de euros no exercício.

O resultado líquido por ação foi de ?5,12 euros.

Situação financeira - A dívida líquida das atividades industriais e comerciais foi reduzida para 1,993 bilhão de euros em 31 de dezembro de 2009 contra 2,906 bilhões de euros em 31 de dezembro de 2008.

A melhoria da dívida líquida resulta de um fluxo de caixa livre positivo de 809 milhões de euros decorrente tanto do impacto favorável da redução dos estoques sobre a necessidade de capital de giro quanto de uma maior geração de fluxo de caixa operacional, o que compensou amplamente os investimentos e as despesas de Pesquisa & Desenvolvimento capitalizadas. As contas de fornecedores em 2009 sofreram o impacto da redução dos prazos de pagamento aos fornecedores, aumentando em 1,5 bilhão a necessidade de capital de giro das sociedades industriais e comerciais.

A estrutura financeira e o balanço do Grupo preservaram sua solidez.

Com uma liquidez de 8,6 bilhões de euros no final de 2009, o balanço das sociedades industriais e comerciais manteve-se sólido. Paralelamente, o Grupo levantou 1,3 bilhão de euros para cobrir um empréstimo em obrigações com vencimento em 2011. Os capitais próprios totalizaram 12,447 bilhões de euros em 31 de dezembro de 2009, o que corresponde a uma taxa de endividamento de 16%.

Divisão Automobilística:

O faturamento da Divisão Automobilística registrou uma queda de 8,1%, fechando em 38,265 bilhões de euros. O faturamento gerado pelas vendas de veículos caiu 9,9%, passando de 31,642 bilhões de euros para 28,501 bilhões de euros sob o efeito de uma diminuição de 7,2% dos volumes. Todavia, graças às vendas elevadas de todos os novos modelos o Grupo aumentou sua participação no mercado europeu de 13,5% em 2008 para 13,7% em 2009. Essa tendência se confirmou no final do exercício, com uma participação no mercado de 14,3% no quarto trimestre. O Grupo também consolidou sua liderança no segmento dos veículos comerciais leves (VUL) na Europa, onde obteve uma participação no mercado de 22,2%, ante 19,7% anteriormente.

O resultado operacional corrente da Divisão foi de ?1,257 bilhão de euros em 2009, comparado com ?225 milhões de euros em 2008, apesar de os prejuízos sofridos no segundo semestre terem sido muito inferiores aos do primeiro semestre. A degradação dos volumes ao longo dos seis primeiros meses do ano e o efeito desfavorável do câmbio estão na origem de um ambiente operacional degradado que exacerbou a concorrência em diversos mercados. A melhoria do desempenho econômico, no entanto, compensou amplamente os efeitos negativos ligados aos efeitos da concorrência sobre os preços.

Os estoques baixaram 30%, para 440.000 veículos ante 628.000 no início do exercício. Esses esforços tiveram um impacto amplamente positivo sobre a necessidade de capital de giro do Grupo em 2009.

Faurecia:

A Faurecia confirmou sua recuperação no segundo semestre de 2009, com uma margem operacional corrente de 1,9% ou 95 milhões de euros.

As reduções dos custos totalizaram 663 milhões de euros, superando a meta do plano “Challenge 2009” e o ponto de equilíbrio baixou 18%.

A Faurecia também prosseguiu seu desenvolvimento estratégico com as aquisições da Emcon Technologies e da Plastal Germany.

Gefco:

Os resultados da Gefco foram marcados pela desaceleração da produção automobilística mundial no primeiro semestre de 2009, com queda do resultado operacional corrente que ficou em 7 milhões de euros. A rápida implementação do plano de redução dos custos « Force 10 » contribuiu, todavia, para a significativa melhora da rentabilidade da empresa no segundo semestre.

Banco PSA Finance:

O Banco PSA Finance confirmou seu bom desempenho comercial ao longo de todo o exercício, mantendo assim seu produto líquido bancário e elevando sua participação no mercado a 27,5%, contra 27,3% em 2008. A quantidade de novos contratos cresceu 1,5%.

Devido a uma criteriosa seleção da clientela, associada à rigorosa gestão da inadimplência, o banco manteve o custo do risco a um nível de referência, em 0,50%, acusando uma ligeira alta em comparação com o nível de 2008 (0,48%) e uma melhoria em relação ao primeiro semestre de 2009 (0,53%).

Em 31 de dezembro de 2009, o Banco PSA Finance fechou o ano com uma sólida estrutura financeira, graças ao sucesso de diferentes medidas de refinanciamento: no primeiro semestre, uma emissão de obrigações de 1,5 bilhão de euros e uma operação de securitização de 700 milhões de euros na Espanha junto ao BCE. No segundo semestre, a recuperação dos mercados financeiros amparou as outras operações de financiamento do banco: uma nova linha de crédito consorciado de dois anos, no valor de 1,5 bilhão de euros, assinada com um pool de 12 bancos internacionais, duas emissões de obrigações de 500 milhões de euros e 750 milhões de euros, e um empréstimo de 420 milhões de libras esterlinas obtido junto à Sociedade de Financiamento da Economia Francesa (SFEF).

Perspectivas para 2010 - O Grupo prevê para 2010 uma redução dos mercados automobilísticos na Europa, de cerca de 9%.

A participação do Grupo no mercado europeu deve manter sua tendência de crescimento, sob o efeito favorável da dinâmica de produtos. Fora da Europa, o mercado chinês deve manter um desempenho de dois dígitos e a América Latina deve voltar a crescer.

Baseado nos efeitos positivos do plano de desempenho da Divisão Automobilística, na recuperação contínua da Faurecia e na confirmação dos bons resultados da Gefco e do Banco PSA Finance, o Grupo acredita em um resultado operacional corrente positivo no primeiro semestre de 2010.

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