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22/05/2007 - 08:31

Vendas do atacado químico desaceleram em abril


O setor de distribuição de produtos químicos e petroquímicos registrou, em abril, vendas em dólares 2,3% inferiores às de março. As vendas em reais também registraram decréscimo de 4,4% em relação ao mês anterior. Segundo as empresas do setor a baixa ocorreu em função do arrefecimento da demanda. Embora o resultado de abril seja considerado fraco, os índices de vendas em dólares do mesmo mês, nos últimos seis anos, registram crescimento (veja gráfico 1, abaixo, que contém índices de base 100, no ano de 1989, quando se iniciou a captação de dados entre as empresas do setor). Para maio a expectativa do setor é de aumento nas vendas em dólares da ordem de 6,5% em relação a abril, consolidando o comportamento observado no mesmo mês, nos últimos dois anos.

“Apesar do clima de crescimento e das expectativas positivas, não observamos, por enquanto, um aumento da procura de matérias primas e insumos químicos. Em se tratando de elementos básicos para a produção industrial, deveriam apresentar melhor desempenho”, analisa Rubens Medrano, presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquímicos —Associquim. Para Medrano, “os planos de crescimento apoiados pelo PAC Programa de Aceleração do Crescimento ainda não fizeram sentir seus efeitos positivos”.

Em relação à demanda de produtos e insumos químicos direcionados às empresa do mercado interno, as condições favoráveis de crédito, o aumento do consumo interno e as vendas concentradas em alguns setores específicos resultaram em elevação na procura, principalmente na indústria automobilística, em algumas linhas de eletrodomésticos, na atividade metalúrgica e na construção civil, esta última com forte influência do setor de tintas.

Os preços médios dos itens comercializados continuaram estáveis no mês analisado, com pequena variação positiva de 0,15%, acompanhando a tendência geral dos preços internos, captada pelos diversos indicadores de inflação. Os prazos de compras e vendas continuam flexíveis, enquanto os custos financeiros são mantidos na média anterior, próxima de 2,3%, nas vendas efetuadas a prazo. Os estoques foram mantidos em patamar considerado baixo, equivalendo a 40 dias de vendas, pouco inferior ao nível de março.

Observa-se que após decréscimo em 2003, as vendas dos meses de abril registraram elevação até 2005, sendo seguidas por um pequeno decréscimo de 0,36% em 2006 e elevação de 16,8% na comparação do mês do ano em curso com igual mês do ano passado.

Com o resultado obtido no mês de abril as vendas acumuladas até o mês apresentam estabilidade em relação a igual período de 2006. O gráfico apresentado a seguir aponta os índices das vendas acumuladas em dólares, até os respectivos meses indicados, na comparação com idênticos períodos de anos anteriores, a partir de 2002.

Nota-se pelos números do gráfico que em relação a 2006, o acumulado de vendas até abril, praticamente se igualou, fato que demonstra que até o mês em análise as vendas ainda não registraram o aumento esperado pelas empresas do setor, que estimaram crescimento próximo de 10% para 2007. o Exatamente por esse motivo, mesmo que alardeados os aspectos positivos da economia, estas empresas não modificaram ainda as previsões iniciais, aguardando uma melhoria para os meses restantes deste ano.

Para que se tenha uma melhor noção do comportamento das vendas acumuladas, observe o gráfico abaixo, que contém variações percentuais das vendas em dólares até os meses decorridos deste ano, comparativamente a iguais períodos de 2006.

O início do ano, conforme observado graficamente não alcançou resultados positivos na medida em que as vendas de novos meses foram adicionadas ao acumulado do ano. O primeiro trimestre de 2007 registrou variações negativas em relação a igual período do ano passado. Percebe-se que apesar da redução da desvantagem de 2006, as vendas até o mês de abril foram iguais ao acumulado do ano passado, uma vez que a variação positiva foi desprezível e igual a 0,02%, situação que não pode ser considerada muito confortável para as empresas do setor. | Fonte: Depto. de Economia da Associquim/Sincoquim.

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