Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

15/02/2010 - 15:54

Eventos esportivos e obras públicas elevam expectativas do setor de serviços para 2010

Segmentos avaliam carga tributária e ausência de regulamentação como inibidores do crescimento, mas todos apostam na expansão dos negócios.

Levantamento feito pela Central Brasileira do setor de Serviços – CEBRASSE junto a entidades associadas indica que empresários estão otimistas quanto ao desempenho do setor em 2010, em comparação ao ano passado.

O presidente da Central de empresários, Paulo Lofreta, lembra que o setor de serviços - que pontua em 67% na composição do PIB – manteve-se na dianteira da economia durante todo o ano passado, quando a crise internacional abalou a atuação da indústria e demais segmentos. Empresário de setor de benefícios, Lofreta estima para o novo ano que o maior número de vagas no do mercado de trabalho, em todos os setores de atividade econômica, gerará incremento de ­­­­­pelo menos 10% nas operações de cartões de benefícios, especialmente nas modalidades alimentação, refeição, transporte e combustível.

Em todo o País, prestadores de serviços de asseio e conservação esperam para 2010 crescimento médio de 5% e 7%, no faturamento e na empregabilidade. Como fator estimulante para essa margem de crescimento, a Federação Brasileira das Empresas de Asseio e Conservação (FEBRAC) cita as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A carga tributária é apontada como um ponto impeditivo de um maior crescimento - como se apurou em todos os segmentos avaliados.

No estado do Rio de Janeiro, o sindicato patronal do setor reafirma esse crescimento de 5% a 7%. Preparativos para a Copa e as Olimpíadas e as obras de infraestrutura para a exploração das camadas do Pré-Sal são fortes aliados para o estado assumir a liderança nacional em investimentos e alocação de mão de obra. Quanto a aspectos negativos, apontam as altas taxas de juros. Já no Espírito Santo, as expectativas de crescimento são menores: entre 3% e 5%.

No Pará, empresários do setor de asseio estão mais otimistas com obras públicas e reflexos da realização da Copa e das Olimpíadas, esperando o faturamento crescer aproximadamente 10%, esclarece o sindicato local das empresas de asseio e conservação (SEAC-PA).

Ainda no estado fluminense, empresários de serviços contábeis, de acordo com o SESCON/RJ, aguardam incremento acima de 10% na prestação de serviços e entre 7% e 10% na contratação de funcionários, pontuando como motivação as obras do governo federal e programas de sustentabilidade.

Empresas paulistas de prestação de serviços e de trabalho temporário também acreditam na expansão entre 5% e 7% no volume de negócios e também nas contratações. A direção do sindicato empresarial (Sindeprestem) esclarece que, em setores com predominância de mão de obra intensiva, a capacidade de criar vagas de trabalho aumenta proporcionalmente ao crescimento do mercado. Especialistas asseguram que o crescimento do segundo semestre do ano passado já havia sido o equivalente ao melhor período de 2008, “indicando que a crise econômica internacional não interferiu na performance do setor”. Entre os problemas previstos para o novo ano, destaque para questões ligadas à regulamentação - a da terceirização de serviços está em fase de tramitação, em Brasília.

Na área de segurança privada, que também destaca problemas causados pela carga de tributos, empresas estimam crescimento médio de 4%, segundo a Associação Brasileira de Vigilância (ABREVIS).

Índice de aumento de 10% ante o obtido em 2009 é apontado pela Associação das Empresas de Software (ABES), motivada pelas perspectivas de aumento do PIB. O setor aponta problemas de regulamentação como empecilhos para esse crescimento. Associadas à entidade nacional, 850 empresas faturam US$ 15 bilhões ao ano e empregam cerca de 50 mil pessoas.

Empresas de refeições coletivas projetam aumento de 5% a 7% no faturamento e de 3% a 5% no número de empregados, segundo sua associação nacional, a ABERC, e o sindicato paulista (SINDERC). Investimentos externos no País são uma das bases dessas expectativas.

Empregar 10% a mais de pessoas e faturar entre 7% e 10% a mais que no ano passado são as previsões do segmento de combate e controle de pragas urbanas, com altas as expectativas quanto aos avanços tecnológicos e à conscientização da população sobre necessidades de uso desses serviços. Para a Federação Brasileira das Associações dos Controladores e Pragas Sinantrópicas (FEPRAG), programas voltados à sustentabilidade e a terceirização são quesitos importantes nessa avaliação para 2010. Contudo, em São Paulo e outros estados, entidades representativas do segmento reclamam que nas licitações para contratações públicas por meio de pregão eletrônico, o setor é inserido em conjunto com outras atividades, sem haver uma criterização que o particularize.

Em Brasília, a melhor distribuição da renda com expansão do acesso das classes C e D à rede particular de ensino proporcionará às escolas locais um crescimento de 5% a 7% nesse ano, em comparação a 2009. Nas contratações, aumento de 3% a 5%, de acordo com avaliação da presidência do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (SINEPE/DF).

Indústria - A presidência do SIAMFESP – Sindicato paulista das indústrias de Artefatos de Metais não Ferrosos no Estado de São Paulo (SIAMFESP) estima que crescerá entre 7% e 10% em faturamento e empregos. Obras do PAC e programas de construção de casas populares, além de eventos esportivos – entre eles o campeonato militar mundial em 2011 – vão agitar o mercado. “As perspectivas são tímidas, mas se forem enfrentados alguns desafios, a nova década será de grande prosperidade”. Pontos negativos para esse incremento: infraestrutura e burocracia portuária e precariedade nas estradas, além de questões de regulamentação e de câmbio.

Faturamento em torno de R$ 10 bilhões (aumento de 7% a 10%) e aumento de 3% a 5% no número de oportunidades de trabalho (hoje em 250 mil vagas) são aguardados pelo sindicato da Indústria de Reparação de Veículos do Estado de São Paulo (Sindirepa). A base dessa expectativa é a inspeção veicular, e o segmento mostra preocupação quanto à possibilidade de falta de peças para reparar os veículos. Nacionalmente, o setor abriga hoje 700 mil vagas e tem com expectativas de faturar aproximadamente R$ 25 bilhões.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira