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13/02/2010 - 06:51

CISA alerta para a elevada prevalência da ressaca e aponta consequências e custos econômicos gerados pelo problema

O CISA – Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, organização não governamental que se destaca como uma das principais fontes no País sobre o tema, alerta para a elevada prevalência da ressaca. Estudos sobre o tema apontam que 75% das pessoas que consumiram doses intoxicantes de álcool tiveram ressaca pelo menos uma vez na vida. Em relação aos jovens, 90% dos estudantes bebedores pesados episódicos* haviam sofrido ressaca, enquanto 50% dos bebedores frequentes** apresentaram ressaca no último ano.

A ressaca está associada à intoxicação aguda de álcool e inicia-se cerca de seis a oito horas após o consumo, podendo durar até 24 horas. Embora haja uma variação muito grande dos sintomas, os mais comuns são: dor de cabeça, náuseas, problemas de concentração, boca seca, tontura, desconforto gastrintestinal, cansaço, tremores, falta de apetite, sudorese, sonolência, ansiedade e irritabilidade.

A quantidade de álcool ingerida e outros fatores, como o intervalo de tempo do consumo ou o tipo de bebida, estão relacionados ao aparecimento da ressaca. Além disso, estudos apontam que fatores psicológicos e vulnerabilidade à dependência de álcool, como predisposição genética, também parecem estar envolvidos na manifestação do problema. Assim, filhos de pais dependentes de álcool, mais vulneráveis à dependência, apresentam ressacas mais graves do que filhos de não-dependentes, em condições comparáveis de frequência e quantidade de álcool consumido, conforme apontou pesquisa sobre o tema.

A ressaca também tem sido associada a um alto custo econômico. Apesar de ser difícil separar os efeitos da ressaca dos efeitos do álcool em geral, o absenteísmo, baixa produtividade ou baixo desempenho, maior número de acidentes de trabalho e conflitos interpessoais estão associados às consequências negativas do consumo de álcool e da ressaca no trabalho e em ambientes acadêmicos.

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, com 2.805 trabalhadores, mostrou que o álcool afeta diretamente cerca de 15% dos trabalhadores, sendo que 9,23% trabalharam com ressaca, 1,68% trabalharam sob os efeitos do álcool, 1,83% beberam antes de trabalhar e 7,06% beberam durante o horário de trabalho. Com base nesses indicadores, os custos gerados em decorrência da ressaca seriam maiores quando comparados com as despesas referentes aos efeitos do álcool em geral.

. [ * definido no estudo como o consumo de cinco ou mais doses em uma única ocasião |** definido no estudo como consumo de uma ou duas doses diárias. Fonte: Prat et al., 2009. Alcohol hangover: a critical review of explanatory factors. Hum Psychopharmacol Clin Exp 24:259-267].

Perfil da CISA - O Centro de Informações sobre Saúde e Álcool – CISA, organização não governamental lançada em 2004 pelo psiquiatra e especialista em dependência química Arthur Guerra de Andrade, é hoje a maior fonte de informações no País sobre o binômio álcool e saúde. Por meio de seu website [www.cisa.org.br], o CISA dispõe de um banco de dados com mais de 1.600 títulos, desde publicações científicas reconhecidas nacional e internacionalmente, dados oficiais, até notícias publicadas em jornais e revistas destinados ao público em geral. Além de estar comprometido com o avanço do conhecimento na área de saúde e álcool, o Centro também atua na prevenção do abuso e nos problemas do uso indevido da substância, por meio de parcerias e elaboração de materiais de apoio a pais e educadores.

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